Segundo o Projeto de Lei,
estudos recentes apontam que a doença, geralmente associada às mulheres, também
acomete os homens, podendo provocar câncer
As Unidades Básicas de Saúde
(UBSs) poderão oferecer gratuitamente à população masculina entre nove e 45
anos de idade a vacina contra o HPV (Papilomavírus humano). Esta, pelo menos, a
proposta que consta do Projeto de Lei 669/2015, de autoria do deputado Edmir
Chedid (DEM), que está em análise na Assembleia Legislativa do estado de São
Paulo (Alesp).
“A ideia é que o Poder
Executivo forneça, gratuitamente e de forma permanente, a vacina quadrivalente
contra HPV em todas as unidades públicas de saúde do Estado, independente de
prescrição médica. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde deverá, de
acordo com o Projeto de Lei, realizar campanhas anuais de vacinação da
população masculina contra a doença”, declarou.
Edmir Chedid explicou que a
Secretaria também poderá realizar, caso o PL seja aprovado, campanhas de
esclarecimento à população sobre a incidência do HPV em pessoas do sexo
masculino, bem como as formas de transmissão e prevenção, com divulgação em
todo o Estado. “Afinal, o Brasil é um dos líderes mundiais em incidência de
HPV, fato que nos preocupa”, complementou.
As UBSs poderão oferecer
gratuitamente à população masculina entre nove e 45 anos de idade a vacina
contra o HPV (Foto: Divulgação)
Segundo o Projeto de Lei,
estudos recentes apontam que a doença, geralmente associada às mulheres (esta
doença é responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero), também
acomete os homens, podendo provocar câncer. Especialistas, no entanto,
acreditam que o número menor de registros entre homens se deve a baixa procura
por serviços de saúde por preconceito.
“A revista The Lancet analisou
voluntários de três países, incluindo o Brasil, e constatou que o HPV atingia
50% dos homens. Dos voluntários do Brasil, todos residiam no Estado de São
Paulo. Este resultado é superior ao percentual demonstrado em outros estudos
com mulheres”, concluiu.
HPV
No argumento anexado ao
Projeto de Lei 669/2015, o parlamentar garantiu que “há ainda profundo
desconhecimento da população acerca da existência de vários tipos de HPV, quais
deles estão associados ao câncer e a qual tipo de câncer”. Segundo ele, além do
câncer de colo de útero e do câncer anal, o HPV pode aumentar riscos de câncer
de cabeça e pescoço.
Embora pouco conhecido entre
os brasileiros, o HPV se destaca entre as doenças sexualmente transmissíveis
(DST) mais comuns no mundo. O contágio ocorre principalmente por via sexual,
mas, ao contrário do HIV, o uso de preservativo não é tão eficaz. Atualmente,
não há no Estado de São Paulo nenhum método específico de detecção de rotina
para os homens.
Fonte: Diário do Litoral
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