Relatora argumentou que não há
evidências científicas da eficácia do produto; projeto deve ser arquivado
Paulo Sérgio/Câmara dos
Deputados
A Comissão de Seguridade Social
e Família da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto
de Lei 192/21, que obriga os serviços de saúde públicos e privados a
fornecerem dióxido de cloro, conhecido pela sigla MMS, aos pacientes
diagnosticados com Covid-19 que queiram fazer uso dessa substância. A proposta
será arquivada, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário.
A relatora, Carmen Zanotto (Cidadania-SC),
recomendou a rejeição do projeto. “O dióxido de cloro, originalmente usado para
a higienização de alimentos, foi proposto na pandemia para ser utilizado
diluído, como prevenção. Além de não haver evidências científicas da eficácia,
há risco de efeitos adversos graves”, disse a parlamentar.
Antes mesmo da Covid-19, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia proibido o uso do
dióxido de cloro como medicamento, ressaltando que essa finalidade não é
autorizada em nenhum país do mundo. Por discordar da agência reguladora, o
deputado Giovani Cherini
(PL-RS) apresentou a proposta.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein
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