Destaques

domingo, 31 de maio de 2015

Fiocruz promove prestação de contas do ano de 2014

A Presidência da Fiocruz promoveu, na última terça-feira (26/5), uma audiência pública de prestação de contas de 2014 – o segundo ano do segundo mandato de Paulo Gadelha à frente da Fundação. No evento, realizado no auditório do Museu da Vida, o presidente traçou um detalhado panorama da atuação da instituição ao longo do ano passado. Sobre o contexto externo, Gadelha fez uma ampla análise das crises econômica e política nacionais, da conjuntura sanitária e das mudanças demográficas e no perfil epidemiológico da população brasileira. E, a respeito do contexto interno, ele comentou a atuação nacional da Fiocruz, com ações coordenadas em nível regional e nacional para redução das desigualdades e iniquidades em saúde. Também abordou a formatação de agendas prioritárias e atuação matricial da instituição.
Presidente, vice-presidentes e chefe de gabinete da presidência da Fiocruz participam de evento de prestação de contas referente ao ano de 2014 (foto: Peter Ilicciev)
A integra da apresentação poderá ser encontrada em anexo.
 Gadelha, no entanto, ressaltou as atuais limitações orçamentárias. O presidente ainda destacou, em sua fala inicial, a elevação da capacidade de controle, transparência e alinhamento estratégico da Fiocruz, a revisão do modelo de indução a pesquisa e fomento a novas áreas de fronteira e comentou a gestão do trabalho (Plano de Carreira e concurso público). Gadelha fez questão de mencionar a tramitação da criação da Empresa de Biotecnologia Bio-Manguinhos (cujo projeto de lei está na Casa Civil da Presidência da República).
Em seguida, o presidente abordou o VII Congresso da Fiocruz e as plenárias Ordinária e Extraordinária de 2014, a aprovação da Carta Política e as diretrizes do Plano Quadrienal. Ele também discorreu sobre a Plenária Extraordinária sobre o Estatuto Fiocruz, marcada para novembro de 2015. “O primeiro seminário sobre a Plenária Extraordinária está marcado para junho e debaterá o histórico e os desafios do modelo de governança da Fiocruz, além de apresentar um panorama legislativo na área de ciência, tecnologia e inovação e ainda perspectivas na modelagem das instituições públicas”, afirmou Gadelha. Além do próprio presidente, haverá outros dois debatedores convidados: a deputada Margarida Salomão (PT-MG) e o secretário de Gestão Pública do Ministério do Planejamento (Segep/MP), Genildo Lins de Albuquerque Neto.
Gadelha recordou que, entre 2009 e 2013, foram formalizadas 104 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) em todo o país, sendo 36 com a Fiocruz. No campo de cooperação social, foram desenvolvidos 64 projetos, com mais de 87 mil beneficiados e R$ 6 milhões de investimento da Fundação. No ano passado, foi publicado um novo marco regulatório das PDPs, que teve como fruto 99 propostas de projetos de aprovados vigentes, sendo 32 com a Fiocruz. Por meio de um acordo de cooperação com o BNDES, foram destinados R$ 15 milhões para projetos socioeconômicos em Brasília, Jacarepaguá, Manguinhos, Mosaico da Bocaina (Parati e Ubatuba) e Petrópolis.
No que diz respeito ao campo de saúde e ambiente, foram destacados, entre outros, a redesignação da Fiocruz como Centro Colaborador para Saúde Pública e Ambiente da OMS; a realização da Jornada Nacional de Saúde e Ambiente no Ceará; a participação na campanha nacional contra o uso de agrotóxicos e parceria no Dossiê Abrasco; a avaliação dos efeitos de agrotóxicos sobre a saúde dos trabalhadores em apoio ao Ministério do Trabalho; e a criação do Sistema de Informações sobre Saúde Silvestre (Siss).
Gadelha também apontou alguns dos destaques em cooperação internacional da Fundação. Entre eles, a designação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) como Centro Colaborador em Saúde Global e Cooperação Sul-Sul da OMS, a elaboração da versão em português do relatório The Lancet-Universidade de Oslo sobre Governança Global para a Saúde, além dos seminários sobre Enfrentamento à Epidemia de Ebola, nas regiões do Unasul.
Entre os grandes investimentos, foram citados a licitação para a infraestrutura do novo terreno de duas unidades: o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI); a atualização do projeto executivo do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS); e o contrato do projeto executivo do NanoSUS. Foi ainda mencionada a disponibilização de 400 cargos em substituição a 400 terceirizados, para reforço da área de pesquisa, e ações do FioSaúde, como o novo modelo de custeio, estrutura de governança e organizacional e modernização da gestão


