Levantamento do Tribunal
avaliou o estágio atual e perspectivas de utilização de Inteligência Artificial
na Administração Pública Federal
25/05/2022
O Tribunal de Contas da União
(TCU) realizou, sob a relatoria do ministro Aroldo Cedraz, levantamento com o
objetivo de avaliar o estágio atual e perspectivas de utilização de
Inteligência Artificial (IA) na Administração Pública Federal (APF). O
trabalhou também buscou identificar os riscos associados, conhecer os impactos
para o controle e avaliar a proposta para uma Estratégia Brasileira de
Inteligência Artificial (EBIA).
De acordo com o relatório,
mais de um terço (38%) das organizações federais estão no nível zero de
maturidade em IA, ou seja, não utilizam e sequer planejam utilizar essa tecnologia
exponencial. Um outro terço da APF (33,5%) se encontra no nível 1. Isso
significa que já estão sendo realizadas conversas internas sobre a inteligência
artificial, mas de modo ainda especulativo.
Cerca de três em cada dez
instituições da APF (28,5%) se localizam nos níveis 2, 3 ou 4 de maturidade em
IA. Sendo a maior parte delas (17,1% do total), na fase de experimentação, com
provas de conceito elaboradas ou já em fase piloto. Em torno de 8% das
organizações federais estão na fase de estabilização, com os primeiros projetos
de IA em produção. Apenas 3,4% do total já está no nível 4, expandindo para
novos projetos de IA.
O levantamento atual do
Tribunal revelou lacunas que podem comprometer o alcance dos objetivos das
organizações federais. Entre os problemas identificados, está a ausência de
objetivos específicos, realistas e mensuráveis de IA na APF.
A fiscalização apontou, ainda,
a falta de uma referência inicial para avaliar os resultados em IA na APF.
Também foram encontradas falhas no modelo de vinculação lógica entre problemas,
ações e resultados no âmbito de soluções em inteligência artificial.
Diante desse quadro, o TCU
decidiu, nesta quarta-feira (25/5), que vai continuar acompanhando o nível de
maturidade em inteligência artificial das instituições federais. Para tanto, a
Corte de Contas vai desenvolver um sistema referencial de auditoria próprio
para auditar a IA.
O Tribunal também vai avaliar
a implementação da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial. E ainda
será editado pelo TCU um guia com parâmetros e riscos para auxiliar gestores
públicos na contratação ou desenvolvimento de soluções de inteligência
artificial.
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