Várias autoridades presenciaram a assinatura do financiamento para a realização da fase III de testes clínicos da vacina contra a dengue, viabilizada pela parceria para o desenvolvimento envolvendo o MCTI, através do FINEP, BNDES e Ministério da Saúde que disponibilizará aproximadamente 300 Milhões dentro dos próximos 2 anos, para que o Butantan efetive os testes em humanos, que já inicia no Hospital das Clínicas, na próxima segunda-feira, onde serão vacinados os primeiros voluntários.
A presença das Autoridades que participaram e outras que prestigiaram o evento, mostra uma postura de ESTADO, onde a União, Ministérios, Academia, Pesquisa, Desenvolvimento, Produtor Público de Medicamentos se juntam e convergem para uma posição Política transversal, apartidária e sinérgica em prol de um bem muito maior, acima dos partidos ali representados; PT, PDT, PMDB, PSDB, PC do B, para restringir aos formalmente declarados. Tudo pelo País, pela saúde da população, pela valorização da ciência, pesquisa e desenvolvimento, local.
Projeto de extrema importância para a saúde e para a ciência do País, transformar ciência, pesquisa em produto com qualidade, seguro e eficaz a custos acessíveis para o Estado e para a População. A cruzada conduzida com excepcional liderança do Butantan, capitaneado pelo Prof. Jorge E. Kalil, que com grande tenacidade e perseverança busca resultados, colocando a estrutura pública do laboratório da REDE oficial para cumprir uma de suas mais importantes missões, produzir medicamentos para o bem estar e saúde de todos.
A partir deste importante marco na história do Butantan, na vida pessoal e profissional de todos os envolvidos, ultrapassar esta etapa poderia ser equiparado a passar em um concorridíssimo vestibular e poder escolher a Universidade, a partir daí recebemos outro imenso desafio que será a busca pela graduação, serão longos e trabalhosos anos que virão até que tenhamos comprovados os esperados resultados.
O advento das infecções causadas pelo vírus da Zika, praticamente uma epidemia, que se apresentou no meio do desenvolvimento do projeto, se transforma agora em um dos maiores desafios para os pesquisadores que, em paralelo, sem prejuízo do projeto original, buscam complementos e derivações tecnológicas que permitam aproveitar a plataforma biológica desenvolvida para buscar a vacina, soro, diagnósticos e outros medicamentos e controles, capazes de enfrentar as doenças transmitidas pelo mesmo mosquito vetor da dengue e da chicungunya.
“mesmo com a sensação de ter que substituir uma das turbinas do avião em pleno voo”, os cientistas e pesquisadores se mostram confiantes com os desafios, que por mais intensamente que consigam evoluir, infelizmente os resultados só poderão ser experimentados pela população, otimistamente nos próximos 2 a 3 anos.
Raramente se viu no País tamanha mobilização de toda comunidade e principalmente dos cientistas em buscar respostas e apresentar soluções que proporcionem rápido e efetivo resultado sensível a população. A REDE oficial já respondeu com brevidade a questão dos diagnósticos para analisar as 3 infecções causadas pelo mosquito; dengue, chicungunya e zika. Agora segue a busca de resultados imediatos para as análises das amostras de sangue, será incluindo o vírus Zika no teste NAT, realizado nas bolsas de sangue em todo o país. Esse teste já identifica os vírus HIV, hepatite B e hepatite C para controle e segurança do sangue nos hemocentros nacionais.
Sobre a parceria firmada entre o Brasil e os USA, a Embaixadora Liliana Ayalde, ressaltou “nosso países têm papel fundamental na busca de uma resposta para enfrentar o surto do vírus Zika. As doenças infecciosas não respeitam fronteiras. Nossos esforços conjuntos e ações estratégicas podem produzir resultados que vão beneficiar a todos”.
O acordo de cooperação assinado entre o Instituto Evandro Chagas e a Universidade do Texas, objetivando o desenvolvimento da vacina com o vírus Zika, reafirma o compromisso e a determinação dos Países em enfrentar o problema. Também estão no Brasil, no estado da Paraíba, 15 pesquisadores do CDC, com técnicos do Ministério da Saúde, realizando estudos que visam fazer a correlação entre o vírus Zika e a microcefalia.
Outras iniciativas estrategicamente importantes são articuladas pelo MCTI via FINEP e através das FAPs na busca de sinergias entre as pesquisas desenvolvidas em todo País.
Finalmente ao povo cabe a firme tenacidade de se manter vigilante ativo fiscal do ambiente, na busca de acabar com todos os potenciais criadouros de mosquitos, enquanto aguarda a disponibilidade dos medicamentos, em desenvolvimento.
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