Anexo:  

Audiência Pública para tratar sobre o cenário da Psoríase no Brasil

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realizará Audiência Pública para tratar sobre o cenário da Psoríase no Brasil. O tema está previsto para a segunda da reunião, logo após a sabatina do candidato a diretor da ANVISA
Local: Anexo II, Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 9
Dia: quarta-feira 03/06, às 9h

Convidados:
Representante do Ministério da Saúde
Representante da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (CONITEC)
Gladis Lima – Presidente da Psoríase Brasil
Gabriel Gontijo - Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Ricardo Romiti - Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)

sábado, 30 de maio de 2015

FERNANDO MENDES GARCIA NETO, indicado pela Presidenta Dilma para ANVISA será sabatinado nesta quarta-feira (3) pela Comissão de Assuntos Sociais - CAS do Senado

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) examina, em sua reunião de quarta-feira (3), a indicação do Fernando Mendes Garcia Neto para exercer o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fernando Mendes Garcia Neto é cirurgião dentista, graduado em odontologia pela Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro. Em sua carreira profissional, manteve-se em atividade vinculadas à conservação da saúde e à gestão da saúde, com atuação especialmente no setor público.

Em Ribeirão Preto, sua cidade natal, nos anos de 1984 a 1988, foi diretor do Departamento de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde. Posteriormente, ainda no ano de 1988, assumiu a Secretaria Municipal de Saúde da mesma cidade.

Transferiu-se, em 2007, para o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSus), onde foi nomeado diretor substituto. Em 2011, foi conduzido ao cargo de subsecretario de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ingressou na Anvisa em 2013 e, atualmente, exerce na autarquia o cargo de adjunto do diretor de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Agência Senado

Fiocruz concede título de Pesquisador Honorário a Hésio Cordeiro

Como parte das comemorações de seus 115 anos, a Fiocruz concedeu ao médico Hésio Cordeiro o título de Pesquisador Honorário. Doutor em medicina preventiva pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj), o sanitarista sempre exerceu papel de destaque na área de saúde. Hésio Cordeiro fez parte do grupo pioneiro que idealizou um sistema unificado de saúde para o Brasil.

O presidente da Fiocruz (à direita), Paulo Gadelha, cumprimenta Hésio Codeiro (fotos: Peter Ilicciev)
 A emoção dos presentes deu o tom da cerimônia de entrega do título, realizada na tarde de terça-feira (26/5), no Auditório do Museu da Vida, no campus Manguinhos da Fiocruz. “Hésio conseguiu reunir de forma tão expressiva ternura, acolhimento, rigor intelectual e firmeza de militância. Isso marcou cada um de nós”, saudou o presidente da Fundação, Paulo Gadelha, depois de ressaltar a importância do título para a instituição. Gadelha leu uma mensagem do ministro da Saúde, Arthur Chioro, que não pôde comparecer à cerimônia.

Ministro da Saúde

“Homenagear Hésio Cordeiro é homenagear a medicina social no Brasil. Sua trajetória fez com que o olhar médico em nosso país se voltasse para a comunidade. Desde quando se formou pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1965, Cordeiro mostrou-se inquieto com os rumos da saúde pública. Ao lado de outros pioneiros, transformou sua inquietação em realidade”, escreveu o ministro. “Fazer essa homenagem no dia em que comemoramos o aniversário da Fiocruz é muito oportuno. A determinação e competência da Fiocruz em desenvolver soluções de saúde é orgulho para o Brasil”, afirmou Chioro, em sua mensagem.

