As cinco propostas de projeto para a produção de medicamentos e equipamentos da saúde por Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) protocolados pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) no Ministério da Saúde foram aceitas e seguem sendo avaliadas, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DCIIS), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. A lista aponta o número de laboratórios que concorrem em cada produto considerado estratégico pelo ministério.
O Tecpar submeteu cinco pedidos de novas PDP, sendo quatro de medicamentos e uma de produto para saúde: os biológicos Adalimumabe e Infliximabe, em parceria com a empresa russa Biocad; a Somatropina, com a alemã Merck; o Salbutamol, com a britânica GSK; e o aparelho auditivo retroauricular e intra-aural, com a suíça Sonova.
Para a produção do Adalimumabe, concorrem para ser escolhido como fornecedor oficial do Ministério da Saúde, além do Tecpar, outros seis laboratórios públicos. O Tecpar disputa com outras cinco instituições para produzir o Infliximabe. Ambos os medicamentos são usados para tratamento de artrite reumatoide, psoríase e outras doenças crônicas.
Já em relação à Somatropina, utilizada como hormônio de crescimento, o Tecpar concorre com outros dois laboratórios. O Salbutamol, medicamento utilizado no controle da asma, tem, além do Tecpar, apenas um concorrente. Para produção do aparelho para a surdez, o Tecpar também concorre com apenas outro laboratório.
O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, comemorou a celeridade na divulgação da lista dos projetos apresentados ao Ministério da Saúde e avalia, com base no número de concorrentes, que o instituto tem grandes chances de trazer para o Paraná esses investimentos. “Temos muita confiança que as propostas de projeto protocolados pelo Tecpar vão mostrar ao ministério os diferenciais do instituto para produzir esses medicamentos e dispositivos no nosso estado. Agora aguardamos com expectativa a relação dos laboratórios escolhidos como fornecedores oficiais ao ministério”, salienta.
O resultado final deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde em 180 dias.
PDPs
Laboratórios públicos de todo o país tinham até o dia 30 de abril para protocolar as propostas de projeto para concorrer aos itens elencados na última lista de produtos estratégicos definida pelo Ministério da Saúde. A atual lista de produtos prioritários do Ministério da Saúde contempla 11 medicamentos e dez produtos para saúde. Juntos, eles movimentam ao ano R$ 1,3 bilhão. Dos 21 produtos, cinco são medicamentos biológicos. No país, os biológicos equivalem a cerca de 4% dos medicamentos comprados pelo Ministério da Saúde, mas representam 51% dos gastos devido ao alto valor tecnológico.
As PDPs fornecem produtos de acordo com a necessidade e prioridade da rede pública de saúde e seguem as demandas apresentadas anualmente pelo Ministério da Saúde. As parcerias, firmadas entre laboratórios públicos e privados, têm como meta garantir a autossuficiência do mercado nacional, com base na transferência de tecnologia para a produção para o país.
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