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sábado, 11 de novembro de 2017

Segurança da população é enfatizada em audiência pública da Anvisa que debate serviços de vacinação no país

A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, realizou nesta quarta-feira, 8 de novembro, Audiência Pública para discutir a proposta de resolução que regulamenta os serviços de vacinação no país, flexibilizando a legislação vigente para inclusão das farmácias no rol de estabelecimentos autorizados a vacinar.

A AP foi presidida pelo Jarbas Barbosa e Diogo Penha, respectivamente diretor-presidente e gerente-geral de tecnologia de serviços de saúde da Anvisa, e contou com a participação dos principais segmentos envolvidos no tema. A segurança dos pacientes usuários de vacinas foi enfatizada como uma das maiores preocupações dos participantes.

“A flexibilização da legislação vigente para inclusão das farmácias como estabelecimentos autorizados a aplicar vacinas traz um retrocesso aos ganhos dos últimos 30 anos na prestação deste tipo de serviço à população”, comentou Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, sobre a proposta que desconsidera pontos importantes da segurança técnica em toda cadeia de distribuição, a infraestruturas dos pontos de vendas e a qualidade dos serviços, incluindo o controle dos riscos e a segurança desses pacientes.

Com os recentes avanços tecnológicos que ampliaram o potencial de prevenção e cobertura das vacinas, trazendo a imunização para um rol maior de doenças e fazendo com que este atendimento se transformasse em um poderoso instrumento de redução da morbidade e mortalidade, é necessário priorizar o cuidado e os critérios para que não haja qualquer impacto negativo na dinâmica do setor de saúde e na qualidade de vida das pessoas.

O papel da Anvisa como regulador sanitário, agentes responsáveis pela qualificação e certificação dos estabelecimentos envolvidos em toda cadeia; da fabricação a dispensação dos medicamentos e vacinas, objetivando assegurar a proteção da saúde de toda população, não pode desconsiderar a relevância da validação das infraestruturas técnicas mínimas para garantir a estabilidade das vacinas. As farmácias interessadas deverão contar com cadeia de frio e fontes alternativas de suprimento de energia, além da convencional disponibilizada pela concessionária de energia, para que sejam credenciados.
Igualmente, o interesse de mercado não pode se sobrepor às responsabilidades de membros da cadeia de assistência terapêutica é importante tratar a imunização como assistência à saúde, visto que sua indicação e prescrição, em muitos casos, ainda depende de profissionais qualificados e do conjunto de políticas públicas integradas aos procedimentos no ponto de vacinação.

As farmácias interessadas deverão se equiparar às clínicas privadas de vacinação buscando a qualificação necessária para a garantia da segurança e da qualidade das vacinas e dos serviços prestados.

Outro ponto discutido em relação às “clínicas de vacinas seguem uma regulamentação ampla, com mais custos e impostos. Além disso, o atual cenário já sofre com a falta de vacinas para atender a toda a população, o que pode se agravar com maior pulverização da oferta”, destacando-se a relevância de garantir sanitariamente o mercado de compra e a venda de vacinas por empresas que não possuem autorização específica. É imprescindível combater o mercado paralelo de vacinas.

Todas as observações e os questionamentos feitos pelos participantes da audiência pública seguem, agora, para análise e consolidação da Anvisa.

A RM Consult tem contribuído nos estudos de viabilidade para a implantação de clinicas e farmácias interessadas em se adequar ao marco regulatório objetivando se qualificar para atuar neste promissor mercado.


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