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, fez um resumo da trajetória profissional do sanitarista.

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade Lima, fez um resumo da trajetória profissional do sanitarista, pontuando informações além do currículo de formação, premiações e cargos ocupados. Nísia destacou o papel de Hésio como líder na difusão de ideias de vanguarda – como as do filósofo Michel Foucault no campo da saúde no Brasil. “É uma trajetória que, esperamos, continue a inspirar a nossa instituição e as novas gerações”, disse Nísia.
O coordenador de Relações Internacionais, Paulo Buss, saudou o homenageado. “Me pediram que falasse de uma forma afetiva e eu me perguntei: tem outro jeito de falar, que não seja de uma forma afetiva do Hésio?”, destacou. Buss falou do início de sua vida profissional na Pediatria Clínica, de sua inquietação com a limitação da assistência e do primeiro contato com a Medicina Social da Uerj, quando conheceu o professor líder da geração de sanitaristas da época.

O coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, Paulo Buss, saudou o homenageado.

Emocionado, o homenageado agradeceu à sua esposa, Maria José, companheira de toda a vida, e aos presentes. Participaram da mesa o vice-diretor do Instituto de Medicina Social da Uerj, Michael Eduardo Reichenheim, e o pesquisador Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, acadêmico que representou o presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novellino. Representantes de várias entidades e profissionais da área de saúde pública prestigiaram o evento, como o ex-diretor do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Luiz Antonio Santini.

Trajetória

Hésio Cordeiro teve atuação importante nas discussões da formação política e profissional do campo da medicina. Foi conduzido à presidência da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), no período de 1983 a 1985, e se destacou na articulação política do Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira. Foi presidente do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) entre 1985 a março de 1988, quando atuou como um dos articuladores das discussões da Saúde no processo constituinte.

O professor também ocupou a reitoria da Uerj, entre os anos 1992 e 1995, e dirigiu a Agência Nacional de Saúde de 2007 a 2010. Atualmente, Cordeiro é coordenador do programa de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da Universidade Estácio de Sá (Unesa) e coordenador de saúde da Fundação Cesgranrio. Os participantes puderam ver, no hall do Museu da Vida, uma exposição sobre a história de vida profissional do homenageado, produzida pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

Leia a íntegra da mensagem do ministro da Saúde, Artur Chioro:

“Homenagear Hésio Cordeiro é homenagear a medicina social no Brasil. Sua trajetória fez com que o olhar médico em nosso país se voltasse para a comunidade. Desde quando se formou pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1965, Cordeiro mostrou-se inquieto com os rumos da saúde pública. Ao lado de outros pioneiros, transformou sua inquietação em realidade.

Hésio Cordeiro foi um dos criadores do Instituto de Medicina Social da UERJ, um centro importante no processo de construção da reforma sanitária brasileira. Sua atuação enquanto pesquisador rendeu ao Brasil estudos reveladores. Em diversos campos, como análise da organização da assistência médica, políticas de saúde da Previdência Social, políticas de medicamentos, avaliação de serviços de saúde e os determinantes sociais das doenças, suas pesquisas contribuíram para o desenvolvimento da saúde pública brasileira. À frente do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps) na retomada democrática, teve papel fundamental na construção do Sistema Único de Saúde.

Hésio Cordeiro, o Ministério da Saúde, em nome do governo federal, reverencia seu trabalho e reconhece sua importância para a consolidação do imenso desafio que é oferecer saúde pública, gratuita e universal a mais de 200 milhões de brasileiros. Mais que um reconhecimento, a entrega do diploma de Pesquisador Honorário da Fundação Oswaldo Cruz é um agradecimento à sua dedicação ao tema da saúde pública.

Fazer essa homenagem no dia em que comemoramos o aniversário da Fiocruz é muito oportuno. A determinação e competência da Fiocruz em desenvolver soluções de saúde é orgulho para o Brasil. A trajetória da instituição faz parte da história de desenvolvimento da saúde pública brasileira, desde os primeiros soros e vacinas contra a peste bubônica, produzidos em 1900, até o genoma da BCG decifrado nesta década.

