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domingo, 10 de maio de 2015

Canabidiol não e maconha medicinal, e apenas uma das substancias extraída da planta transgenicamente modificada, o resíduo de THC é praticamente 0 = < que 0,1%

CANABIDIOL NÃO É MACONHA MEDICINAL!

Aproveitar a boa fé de pessoas fragilizadas emocionalmente, utilizando crianças indefesas para distorcer a verdade e induzir, enganar e confundir a população e as autoridades é um afronto que precisa ser cuidadosamente avaliado, esclarecido e até coibido.

Canabidiol (CBD) e um dos subprodutos da “cannabis sativa”, mas nada tem do alucinógeno THC (além de residuais inferiores a 0,1%) encontrado na mesma planta.

Expor crianças doentes, sendo tratadas com CBD e sugerir que os excelentes resultados estão sendo obtidos com a utilização da maconha é um verdadeiro afronto, absurdo que deve ser coibido pelas autoridades até lançando mão dos direitos da criança e do adolescente.

Os interessados na liberação da maconha, sistematicamente, utilizam indevidamente esta falsa imagem para confundir, ludibriar e induzir misturando o “uso recreativo da cannabis sativa in natura, ou seja o THC com o óleo de cânhamo CBD extraído do caule da planta transgenicamente modificado que purificado se transforma em medicamento”.

Medicamentos são extraídos e obtidos de diversas origens biológicas, como por exemplo o “Captopril” utilizado em controle de pressão arterial foi desenvolvido sinteticamente a partir do veneno da “jararaca” tomar captopril não o mesmo que ser picado pela serpente e ter o seu veneno transferido par o corpo humano. Outro exemplo é a cola de sangue de boi com veneno da jararaca para fechamento de campos cirúrgicos em substituição aos pontos (sutura tradicional).

Pessoas que por diversas razões utilizam medicamentos (morfina) para alivio da dor são tratadas com os chamados “opiáceos” que são substâncias derivadas do ópio nem por isso as usam heroína.

A morfina constitui 10% do ópio. Os outros são derivados dela por reações químicas relativamente simples.
Morfina -o mais usado dos opioides, particularmente na dor crónica, anestesias, etc...
Heroína -usado como droga de abuso. Raramente como analgésico.
Codeína, Dextrometorfano -opióides fracos usados como supressores da tosse, ou em dores moderadas.

Da mesma forma a “Cannabis Sativa” produz diferentes substâncias, entre elas as principais antagónicas são o “Canabidiol - CBD” e o “THC” que é o componente alucinógeno da popularmente chamada maconha (que causa o “barato”), que se pretende confundir com o “CBD” que tem efeitos terapêuticos comprovados e que não causa qualquer sensação de “barato” e/ou vicia, mesmo tomando altas dosagens. 

Para saber mais:

Maconha ou cânhamo?

O termo “cânhamo” (em inglês hemp) refere-se ao caule da planta. Tem menos THC e mais CBD em comparação com as flores e folhas (as inflorescências, chamadas de maconha). Nos Estados Unidos, o óleo de cânhamo é considerado um suplemento alimentar pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos, e é comercializado por algumas empresas no país.

Mais recentemente, famílias brasileiras começaram a importar ilegalmente (ou depois de conseguir autorização específica da Anvisa para o seu caso) essa formulação por causa de sua alta proporção de canabidiol (cerca de 20%, contra menos de 1% de THC) –  que, além das propriedades já descritas na literatura, é um poderoso anticonvulsivante.

Por isso óleos de cannabis com altas quantidades de CBD têm proporcionado resultados surpreendentes – ainda sem comprovação científica, cujos estudos clínicos formais estão em andamento – o controle de convulsões em crianças com epilepsias graves  (há crianças que sofrem centenas de convulsões por dia, o risco de morte é real) e difíceis de tratar com remédios disponíveis no mercado. Nesse caso, o óleo é pingado diretamente na boca algumas vezes ao dia.

No Brasil, depois do entendimento das autoridades; parlamentares, policiais, médicas e sanitárias sobre as diferenças entre “THC e CBD” a substância Canabidiol foi retirada da lista de produtos proibidos para integrar a lista de medicamentos controlados pela ANVISA que, também, regulamentou o tema e simplificou a importação do medicamento a partir da prescrição médica.

O THC, parte alucinógena da cannabis sativa continua tendo sua utilização criminalizada como droga que cria dependência e integram a cadeia de “narcóticos” proibidos pela Polícia Federal, pelas autoridades médicas e sanitárias do Brasil e de grande parte do mundo.
 
Diversas empresas estão realizando pesquisas clínicas ao redor do mundo para a comprovação da não toxicidade, eficácia, segurança do canabidiol para utilização terapêutica. Estudos que também pretendem avaliar as dosagens para definir a correta prescrição que até hoje é realizada de forma empírica, com base na experiência do próprio médico, prescritor.

Já existem registros de produtos sintéticos a partir da molécula do canabidiol, e, no Brasil além dos estudos uma das empresas que detém registro do medicamento farmoquímico na Inglaterra está tentando obter a liberação da ANVISA, que neste momento está realizando a inspeção na fábrica na Europa para conceder o registro do produto como medicamento sujeito a prescrição médica, com receita controlada.

