A Polícia Federal concluiu sete
inquéritos que investigam ex-deputados e indiciou:
1. André
Vargas (ex-PT-PR),
2. Luiz
Argolo (SDD-BA),
3. Pedro
Corrêa (PP-PE) (3 vezes)
4. Aline
Corrêa (PP-SP) filha do Pedro Corrêa
5. A
esposa e a nora de Pedro Corrêa
6. Alberto
Youssef (5 vezes)
7. Pedro
Paulo Leoni Ramos, que foi ministro do presidente Fernando Collor.
8. Leonardo
Meirelles, sócio do laboratório Labogen
9. Leoni
Ramos, ex-ministro por fraude à licitação junto com o Leonardo e Vargas
10. Ricardo
Hoffmann, que foi dirigente da agência Borghi Lowe em Brasília
No total, foram 30 indiciamentos por
suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, fraude
à licitação e integrar organização criminosa Também fazem parte da lista
ex-deputados do PP recebiam uma espécie de mesada do doleiro porque o partido
havia indicado Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da
Petrobras.
A propina correspondia a 1% do valor
dos contratos fechados por essa diretoria, de acordo com Youssef. Indiciamento
é a figura que a autoridade policial recorre quando acredita ter elementos que
apontam para a prática de um crime. Todos os ex-parlamentares estão presos
desde 10 de abril. Como eles não foram eleitos, o Supremo enviou as suspeitas
que havia contra eles para o juiz Sergio Moro, que decretou a prisão.
A PF considerou que a parceria que a
Labogen conseguiu com o Ministério da Saúde para produzir o princípio de um
remédio que era importado, um negócio que renderia R$ 31 milhões ao
laboratório, foi uma fraude à lei das licitações. Escutas e interceptações de
mensagens feitas com autorização judicial apontam que a parceria foi obtida com
a ajuda de Vargas. O Ministério da Saúde rompeu a parceria logo após as
investigações da Operação Lava Jato terem mostrado que o doleiro e o
ex-deputado estavam por trás do negócio.
Produtoras de comerciais da Borghi
Lowe, contratadas pela agência e repassaram pelo menos R$ 3,17 milhões para
empresas controladas por Vargas, ainda segundo a PF. A agência atende o
Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal. Há suspeitas de que os
pagamentos a Vargas eram uma recompensa à ajuda que o ex-deputado deu a
Hoffmann para conseguir os dois contratos. O publicitário negocia um
acordo de delação premiada com procuradores e delegados da Lava Jato.
OUTRO LADO O advogado Haroldo Nater,
que defende o sócio da Labogen, Leonardo Meirelles, disse que "a PF
cometeu um grande equívoco" ao indiciar seu cliente. "Para haver
fraude à licitação tem de ter contratação por parte do governo e isso não
ocorreu neste caso". O laboratório, segundo ele, tinha apenas assinado uma
espécie de carta de intenções com o laboratório da Marinha, que fazia parte da
parceria com o Ministério da Saúde. Os outros indiciados não se manifestaram
até o fim da tarde.
Os integrantes da CPI da Petrobras
aprovaram na quinta-feira (7) pedidos de convocação para ouvir os ex-deputados
André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Os
três foram presos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por
suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Vargas, Argôlo e Corrêa estão detidos em Curitiba, sede das operações da Lava Jato. Uma comitiva de parlamentares irá à capital paranaense na segunda-feira (11) para tomar os depoimentos dos ex-deputados e dos demais investigados que ainda estão presos, entre os quais o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", apontado como operador do PMDB no esquema.
Fonte: com dados da Folhapress
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