Em 115 anos, a Fiocruz enfrentou e venceu desafios. E para vencê-los contou com a atuação de bravos brasileiras e brasileiros. Oswaldo Cruz, Bertha Lutz, Sergio Arouca e tantos outros que fizeram a ciência alavancar a saúde do Brasil. Quantas barreiras foram superadas, como a cassação dos direitos políticos de seus cientistas em 64, para que a instituição pudesse chegar a patamares internacionais, como o primeiro isolamento do vírus HIV da América Latina.

Parabéns a todos que não esmoreceram e persistiram na construção da Fiocruz. Vocês merecem o reconhecimento de todos os brasileiros, com o desejo de que os próximos 115 anos sejam de mais inovação, mais descobertas e mais desenvolvimento para a saúde pública”.

Claudia Lima/Fiocruz

Análise de Mídia - REVISTAS

O escândalo envolvendo a Fifa e novos desdobramentos sobre as prisões de executivos ligados à entidade dominam os principais espaços das revistas que circulam neste fim de semana.

A cobertura do caso, no entanto, pouco se diferencia dos jornais. Abordagens de maior expressão se destacam nos detalhes

CARTA CAPITAL estampa na capa que, “embora insista que os casos de propina são obras apenas de uma minoria, Joseph Blatter está preocupado com o futuro da entidade” (leia o anexo).

ISTOÉ também expõe o assunto na capa e reforça: “O Brasil é o coração, o cérebro e a espinha dorsal do sistema de corrupção da entidade máxima do futebol” (leia o anexo)

VEJA adverte em sua reportagem de capa que, “para o Brasil, a avalanche pode estar apenas começando” (leia o anexo).

ÉPOCA publica uma edição retrô, na qual adapta e/ou consolida o noticiário de 1985, período que marcou a redemocratização do Brasil – as principais reportagens estão na capa.
CNI NA MÍDIA
O ajuste fiscal assume papel determinante na cobertura centrada em temas de interesse do setor produtivo.

A abrangência da pauta das revistas, porém, não vai além daquilo que já foi veiculado pela imprensa ao longo da semana.

Entre os itens diretamente ligados à Indústria, registra-se na ISTOÉ DINHEIRO reportagem diferenciada que avança em tom crítico sobre a condução da política econômica.

Texto resgata a polêmica centrada em juros e gastos públicos para contrapor argumentos de austeridade encampados pelo governo.

“O custo fiscal causado pelo atual ciclo de aperto monetário representa quase a metade de todo o corte no orçamento anunciado na semana retrasada”, resume ISTOÉ DINHEIRO.

Na mesma reportagem, ISTOÉ DINHEIRO registra que “a postura irredutível” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que tem negociado pessoalmente com os parlamentares, vem recebendo “severas críticas” das centrais sindicais e das entidades patronais, também, reproduz frase atribuída ao presidente da CNI, ROBSON BRAGA DE ANDRADE: “Ele já teve R$ 70 bilhões de corte. O que quer mais? Quer nosso pescoço agora?". 
ANÁLISE SETORIAL
A conjuntura macroeconômica associa-se a uma série de abordagens que redimensionam nas revistas novos e velhos debates sobre o futuro do setor fabril. 
·  Um dos destaques está em ISTOÉ DINHEIRO, que em sua reportagem de capa analisa a queda do PIB do primeiro trimestre e afirma que “os brasileiros passaram a consumir menos nos últimos meses, freando o mais importante motor da economia ao longo dos anos 2000”. 
·  Texto alerta que a recessão econômica, mais uma vez, “bate às portas das indústrias no Brasil”. E reforça que as centrais sindicais e a Anfavea pressionam o governo para criar um mecanismo temporário para preservar a ocupação na indústria, sobretudo no setor automotivo.

·         “A ideia é que haja um esforço conjunto entre governo, empresa e trabalhador para evitar demissões”, explica a reportagem.

·  Ainda segundo a revista, em palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não comentou o PIB, mas assimilou o golpe. "Temos de tomar medidas para evitar que a economia entre em processo de recessão", disse (leia o anexo).

