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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Novo estudo fortalece ligação entre zika e microcefalia

Associação e causalidade
Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro confirmou a presença do vírus zika no líquido amniótico de duas mulheres que tiveram sintomas da doença durante a gravidez e cujos fetos tinham microcefalia.
De acordo com a equipe, isso sugere que o vírus pode atravessar a placenta e infectar os fetos, fortalecendo a teoria de que o vírus zika está ligado à microcefalia e a outros defeitos congênitos em bebês.
Mas especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) alertam que o vínculo ainda não foi provado e esperam divulgar novas informações nas próximas semanas.
Após a associação entre o vírus e a microcefalia, os pesquisadores começarão a procurar por sinais de causalidade, ou seja, de que o vírus é realmente o causador dos danos neurológicos, e não apenas um coadjuvante ou uma infecção oportunista.
Mecanismos biológicos
A principal autora da pesquisa, Ana de Filippis, disse que a pesquisa "mostra o vírus sendo identificado diretamente no líquido amniótico de uma mulher durante a gravidez, sugerindo que o vírus poderia cruzar a placenta e potencialmente infectar o feto".
Mas ela ressaltou que "o estudo não pode determinar se o vírus identificado nestes dois casos foi a causa da microcefalia nos bebês."
"Até entendermos o mecanismo biológico ligando a zika à microcefalia, não podemos ter certeza que um causa o outro, e mais pesquisas precisam ser feitas urgentemente," acrescentou.
O estudo foi publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases.
Casos de microcefalia
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil investiga atualmente 3.935 casos suspeitos de microcefalia em bebês.
Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016.
Até o momento, 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e outros 837 casos notificados já foram descartados por apresentarem exames normais.
Os 508 casos confirmados ocorreram em 203 municípios, localizados em 13 unidades da federação. Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não tem nenhum registro de casos.
Com informações da BBC e Agência Brasil

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