Dentre as propostas do CONASS
que estão sendo entregues aos candidatos à presidência da república, a partir
de 2023, destaco o capítulo sobre o Desenvolvimento do Complexo Industrial da
saúde
O acesso a medicamentos e
demais tecnologias de saúde tem sido comprometido em nosso país nos últimos
anos, tanto pela crise global, quanto pelos custos crescentes na incorporação
de tecnologias mais complexas. Durante a crise da Covid-19, fatores de ordem
econômica e científica, e da inovação mostraram-se decisivos, tanto para
superar a vulnerabilidade tecnológica em saúde, quanto para a saída da crise,
com acesso não apenas a novas vacinas, testes, medicamentos e equipamentos, mas
também mediante novas formas de organização dos serviços de prevenção e de
promoção à saúde, revelando a interdependência entre os aspectos sociais e
econômicos do desenvolvimento.[2]
A redução da dependência
externa favorecem a equidade no acesso a tecnologias de saúde no Brasil e está
diretamente relacionada a investimentos na ampliação da nossa capacidade
tecnológica e produtiva. O Complexo Econômico Industrial da Saúde brasileiro conta com dezenas de institutos de
química, farmácia, biologia e engenharia biomédica capazes de desenvolver novas
moléculas e tecnologias de saúde; hospitais de excelência para ensaios
clínicos; potencial de produção de química fina a partir do parque petrolífero
e extração de biomoléculas a partir dos diversos biomas; indústrias estatais e
privadas capazes de produzir a custo baixo os insumos e produtos, incluindo
hemoderivados, e, ainda, infraestrutura de monitoramento de uso populacional,
cujo acesso universal é viabilizado a partir do SUS, com gestão informada por
evidência.
Propostas
▲ Fortalecer a cadeia de
produção nacional desde a produção de matéria-prima, a manufatura com garantia
da qualidade, a distribuição efetiva em todo o território e, finalmente, a
prescrição e dispensação com informação adequada e suficiente para o uso
aderente e racional.
▲ Fomentar tecnologias, tanto
para contemplar doenças raras e negligenciadas, quanto para substituir
tecnologias de saúde com elevado custo em doenças prevalentes, inovando,
sobretudo, na prevenção e promoção da saúde.
▲ Investir urgentemente em desenvolvimento e infraestrutura, de modo a ampliar a produção nacional e a superar a dependência internacional no fornecimento de insumos.
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