Na esteira de especulações que dominaram os jornais na semana passada, revistas reposicionam o papel de Levy pós-contingenciamento. 
·  CARTA CAPITAL relata que a ausência de Levy no anúncio econômico “mais aguardado do ano” trouxe à tona divergências com o colega do Planejamento, Nelson Barbosa, embora eles tenham se esforçado por negá-las. 
·  Já ISTOÉ destaca que, ao cortar custos para conseguir sobreviver à crise, boa parte das empresas está tirando de seus orçamentos as doações a organizações e instituições sem fins lucrativos. Segundo a reportagem, um dos setores econômicos que mais deixou de realizar repasses para programas de responsabilidade social é o industrial, “fortemente atingido pela crise financeira”.
·  O ex-ministro Antonio Delfim Netto, em sua coluna na CARTA CAPITAL, avalia que o baixo crescimento do Brasil “é a tragédia que se impôs ao setor industrial brasileiro” e lembra que, em 1984/1985, ele exportava 1% das exportações mundiais e crescia a 15% ao ano desde 1963. 
·  “Hoje, mal chega a 0,7%, com um declínio de 1,2% ao ano desde 1985. Este é um indicador acima de qualquer suspeita de que estamos nos desindustrializando antes da hora”, alerta Delfim Netto. 
·  Segundo Delfim Netto, “no setor industrial nunca houve ‘falta’ de demanda global. O que houve foi uma perda da demanda da exportação industrial no início da valorização do real. E quando ela se acentuou, houve transferência da demanda interna para a importação”. 
·  Delfim Netto afirma que isso que explica “o grande aumento da demanda total de bens industrializados, em resposta aos programas de inserção social, do salário mínimo e do crédito, combinados com uma redução do crescimento da produção industrial interna por falta de sua demanda e pelo colapso da sua exportação”. 
·  Com foco nas trocas externas, CARTA CAPITAL informa que, “apesar de frequentar o grupo dos 20 países concentradores de 80% da produção industrial, o Brasil mantém uma participação pífia no comércio internacional”. 
·  Sobre o assunto, CARTA CAPITAL resume o que disseram especialistas reunidos no 3º Fórum CartaCapital. Consenso geral é de que a saída “está na adoção de um projeto de longo prazo, no fortalecimento da indústria e na criação de uma política de inovação tecnológica”. 
·  De volta a ISTOÉ DINHEIRO, reportagem destaca que investidores estão reticentes com o cenário internacional: “Inflação em alta, economia fraca, mercado externo em desassossego sugerem cautela nas aplicações financeiras”, alerta da reportagem.
A decisão do Senado sobre o fator previdenciário e outras notícias relacionadas aos direitos trabalhistas também estão em evidência no noticiário econômico. 
·  ISTOÉ DINHEIRO relata que o Senado derrubou o fator previdenciário, criado em 1999, e explica que o impacto potencial da alteração nos gastos públicos é estimado em até R$ 300 bilhões em 20 anos. 
·  O ex-ministro Maílson da Nóbrega, em sua coluna na VEJA, afirma, em tom crítico, que hoje o PSDB imita o antigo PT oposicionista. “Vota contra tudo e defende ideias que, se aprovadas, lhe cobrarão alto preço caso volte ao governo”. 
·  Entre os exemplos, Maílson da Nóbrega lembra que “o PSDB incluiu no projeto de lei da terceirização a proibição às estatais para adotá-la nas atividades-fim. A medida prejudicará a eficiência dessas empresas, o que inibirá ganhos de produtividade e o crescimento do emprego e da renda. Nos bancos estatais, a proibição da terceirização os tornará menos competitivos”. 
·  Ricardo Boechat, em sua coluna na ISTOÉ, registra que “a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados pediu ao presidente do TCU, Aroldo Cedraz, que bloqueie o repasse de R$ 10 bilhões do Fundo de Infraestrutura do FGTS para o BNDES. O argumento é que os recursos da contratação formal de mão de obra não podem ser usados para socorrer banco, público ou privado”. 
·  Na mesma coluna, Ricardo Boechat assinala também que “o Comitê de Investimentos do bilionário fundo do FGTS (FI-FGTS) examinará em julho, pela última vez, o pedido de Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, que deseja R$ 1,216 bilhão para aplicar em unidade da empresa, no Porto de Itaguaí, no Estado do Rio. O comentado alto endividamento da siderúrgica deve ser determinante para negativa do pleito”.

