Rico
em células-tronco, cordão umbilical pode ser armazenado e doado a pacientes que
necessitam de transplante de medula óssea
Você sabia que mais de 80 doenças
podem ser tratadas por meio do transplante de células-tronco presentes no
cordão umbilical de recém-nascidos?
Isso
porque o sangue de sua estrutura, rico em células-tronco hematopoéticas, pode
ser coletado após o nascimento do bebê e armazenado para ser doado a pacientes
que necessitam de transplante de medula óssea. O procedimento acontece de forma
indolor e segura.
Segundo
a pediatra e neonatologista Marily Soriano, do Hospital Santa Luzia, em
Brasília, "o transplante de medula óssea é indicado como tratamento de
diversas doenças, como leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas,
hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas e mieloma múltiplo".
De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), até setembro de 2017, foram
preservados 23.850 unidades de cordão umbilical nos bancos públicos do País e
186 unidades utilizadas em transplantes.
Os
bancos de sangue de cordão umbilical são os responsáveis pela obtenção,
realização de exames, processamento, armazenamento e fornecimento de
células-tronco hematopoéticas de sangue de cordão umbilical. O uso terapêutico
desse material segue critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Segundo
a Anvisa, existem 13 bancos públicos e 19 bancos privados em atividade no País.
Entre 2013 e 2016, observou-se a tendência de diminuição no número de unidades
coletadas e armazenadas pelos bancos. A queda nas coletas foi de 48% para o
setor privado e em torno de 30% para o setor público.
Como
aderir
O Inca
informa que os bancos da rede pública, unidos na chamada “Rede BrasilCord”,
atuam em maternidades previamente selecionadas, nas quais, por meio de
protocolo uniformizado, as gestantes são abordadas nos ambulatórios de
pré-natal e no pré-parto.
A
elas são aplicados formulários que apresentam informações pessoais, da gestação
do parto e do recém-nascido e um termo de consentimento informado.
Essas
gestantes são orientadas sobre a importância da doação do sangue do cordão
umbilical por profissionais treinados pelos bancos. Também recebem informações
sobre a segurança da doação para elas e para o bebê e são checados os exames
realizados no pré-natal, a evolução da gestação e os fatores de risco.
Os
centros de saúde que realizam o procedimento e compõem a Rede Brasil Cord são:
o Inca, no Rio de Janeiro; os Hospitais Albert Eisntein e Sírio Libanês, em São
Paulo; além dos hemocentros de Campinas, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Belém,
Fortaleza, Recife, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
Fonte:
Governo do Brasil, com informações da Anvisa e Inca
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