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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Análise das REVISTAS SEMANAIS, sábado 27 de fevereiro de 2016

A repercussão da prisão do marqueteiro João Santana e as consequências para o Palácio do Planalto são itens que estão em destaque nas revistas que circulam neste fim de semana. Assunto é capa das cinco principais revistas do país.

ÉPOCA aponta que os investigadores da operação Lava Jato suspeitam, “baseados em evidências”, que o marqueteiro João Santana recebeu dinheiro sujo da Odebrecht por dois tipos de serviços: “os que ele fazia aqui, para Lula e Dilma, e os que ele fazia lá fora, para amigos do lulismo”.

Já a ISTOÉ DINHEIRO traça o perfil de João Santana, “o marqueteiro do PT que venceu as últimas três eleições presidenciais no Brasil e está preso pela operação Lava Jato”. Texto aponta que ele é “o marqueteiro mais endinheirado da política brasileira”.

ISTOÉ, em reportagem de capa, relata que “documentos comprovam repasses de dinheiro desviado da Petrobras ao marqueteiro de Dilma, João Santana, durante a campanha de 2014. Poder exercido pelo publicitário sobre o Planalto é atestado por e-mails rastreados pela Lava Jato”.

Capa da VEJA aponta que Dilma Rousseff foi advertida pelo empreiteiro Emílio Odebrecht de que investigações poderiam resvalar nos “pagamentos secretos das campanhas eleitorais do PT”.

CARTA CAPITAL afirma que a prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas de 2010 e 2014, expõe a ligação entre o juiz Sérgio Moro e Gilmar Mendes na tentativa de cassar a chapa Dilma-Temer e “reacendeu a esperança da oposição”.


Menções diretas ao segmento estão concentradas na ISTOÉ DINHEIRO nas edições semanais.

Como principal destaque, MOEDA FORTE, na DINHEIRO, publica breve entrevista com Robson Braga de Andrade, presidente da CNI que “divulgou dados alarmantes”, em referência à Sondagem Industrial indicando que “38% da capacidade de produção da indústria está ociosa”. MOEDA FORTE reproduz algumas das principais declarações do dirigente.

“Nunca vi nada igual, mas tenho certeza que sairemos dessa. Só não sabemos como e quando. Não dá para saber porque não conseguimos prever o que vai acontecer com a política. Não tem ninguém pensando no País como um todo. O governo Federal não faz isso, os governos Estaduais estão quebrados e o Congresso não vota nada. Estamos a reboque”, alerta Andrade.

Sobre o custo da crise, o presidente da CNI afirma: “O custo será altíssimo. Em 2014, a indústria de transformação representava 14% do PIB, no ano passado, a participação caiu para 9% de um PIB menor. No ano passado, perdemos 1,5 milhão de empregos e vamos perder mais 700 mil neste ano. Dificilmente recuperaremos isso, mesmo no longo prazo”.

Tratando do comércio exterior, Andrade disse à coluna que “hoje o empresariado está trabalhando no curto prazo, tanto que os investimentos estão parados. O que os empresários estão tentando é aproveitar a alta do dólar para exportar. Mas não é fácil. Tem que competir com a China, com os Estados Unidos, com o Japão”.

Em reportagem, ISTOÉ DINHEIRO analisa projeto de lei no Congresso promete regulamentar a profissão de lobista, que é muito respeitada no exterior e, embora controverso, “é extremamente acessado pelas principais empresas e entidades corporativas”.

Segundo a revista, a demanda por esse tipo de serviço vem crescendo no Brasil.

“Profissionais com ampla experiência e muito trânsito no poder público são extremamente valorizados. As grandes empresas e as principais entidades empresariais, como a CNI e a CNA, mantêm funcionários dedicados ao tema e ainda contratam escritórios terceirizados”, explica a reportagem.

“As próprias entidades, em última análise, exercem o papel de lobistas quando defendem os interesses do seu setor”, afirma ISTOÉ DINHEIRO. “Vai me dizer que não vai continuar tendo lobby? O que é a CNI? E a CNA? O que é a OAB? Você acha que eu não sou procurada na Câmara por diversos setores?”, diz a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ).

ISTOÉ DINHEIRO posiciona que para os lobistas “que estiverem agindo fora da lei, já existe o Código Penal. Para quem trabalha legalmente, a regulamentação é bem-vinda para esclarecer os limites e dar transparência a uma atividade que tende a crescer”.



Os reflexos para o setor de infraestrutura de casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato avançam no noticiário.

Como ponto de atenção, em entrevista à ISTOÉ, a presidente do Instituto Compliance Brasil, Sylvia Urquiza, alerta que "há risco de quebrar a indústria nacional". Ela defende os acordos de leniência e diz que, a partir da Lava Jato, o País precisa aprimorar a sua legislação.