O medicamento CBD é obtido a partir de parte de variedades da planta cannabis sativa, geneticamente modificada, de onde se extrai o óleo com elevada concentração de CBD e reduzido teor de THC (menos de 1%), o processo inclui a purificação e a estabilização da concentração para garantir o teor de CBD que normalmente varia entre 15 a 24%, envasado e dispensado em seringas dosadoras para o controle do volume prescrito pelo médico.

A utilização de óleos obtidos por diferentes processos que lançam mão de qualquer tipo de planta e/ou que utilizam diferentes partes da mesma planta, como a flor e as folhas, ao que ainda se aditiva outros óleos, como: o de coco além de não conseguir repetitividade em cada volume produzido, tem sua segurança e qualidade duvidosa, especialmente, pela mistura de subcomponentes da própria planta (extraídos notadamente da flor) acrescida com excipientes (óleo de coco) que normalmente não é obtido por processo farmacêutico adequado. 

Vale lembrar que o uso medicinal seguro de cannabis sativa depende da produção controlada de variedades da planta com proporções padronizadas de canabinoides. A extração obedece a procedimentos específicos – feita de modo incorreto, pode até alterar as propriedades da planta.

A RM Consult que participa ativamente de todo projeto de regulamentação, ensaios clínicos, racionalização e simplificação do processo de importação e ainda na transferência de tecnologia para que os medicamentos possa vir a ser produzido localmente em área controlada pelo governo, vemos com grande preocupação a divulgação e a realização de eventos onde se utiliza crianças doentes na busca a sensibilização das autoridades colocando tudo como se fosse maconha e agora maconha medicinal.

CANABIDIOL NÃO É MACONHA MEDICINAL! É um subcomponente da planta geneticamente modificada, de onde se extrai o óleo que para se transformar em medicamento passa por rigoroso processo farmacêutico, antes de ser envazado e dispensado para uso.

Marcha da Maconha no Rio defende liberdade para plantadores da erva

Manifestantes se reuniram no Rio em mais uma edição da Marcha da MaconhaTomaz Silva/Agência Brasil

A Marcha da Maconha do Rio de Janeiro teve este ano dois temas, a luta pela liberdade de todos os cultivadores da erva que estão presos e a solidariedade às vítimas da guerra às drogas. O advogado André Barros, autor da representação no Supremo Tribunal Federal (STF) que descaracterizou a marcha como uma apologia ao uso da maconha, disse que no Rio de Janeiro, atualmente, há 20 pessoas presas por causa da produção da planta.

Para ele, a prisão é "uma farsa" porque muitas vezes o material recolhido inclui a planta completa e até a terra onde ela está sendo cultivada. “Colocam em uma balança e dizem que ali tem 2 quilos. Só que a substância proibida que é o THC só existe na flor da planta fêmea, então eles não podem colocar na hora da pesagem toda a planta. Os juízes estão julgando sem conhecimento da prova material do crime”, explicou.


Pais que defendem o uso medicinal do canabidiol Ativistas realizam a Marcha da Maconha na praia de Ipanema, zona sul do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A advogada Margarete Brito, mãe de Sofia, de 6 anos, estava na frente da marcha, empurrando o carrinho de criança em que transportava a filha, que tem epilepsia refratária. Assim como ela, outras mães  carregavam os filhos defendendo o uso medicinal da maconha. “Houve evolução: o eletroencefalograma da minha filha é outro antes e depois do tratamento com a maconha. Ela melhorou muito, ficou mais esperta, mais atenta, sorri mais”, contou.

De acordo com Margarete, o tratamento na rede pública costuma demorar um ano entre a sentença do juiz e a liberação do uso da substância pelo estado. A advogada destacou, no entanto, que o tratamento, apesar de liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sai muito caro porque é preciso importar o medicamento. Segundo ela, o custo varia de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil.

“A gente está lutando este ano pela produção no Brasil do extrato de maconha que a gente compra absurdamente caro. Então, a nossa luta este ano é pela regulamentação do cultivo no Brasil”, contou.

Segundo o major Dias, que comandou o trabalho da Polícia Militar (PM) no local, a concentração da 12ª edição da Marcha da Maconha do Rio de Janeiro reuniu cerca de 150 pessoas, na altura do Jardim de Alah, na pista da orla na divisa entre as praias do Leblon e de Ipanema. Quando os manifestantes começaram a caminhada, o major avaliou que já eram 350 pessoas. Pelos cálculos dos organizadores, naquele momento, havia cerca de mil participantes.

A Marcha da Maconha do Rio de Janeiro começou em 2002 e já foi alvo do judiciário fluminense, que classificou a manifestação como ato de apologia às drogas. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a proibição da Marcha da Maconha como apologia ao uso do produto, considerando que os atos se enquadram na liberdade de expressão e manifestação. "Ninguém mais pode interpretar que a Marcha da Maconha é um movimento de apologia ao crime", disse o advogado André Barros.


Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

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