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terça-feira, 12 de maio de 2015

Mobilização contra a gripe aconteceu neste sábado em todo o país

Um dia dedicado à mobilização de gestores, de profissionais da saúde e da população contra a gripe. Essa é a ideia do Dia D realizado neste sábado (09) em todo o Brasil para promover a vacinação contra a doença. Em Porto Alegre, o Dia D contou com a presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e foi realizado na Usina do Gasômetro. A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe que tem o objetivo de vacinar 80% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas. Serão mais de 65 mil postos de vacinação abertos durante o sábado, que contarão com cerca de 240 mil profissionais e 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. A campanha acontece até o dia 22 de maio.

O Ministério da Saúde adquiriu, para a realização da campanha, mais de 54 milhões de doses da vacina aos estados para garantir a meta de vacinar, pelo menos, 39,7 milhões de pessoas do grupo prioritário, ou seja, parte da população que tem mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença. São elas: crianças de seis meses a cinco anos incompletos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; e funcionários do sistema prisional.

"A vacinação é extremamente importante e segura, além de ser capaz de reduzir em 45% as internações e em até 75% os óbitos provocados pelas complicações decorrentes da gripe. Por isso, é fundamental garantirmos uma taxa de cobertura superior a 80%. Também não podemos deixar de valorizar esse momento importante de prevenção e convocar a mobilização da população brasileira, além de recomendar para aqueles que fazem parte do grupo prioritário, procurem um posto de saúde perto de sua casa", orientou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Também serão vacinados portadores de doenças crônicas não-transmissíveis ou pessoas com outras condições clínicas especiais. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A vacina disponibilizada na rede pública em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe, é fundamental realizar a vacinação no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

"A antecipação da campanha no Estado do Rio Grande do Sul demonstra a sensibilidade do Ministério da Saúde porque já possibilitou a vacinação de 1/3 da população-alvo. Esse resultado foi possível pelo envolvimento dos prefeitos e secretarias de saúde municipais e, principalmente, pelo envolvimento de todos os profissionais de saúde do Estado. Vamos fazer o máximo que estiver ao nosso alcance para atingir a meta de vacinar 3,6 milhões de pessoas", garantiu o secretário de saúde do Estado do Rio Grande do Sul, João Gabbardo.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle no SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

A vacina contra a gripe foi adquirida por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e o laboratório privado Sanofi. O acordo, intermediado pelo Ministério da Saúde, permitiu que Instituto Butantan dominasse todas as etapas de produção da vacina. Foram investidos R$ 487,6 milhões na aquisição das doses para a campanha deste ano.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também acontece por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas leves, cujos efeitos costumam passar em até 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Fonte: Camila Bogaz e Carlos Américo/ Agência Saúde

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