“Olha a dificuldade na Lava Jato para uma empresa fechar um acordo de leniência. Do jeito que está, sem uma costura bem feita por todos esses órgãos, vamos quebrar a indústria nacional. Hoje, a gente está falando de empreiteiras na Lava Jato. Amanhã, a gente estará falando de outros setores econômicos”, afirma Urquiza.

Em entrevista às PÁGINAS AMARELAS, na VEJA, o jurista Modesto Carvalhosa, um dos primeiros especialistas a se debruçar sobre a nova Lei Anticorrupção, afirma que há uma solução para acabar com a promiscuidade entre governos e empreiteiras.

Segundo ele, o caso investigado pela Lava Jato é “resultado de uma relação promíscua entre empreiteiras e o poder público”.

“Nesse ‘capitalismo de compadres’, tudo é estabelecido através das relações patrimonialistas e promíscuas entre empresários e o poder público. No caso das empreiteiras brasileiras, esse capitalismo de compadres é ainda mais preocupante”, afirma.

“Os favores e vantagens que os políticos recebem se traduzem, nos momentos certos, em contratos com o poder público. E esses acertos fundam-se sempre em uma série de ilegalidades, como superfaturamentos, falsas medições, péssima qualidade de obras, atrasos e abandono”, explica o jurista.

“Precisamos oficializar a prática através de uma lei própria ou alterar as existentes. A Lei de Licitações, a 8666/93, aborda o seguro-garantia, mas fala em apenas 10% do valor da obra. Precisamos chegar a até 120%, para que, além do valor total da obra, sejam incluídos eventuais gastos extras”, sugere Carvalhosa.

Semanários também noticiam que o Senado aprovou o projeto que muda a exploração do pré-sal.

SEMANA, na ISTOÉ, informa que “com 40 votos a favor, 26 contra e duas abstenções, o projeto que enterra a obrigatoriedade da Petrobras de ser a operadora única do pré-sal foi aprovado pelo Senado”.

CARTA CAPITAL aponta que o projeto aprovado “derruba a exclusividade dada à Petrobras para operar o pré-sal e elimina o porcentual obrigatório de 30% de participação da estatal em todos os projetos de exploração”.

“Os defensores das mudanças argumentam que a empresa está sem fôlego financeiro e as exigências da Lei da Partilha comprometem seu futuro. Os senadores substituíram a obrigatoriedade pelo direito de preferência na escolha dos blocos a serem leiloados daqui para a frente”, afirma.

ISTOÉ DINHEIRO afirma que, se passar pela Câmara e for sancionada pela presidente Dilma Rousseff, “a lei abrirá caminho para uma nova rodada de leilões, provavelmente a partir de 2017. Trata-se de um respiro para a combalida petroleira”.

Ainda nesse contexto, VEJA posiciona que o governo passou a perna no PT e uniu-se aos tucanos para aprovar o projeto que desobriga a estatal de participar de todos os campos do pré-sal. “A medida deve destravar os investimentos na exploração petrolífera”, afirma.

Em outra frente, BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, assinala que “o povo brasileiro é um eterno otimista. E uma pesquisa do Sebrae comprova a tese. O índice que mede a confiança dos empresários para 2016 melhorou e alcançou em janeiro 99 pontos”.

Desde fevereiro de 2015, expõe a coluna, “o indicador permanece sistematicamente abaixo dos 100 pontos. No último julho, o índice teve seu pior desempenho, com 93 pontos. Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o dado mostra a gradual retomada da confiança do setor”.

DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, aponta: “Medidas que coloquem fim à burocracia no Brasil devem ser comemoradas. Na semana passada, o fim da exigência dos registros e das impressões de livros contábeis enviados à Receita Federal vai reduzirem quase R$ 500 milhões o gasto das empresas, em cinco anos. A conquista é parte do programa Bem Mais Simples Brasil, coordenada por Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae”.

"Há 1,1 milhão de livros à espera de autenticação", diz Afif.

A SEMANA, na CARTA CAPITAL, registra que “a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas aumentou de 6,9%, em dezembro, para 7,6%, em janeiro, o pior resultado para o mês desde 2009, revela a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE”.

Segundo a abordagem, o governo arrecadou R$ 129,3 bilhões em janeiro, queda real de 6,7% ante o mesmo período do ano anterior.

“Apesar do recuo, o governo central, que reúne Tesouro, Previdência Social e Banco Central, registrou um superávit primário de 14,8 bilhões de reais, o primeiro resultado positivo desde abril do ano passado. O recente leilão de 29 usinas hidrelétricas engordou o excedente”, afirma A SEMANA.



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