CANABIDIOL NÃO É MACONHA
MEDICINAL!
Aproveitar a boa fé de pessoas
fragilizadas emocionalmente, utilizando crianças indefesas para distorcer a
verdade e induzir, enganar e confundir a população e as autoridades é um
afronto que precisa ser cuidadosamente avaliado, esclarecido e até coibido.
Canabidiol (CBD) e um dos
subprodutos da “cannabis sativa”, mas nada tem do alucinógeno THC (além de
residuais inferiores a 0,1%) encontrado na mesma planta.
Expor crianças doentes, sendo
tratadas com CBD e sugerir que os excelentes resultados estão sendo obtidos com
a utilização da maconha é um verdadeiro afronto, absurdo que deve ser coibido
pelas autoridades até lançando mão dos direitos da criança e do adolescente.
Os interessados na liberação
da maconha, sistematicamente, utilizam indevidamente esta falsa imagem para
confundir, ludibriar e induzir misturando o “uso recreativo da cannabis sativa
in natura, ou seja o THC com o óleo de cânhamo CBD extraído do caule da planta
transgenicamente modificado que purificado se transforma em medicamento”.
Medicamentos são extraídos e
obtidos de diversas origens biológicas, como por exemplo o “Captopril”
utilizado em controle de pressão arterial foi desenvolvido sinteticamente a
partir do veneno da “jararaca” tomar captopril não o mesmo que ser picado pela
serpente e ter o seu veneno transferido par o corpo humano. Outro exemplo é a
cola de sangue de boi com veneno da jararaca para fechamento de campos
cirúrgicos em substituição aos pontos (sutura tradicional).
Pessoas que por diversas
razões utilizam medicamentos (morfina) para alivio da dor são tratadas com os
chamados “opiáceos” que são substâncias derivadas do ópio nem por isso as usam
heroína.
A morfina constitui 10% do
ópio. Os outros são derivados dela por reações químicas relativamente simples.
Morfina -o mais usado dos
opioides, particularmente na dor crónica, anestesias, etc...
Heroína -usado como droga de
abuso. Raramente como analgésico.
Codeína, Dextrometorfano
-opióides fracos usados como supressores da tosse, ou em dores moderadas.
Da mesma forma a “Cannabis
Sativa” produz diferentes substâncias, entre elas as principais antagónicas são
o “Canabidiol - CBD” e o “THC” que é o componente alucinógeno da popularmente
chamada maconha (que causa o “barato”), que se pretende confundir com o “CBD”
que tem efeitos terapêuticos comprovados e que não causa qualquer sensação de
“barato” e/ou vicia, mesmo tomando altas dosagens.
Para saber mais:
Maconha ou cânhamo?
O termo “cânhamo” (em inglês
hemp) refere-se ao caule da planta. Tem menos THC e mais CBD em comparação com
as flores e folhas (as inflorescências, chamadas de maconha). Nos Estados
Unidos, o óleo de cânhamo é considerado um suplemento alimentar pelo Food and
Drug Administration (FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos, e é
comercializado por algumas empresas no país.
Mais recentemente, famílias
brasileiras começaram a importar ilegalmente (ou depois de conseguir
autorização específica da Anvisa para o seu caso) essa formulação por causa de
sua alta proporção de canabidiol (cerca de 20%, contra menos de 1% de THC)
– que, além das propriedades já
descritas na literatura, é um poderoso anticonvulsivante.
Por isso óleos de cannabis com
altas quantidades de CBD têm proporcionado resultados surpreendentes – ainda
sem comprovação científica, cujos estudos clínicos formais estão em andamento –
o controle de convulsões em crianças com epilepsias graves (há crianças que sofrem centenas de
convulsões por dia, o risco de morte é real) e difíceis de tratar com remédios
disponíveis no mercado. Nesse caso, o óleo é pingado diretamente na boca
algumas vezes ao dia.
No Brasil, depois do
entendimento das autoridades; parlamentares, policiais, médicas e sanitárias
sobre as diferenças entre “THC e CBD” a substância Canabidiol foi retirada da
lista de produtos proibidos para integrar a lista de medicamentos controlados
pela ANVISA que, também, regulamentou o tema e simplificou a importação do
medicamento a partir da prescrição médica.
O THC, parte alucinógena da
cannabis sativa continua tendo sua utilização criminalizada como droga que cria
dependência e integram a cadeia de “narcóticos” proibidos pela Polícia Federal,
pelas autoridades médicas e sanitárias do Brasil e de grande parte do mundo.
Diversas empresas estão
realizando pesquisas clínicas ao redor do mundo para a comprovação da não
toxicidade, eficácia, segurança do canabidiol para utilização terapêutica.
Estudos que também pretendem avaliar as dosagens para definir a correta
prescrição que até hoje é realizada de forma empírica, com base na experiência
do próprio médico, prescritor.
Já existem registros de
produtos sintéticos a partir da molécula do canabidiol, e, no Brasil além dos
estudos uma das empresas que detém registro do medicamento farmoquímico na
Inglaterra está tentando obter a liberação da ANVISA, que neste momento está
realizando a inspeção na fábrica na Europa para conceder o registro do produto
como medicamento sujeito a prescrição médica, com receita controlada.