Anexos:

Iquego firma parcerias com secretários municipais de saúde do Tocantins

O Diretor Comercial da Iquego, José Macedo, e a Assessora Especial da Presidência, Luciana Paula, reuniram-se, na última sexta-feira (22), com o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems-TO), Vânio Rodrigues de Souza, e cerca de 160 secretários do estado, no ‘I Café de Ideias com o Presidente’. A ação teve como objetivo firmar parcerias para o fornecimento e ampliação do acesso da população a medicamentos de atenção básica.

Durante o evento, segundo Macedo, foram apresentados aos convidados a ‘Nova Iquego’ e os projetos que possibilitarão que a companhia figure entre os três maiores laboratórios públicos do país.

“Foi uma reunião muito proveitosa”, destaca o Diretor Comercial, José Macedo. Ainda segundo o diretor, a expectativa é bastante positiva quanto a possíveis parcerias com cidades do Tocantins. “Todos ficaram muito interessados e alguns municípios já se manifestaram”, completa.

Missão à China apresentará 'Nova Iquego' a principais companhias do segmento farmacêutico da Ásia

A presidente da Iquego, Andréa Vecci, viajou, nesta quinta-feira (28), para a China em missão oficial. Na 2ª maior economia do planeta, a presidente, acompanhada da representante de novos negócios, Hirllany Espíndola, apresenta a ‘Nova Iquego’ a empresários do mercado farmacêutico do país.

“Nosso objetivo é a ampliação do nosso portfólio de antirretrovirais, de medicamentos de alto custo e de alta complexidade, e a prospecção de novos fornecedores. Uma forma de ampliarmos as alternativas oferecidas ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Andréa Vecci.

No dia 1º de junho, elas participam de uma reunião na Yangtzer Yantzan Pharmaceutical, que figura atualmente entre as 500 maiores empresas do mundo e atua na produção de antirretrovirais. Também acontecem encontros com representantes da UBI Biomedical Taiwan, especializada também na produção de antirretrovirais e responsável pela produção de medicamentos aprovados pelo FDA, entidade norte-americana responsável pela fiscalização e controle de alimentos e fármacos, entre outros itens.

A presidente reúne-se ainda com representantes da HMD Biomedical Taiwan, responsável pela transferência de tecnologia para a produção de glicosímetros no Brasil. O contrato, assinado em março, tornou a Iquego o primeiro laboratório a produzir este item no país. Os glicosímetros já começam a ser distribuídos a partir do segundo semestre de 2015.

Na agenda ainda estão incluídas visitas ao ITRI, instituto que é referência em pesquisa biológica, à Synmosa, especializada no desenvolvimento de medicamentos de combate à asma, e ao Instituto de Pesquisa de Energia Nuclear, especializado em diagnósticos de Mal de Parkinson.

Nos encontros, serão apresentados os mais recentes investimentos em pesquisa e inovação que resultaram em acordos inéditos no país, seu grande potencial e os projetos que farão da Iquego o principal laboratório público do Brasil.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Comissão Conjunta Brasil e EUA em Ciência,Tecnologia e Inovação,em Washington AI

Brasil e Estados Unidos consolidam discussões de cooperação pela inovação
Segundo o presidente da Finep, Luis Fernandes, os encontros realizados pela delegação do ministro Aldo em Washington apontam cinco linhas de desenvolvimento de cooperação bilateral na área.

Segundo o presidente da Finep/MCTI, Luis Fernandes, as discussões realizadas pela delegação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, em Washington, resultaram na consolidação de cinco linhas possíveis e concretas de desenvolvimento na área de inovação entre Brasil e Estados Unidos.

Os debates sobre o tema se concentraram no Fórum da Inovação, organizado pela Câmara de Comércio dos EUA, e na 4ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de Cooperação Científica e Tecnológica.

