Brasil e Estados Unidos consolidam
discussões de cooperação pela inovação
Segundo o
presidente da Finep, Luis Fernandes, os encontros realizados pela delegação do
ministro Aldo em Washington apontam cinco linhas de desenvolvimento de
cooperação bilateral na área.
Segundo o presidente da Finep/MCTI,
Luis Fernandes, as discussões realizadas pela delegação do ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, em Washington, resultaram na consolidação
de cinco linhas possíveis e concretas de desenvolvimento na área de inovação
entre Brasil e Estados Unidos.
Os debates sobre o tema se
concentraram no Fórum da Inovação, organizado pela Câmara de Comércio dos EUA,
e na 4ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de
Cooperação Científica e Tecnológica.
A primeira linha apontada pelos
participantes foi a de aprofundamento de um conjunto de diálogos e de oficinas
para a construção de marcos regulatórios mais propícios num ecossistema que
fomente a inovação. "A ideia é comparar os marcos legais regulatórios dos
dois países, que têm sistemas diferentes de tratamento da questão e de
enraizamento das práticas de inovação nas suas economias", explicou,
durante sua participação em entrevista do titular do MCTI nesta sexta-feira (29).
Como segundo o caminho a ser
percorrido, discutiu-se a ideia de vislumbrar novos ecossistemas de inovação,
tendo em vista que esses sistemas mudam rapidamente. "Então, ter um
trabalho conjunto de identificação dos novos modelos de inovação e de desenho
de políticas mais adequadas nesse novo formato que a inovação vem assumindo no
mundo", explicou.
A terceira frente apontada, segundo o
presidente da agência, foi a criação de um pool de financiamentos comuns
Brasil-Estados Unidos para atividades de cooperação entre empresas e institutos
de ciência e tecnologia na área de inovação, com a participação dos dois
países.
O cofinanciamento da
internacionalização das empresas brasileiras e americanas nas duas direções
também fez parte das discussões, acrescentou Luis Fernandes. "Temos
interesse em atrair instalações de centros de pesquisa e desenvolvimento de
empresas americanas para o Brasil e, da mesma forma, há empresas brasileiras
interessadas em expandir a sua presença na economia americana e de interação
com institutos de ciência e tecnologia nos Estados Unidos. A ideia é desenhar
um formato conjunto de financiamento nessa área", pontuou.
De acordo com Fernandes, uma quinta
iniciativa, a ser amadurecida, seria concentrada em uma experiência exemplar de
cooperação da inovação em todo circuito, com a área de saúde como uma das
possibilidades. "Já há cooperação forte de empresas brasileiras e
americanas nesta área, inclusive de capacitação tecnológica fornecida para o
Brasil por empresas que quebraram o paradigma de inovação nos Estados Unidos.
Então a ideia é explorar uma cooperação exemplar, uma espécie de joint venture,
em toda a cadeia de inovação e desenvolvimento de produtos", concluiu.
Fonte: MCTI
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