O medicamento CBD é obtido a
partir de parte de variedades da planta cannabis sativa, geneticamente
modificada, de onde se extrai o óleo com elevada concentração de CBD e reduzido
teor de THC (menos de 1%), o processo inclui a purificação e a estabilização da
concentração para garantir o teor de CBD que normalmente varia entre 15 a 24%,
envasado e dispensado em seringas dosadoras para o controle do volume prescrito
pelo médico.
A utilização de óleos obtidos
por diferentes processos que lançam mão de qualquer tipo de planta e/ou que
utilizam diferentes partes da mesma planta, como a flor e as folhas, ao que
ainda se aditiva outros óleos, como: o de coco além de não conseguir
repetitividade em cada volume produzido, tem sua segurança e qualidade
duvidosa, especialmente, pela mistura de subcomponentes da própria planta
(extraídos notadamente da flor) acrescida com excipientes (óleo de coco) que
normalmente não é obtido por processo farmacêutico adequado.
Vale lembrar que o uso
medicinal seguro de cannabis sativa depende da produção controlada de variedades
da planta com proporções padronizadas de canabinoides. A extração obedece a
procedimentos específicos – feita de modo incorreto, pode até alterar as
propriedades da planta.
A RM Consult que participa
ativamente de todo projeto de regulamentação, ensaios clínicos, racionalização
e simplificação do processo de importação e ainda na transferência de
tecnologia para que os medicamentos possa vir a ser produzido localmente em
área controlada pelo governo, vemos com grande preocupação a divulgação e a realização
de eventos onde se utiliza crianças doentes na busca a sensibilização das
autoridades colocando tudo como se fosse maconha e agora maconha medicinal.
CANABIDIOL NÃO É MACONHA
MEDICINAL! É um subcomponente da planta geneticamente modificada, de onde se
extrai o óleo que para se transformar em medicamento passa por rigoroso
processo farmacêutico, antes de ser envazado e dispensado para uso.
Marcha da Maconha no Rio
defende liberdade para plantadores da erva
Manifestantes se reuniram no Rio em mais uma edição da Marcha da
MaconhaTomaz Silva/Agência Brasil
A Marcha da Maconha do Rio de
Janeiro teve este ano dois temas, a luta pela liberdade de todos os
cultivadores da erva que estão presos e a solidariedade às vítimas da guerra às
drogas. O advogado André Barros, autor da representação no Supremo Tribunal
Federal (STF) que descaracterizou a marcha como uma apologia ao uso da maconha,
disse que no Rio de Janeiro, atualmente, há 20 pessoas presas por causa da
produção da planta.
Para ele, a prisão é "uma
farsa" porque muitas vezes o material recolhido inclui a planta completa e
até a terra onde ela está sendo cultivada. “Colocam em uma balança e dizem que
ali tem 2 quilos. Só que a substância proibida que é o THC só existe na flor da
planta fêmea, então eles não podem colocar na hora da pesagem toda a planta. Os
juízes estão julgando sem conhecimento da prova material do crime”, explicou.
Pais que defendem o uso
medicinal do canabidiol Ativistas realizam a Marcha da Maconha na praia de
Ipanema, zona sul do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)
A advogada Margarete Brito,
mãe de Sofia, de 6 anos, estava na frente da marcha, empurrando o carrinho de
criança em que transportava a filha, que tem epilepsia refratária. Assim como
ela, outras mães carregavam os filhos
defendendo o uso medicinal da maconha. “Houve evolução: o eletroencefalograma
da minha filha é outro antes e depois do tratamento com a maconha. Ela melhorou
muito, ficou mais esperta, mais atenta, sorri mais”, contou.
De acordo com Margarete, o
tratamento na rede pública costuma demorar um ano entre a sentença do juiz e a
liberação do uso da substância pelo estado. A advogada destacou, no entanto,
que o tratamento, apesar de liberado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), sai muito caro porque é preciso importar o medicamento.
Segundo ela, o custo varia de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil.
“A gente está lutando este ano
pela produção no Brasil do extrato de maconha que a gente compra absurdamente
caro. Então, a nossa luta este ano é pela regulamentação do cultivo no Brasil”,
contou.
Segundo o major Dias, que
comandou o trabalho da Polícia Militar (PM) no local, a concentração da 12ª
edição da Marcha da Maconha do Rio de Janeiro reuniu cerca de 150 pessoas, na
altura do Jardim de Alah, na pista da orla na divisa entre as praias do Leblon
e de Ipanema. Quando os manifestantes começaram a caminhada, o major avaliou
que já eram 350 pessoas. Pelos cálculos dos organizadores, naquele momento,
havia cerca de mil participantes.
A Marcha da Maconha do Rio de
Janeiro começou em 2002 e já foi alvo do judiciário fluminense, que classificou
a manifestação como ato de apologia às drogas. Em 2011, o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu derrubar a proibição da Marcha da Maconha como apologia
ao uso do produto, considerando que os atos se enquadram na liberdade de expressão
e manifestação. "Ninguém mais pode interpretar que a Marcha da Maconha é
um movimento de apologia ao crime", disse o advogado André Barros.
Cristina Índio do Brasil -
Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg
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