A primeira linha apontada pelos participantes foi a de aprofundamento de um conjunto de diálogos e de oficinas para a construção de marcos regulatórios mais propícios num ecossistema que fomente a inovação. "A ideia é comparar os marcos legais regulatórios dos dois países, que têm sistemas diferentes de tratamento da questão e de enraizamento das práticas de inovação nas suas economias", explicou, durante sua participação em entrevista do titular do MCTI nesta sexta-feira (29).

Como segundo o caminho a ser percorrido, discutiu-se a ideia de vislumbrar novos ecossistemas de inovação, tendo em vista que esses sistemas mudam rapidamente. "Então, ter um trabalho conjunto de identificação dos novos modelos de inovação e de desenho de políticas mais adequadas nesse novo formato que a inovação vem assumindo no mundo", explicou.

A terceira frente apontada, segundo o presidente da agência, foi a criação de um pool de financiamentos comuns Brasil-Estados Unidos para atividades de cooperação entre empresas e institutos de ciência e tecnologia na área de inovação, com a participação dos dois países.

O cofinanciamento da internacionalização das empresas brasileiras e americanas nas duas direções também fez parte das discussões, acrescentou Luis Fernandes. "Temos interesse em atrair instalações de centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas americanas para o Brasil e, da mesma forma, há empresas brasileiras interessadas em expandir a sua presença na economia americana e de interação com institutos de ciência e tecnologia nos Estados Unidos. A ideia é desenhar um formato conjunto de financiamento nessa área", pontuou.

De acordo com Fernandes, uma quinta iniciativa, a ser amadurecida, seria concentrada em uma experiência exemplar de cooperação da inovação em todo circuito, com a área de saúde como uma das possibilidades. "Já há cooperação forte de empresas brasileiras e americanas nesta área, inclusive de capacitação tecnológica fornecida para o Brasil por empresas que quebraram o paradigma de inovação nos Estados Unidos. Então a ideia é explorar uma cooperação exemplar, uma espécie de joint venture, em toda a cadeia de inovação e desenvolvimento de produtos", concluiu.
Fonte: MCTI





Novas propostas do Tecpar para ser fornecedor oficial do Ministério da Saúde são aceitas

As cinco propostas de projeto para a produção de medicamentos e equipamentos da saúde por Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) protocolados pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) no Ministério da Saúde foram aceitas e seguem sendo avaliadas, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DCIIS), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. A lista aponta o número de laboratórios que concorrem em cada produto considerado estratégico pelo ministério.

O Tecpar submeteu cinco pedidos de novas PDP, sendo quatro de medicamentos e uma de produto para saúde: os biológicos Adalimumabe e Infliximabe, em parceria com a empresa russa Biocad; a Somatropina, com a alemã Merck; o Salbutamol, com a britânica GSK; e o aparelho auditivo retroauricular e intra-aural, com a suíça Sonova.

Para a produção do Adalimumabe, concorrem para ser escolhido como fornecedor oficial do Ministério da Saúde, além do Tecpar, outros seis laboratórios públicos. O Tecpar disputa com outras cinco instituições para produzir o Infliximabe. Ambos os medicamentos são usados para tratamento de artrite reumatoide, psoríase e outras doenças crônicas.

Já em relação à Somatropina, utilizada como hormônio de crescimento, o Tecpar concorre com outros dois laboratórios. O Salbutamol, medicamento utilizado no controle da asma, tem, além do Tecpar, apenas um concorrente. Para produção do aparelho para a surdez, o Tecpar também concorre com apenas outro laboratório.

O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, comemorou a celeridade na divulgação da lista dos projetos apresentados ao Ministério da Saúde e avalia, com base no número de concorrentes, que o instituto tem grandes chances de trazer para o Paraná esses investimentos. “Temos muita confiança que as propostas de projeto protocolados pelo Tecpar vão mostrar ao ministério os diferenciais do instituto para produzir esses medicamentos e dispositivos no nosso estado. Agora aguardamos com expectativa a relação dos laboratórios escolhidos como fornecedores oficiais ao ministério”, salienta.
O resultado final deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde em 180 dias.

