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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Próximo passo para a vacina contra a AIDS

Pesquisadores sugerem método que pode fazer os anticorpos do HIV se desenvolverem mais rápido.Pesquisadores do Scripps Research Institute (TSRI) em La Jolla (Califórnia) chegaram um passo mais perto de uma vacina contra a AIDS. A pesquisa se concentrou no desenvolvimento de anticorpos específicos do HIV. Achados mostraram que o sistema imune pode ser acionado para produzir esses anticorpos com maior eficácia. O estudo foi publicado na revista “Immunity”.


Células imunes precisam de tempo para detectar os pontos fracos de um vírus e, em seguida, adaptar sua estrutura para se ligar e neutralizar o vírus. No caso de uma família de anticorpos direcionada ao HIV chamada PGT121, leva cerca de dois anos para as células neutralizarem o vírus - muito tempo para combater de modo eficaz uma infecção.
Cientistas queriam descobrir se havia um meio de acelerar esse processo. Eles se concentraram principalmente nos estágios iniciais de PGT122 e PGT124 porque podiam desenvolver um efeito “amplamente neutralizador”. Além disso, também visam a glicoproteína do envelope do HIV, por meio da qual o vírus se liga, para, em seguida, penetrar nas células hospedeiras.
Usando técnicas de imageamento de alta resolução, os pesquisadores mapearam as estruturas do anticorpo que estavam ligadas a determinados pontos da glicoproteína do envelope do HIV. Eles descobriram que diferentes ramificações de anticorpos desenvolviam diferentes estratégias para enganar a defesa do HIV.
Os pesquisadores observaram que os anticorpos começam a atacar o N332 glicano e o motivo do GDIR da glicoproteína do envelope do HIV. A partir daí, as ramificações PGT121 desenvolveram estratégias ligeiramente diferentes. O ramo PGT122 mutaciona na direção do N137 glicano, enquanto PGT124 a princípio indica a mesma ação, mas depois evita o N137 glicano, rotaciona e se inclina para atingir abaixo a glicoproteína do envelope do HIV. Quando os pesquisadores removeram o N137 glicano, os anticorpos reagiram imediatamente e não precisaram de uma “sessão de treinamento de dois anos”.
“Isso sugere possíveis estratégias de como é possível induzir esses anticorpos por meio da vacinação”, disse o líder do estudo Ian Wilson. Se os pesquisadores tiverem êxito em projetar uma molécula sem o N137 glicano, eles podem conseguir acionar uma resposta mais rápida do anticorpo. Tendo iniciado a resposta do anticorpo, o glicano poderia ser adicionado outra vez e, assim, ajudar os anticorpos a se desenvolver e atacar as formas mais nativas do vírus
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