Um dia dedicado à mobilização
de gestores, de profissionais da saúde e da população contra a gripe. Essa é a
ideia do Dia D realizado neste sábado (09) em todo o Brasil para promover a
vacinação contra a doença. Em Porto Alegre, o Dia D contou com a presença do
ministro da Saúde, Arthur Chioro, e foi realizado na Usina do Gasômetro. A ação
faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe que tem o objetivo
de vacinar 80% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas. Serão mais
de 65 mil postos de vacinação abertos durante o sábado, que contarão com cerca
de 240 mil profissionais e 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. A
campanha acontece até o dia 22 de maio.
O Ministério da Saúde
adquiriu, para a realização da campanha, mais de 54 milhões de doses da vacina
aos estados para garantir a meta de vacinar, pelo menos, 39,7 milhões de
pessoas do grupo prioritário, ou seja, parte da população que tem mais riscos
de desenvolver complicações causadas pela doença. São elas: crianças de seis
meses a cinco anos incompletos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da
saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o
parto); população privada de liberdade; e funcionários do sistema prisional.
"A vacinação é
extremamente importante e segura, além de ser capaz de reduzir em 45% as
internações e em até 75% os óbitos provocados pelas complicações decorrentes da
gripe. Por isso, é fundamental garantirmos uma taxa de cobertura superior a
80%. Também não podemos deixar de valorizar esse momento importante de
prevenção e convocar a mobilização da população brasileira, além de recomendar
para aqueles que fazem parte do grupo prioritário, procurem um posto de saúde
perto de sua casa", orientou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Também serão vacinados
portadores de doenças crônicas não-transmissíveis ou pessoas com outras
condições clínicas especiais. A definição dos grupos prioritários segue a
recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por
estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções
respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de
doenças respiratórias.
A vacina disponibilizada na
rede pública em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe
determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina é
segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de
complicações e casos graves de gripe.
Como o organismo leva, em
média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção
contra a gripe, é fundamental realizar a vacinação no período da campanha para
garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação
da gripe vai do final de maio até agosto.
"A antecipação da
campanha no Estado do Rio Grande do Sul demonstra a sensibilidade do Ministério
da Saúde porque já possibilitou a vacinação de 1/3 da população-alvo. Esse
resultado foi possível pelo envolvimento dos prefeitos e secretarias de saúde
municipais e, principalmente, pelo envolvimento de todos os profissionais de
saúde do Estado. Vamos fazer o máximo que estiver ao nosso alcance para atingir
a meta de vacinar 3,6 milhões de pessoas", garantiu o secretário de saúde
do Estado do Rio Grande do Sul, João Gabbardo.
Para receber a dose, é
importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As
pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais,
também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da
indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle no SUS
deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose,
sem necessidade de prescrição médica.
A vacina contra a gripe foi
adquirida por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o
Instituto Butantan e o laboratório privado Sanofi. O acordo, intermediado pelo
Ministério da Saúde, permitiu que Instituto Butantan dominasse todas as etapas
de produção da vacina. Foram investidos R$ 487,6 milhões na aquisição das doses
para a campanha deste ano.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO – A
transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias
respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou
espirrar. Também acontece por meio das mãos e objetos contaminados, quando
entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o
Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de
prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a
boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de
uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal, a
recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina
contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do
vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente
entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar
que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe -
especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações -
devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são:
febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor
muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta
de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor
muscular intensa e prostração.
REAÇÕES ADVERSAS – Após a
aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção,
eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas leves, cujos efeitos
costumam passar em até 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com
história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que
tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É
importante procurar o médico para mais orientações.
Fonte: Camila Bogaz e Carlos
Américo/ Agência Saúde
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