PDPs

Laboratórios públicos de todo o país tinham até o dia 30 de abril para protocolar as propostas de projeto para concorrer aos itens elencados na última lista de produtos estratégicos definida pelo Ministério da Saúde. A atual lista de produtos prioritários do Ministério da Saúde contempla 11 medicamentos e dez produtos para saúde. Juntos, eles movimentam ao ano R$ 1,3 bilhão. Dos 21 produtos, cinco são medicamentos biológicos. No país, os biológicos equivalem a cerca de 4% dos medicamentos comprados pelo Ministério da Saúde, mas representam 51% dos gastos devido ao alto valor tecnológico.

As PDPs fornecem produtos de acordo com a necessidade e prioridade da rede pública de saúde e seguem as demandas apresentadas anualmente pelo Ministério da Saúde. As parcerias, firmadas entre laboratórios públicos e privados, têm como meta garantir a autossuficiência do mercado nacional, com base na transferência de tecnologia para a produção para o país.





Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV - uso dos quatro antirretrovirais tenofovir + lamivudina + atazanavir com ritonavir

Uso de medicamentos pós-exposição ao HIV terá protocolo
A profilaxia já é oferecida no SUS como prevenção. A ideia é ampliar o acesso à terapia, uniformizando o tratamento. O documento já está em consulta pública 
A terapia com medicamentos pós-exposição ao HIV terá novas recomendações para atendimento. O Ministério da Saúde colocou em consulta pública o Protocolo de Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV. O documento ficará à disposição dos profissionais de saúde e público em geral para sugestões por um mês. A proposta foi apresentada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), que aprovou o texto e o disponibilizou para a contribuição da sociedade.

Disponível desde a década de 90 no Sistema Único de Saúde (SUS), a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) foi implantada, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção. O procedimento é usado em casos de acidentes de trabalho, em que os profissionais são expostos a materiais contaminados ou que têm a luva perfurada por objetos cortantes no trato com paciente soropositivo. Em 2011, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual e, em 2012, a profilaxia foi ampliada a qualquer acidente sexual, como o não uso ou rompimento do preservativo.

Como novidades, o novo documento apresenta a recomendação de esquema único de antirretrovirais para todos os tipos de PEP e a redução do tempo de acompanhamento dos pacientes, de seis para três meses. Outra proposta apresentada pelo documento é a extinção das diferentes categorias de profilaxia (acidente ocupacional, violência sexual e PEP sexual) para um só tipo de PEP e o estabelecimento de critérios objetivos para indicação de PEP. Estas medidas simplificarão a prescrição da profilaxia.

Após a consulta pública e avaliação de todas as contribuições, o protocolo será analisado novamente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Desde 2010, a oferta de PEP quase dobrou, passando de 12 mil tratamentos para 22 mil em 2014.

O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, explica que os procedimentos anteriores tinham uma diversidade de esquemas de medicações que acabavam por criar dificuldades na utilização nos serviços locais não especializados. “A nova proposta aprimora a atenção, uniformizando o tratamento, o que irá facilitar, não só a dispensação para os profissionais de saúde, mas também ampliação do acesso da população a esse procedimento”, destacou o diretor.

O medicamento deve ser usado em, até 72 horas, após a exposição ao vírus. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir com ritonavir).

CENÁRIO DA EPIDEMIA - Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013.  O público jovem é o que apresentou maior taxa de detecção da doença, de acordo com o Boletim Informativo de 2014, passando de 9,6 por 100 mil habitantes para 12,7 por 100 mil pessoas em 2013.

TRATAMENTO - Entre 2005 e 2014, o Ministério da Saúde mais do que dobrou o total de pacientes soropositivos com acesso ao tratamento com antirretrovirais no país, passando de 165 mil (2005) para 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes com HIV/aids. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.
A rede de assistência conta hoje com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM). Além disso, gradualmente, as Unidades Básicas de Saúde estão sendo incorporadas na atenção aos pacientes vivendo com aids e HIV.

Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde

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