Menos assuntos se relacionam
diretamente com a pauta específica da Indústria, nesta sexta-feira (26).
Destaque do dia está em O
GLOBO, que publica reportagem especial sobre as mudanças na regra de exploração
do pré-sal no Brasil. O ajuste aprovado no Senado pode viabilizar investimentos
de US$ 420 bilhões até 2030, de acordo com estudos da Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O GLOBO detalha o levantamento
e reforça a discussão apoiado por análises de especialistas. No geral,
percepção é positiva, sobretudo no que se refere à retomada de investimentos no
setor.
“Para Carlos Abijaodi, diretor
da CNI, o preço do barril de petróleo no mercado internacional, não é
impedimento a investimentos”, indica O GLOBO.
“Petróleo é negócio de longo
prazo. Quem participar de licitação hoje vai tirar óleo dentro de cinco a oito
anos numa concessão de 30 anos. O importante é oferecer segurança, regras
claras e transparentes. Num momento de economia enfraquecida, isso é um ânimo
para empresários e indústria”, diz Abijaodi, conforme reproduz o jornal
carioca.
FOLHA DE S. PAULO : Operação
da PF sobre sonegação atinge Gerdau
O ESTADO DE S. PAULO : Gerdau
é alvo de operação da PF por suspeita de propina
O GLOBO : Para Lava-Jato,
propina da Petrobras pagou marqueteiro
VALOR ECONÔMICO : Vale perde
R$ 44 bi e vende ativos
Os resultados da Vale estão em
evidência em todos os principais jornais do país.
Reportagens registram os
principais números divulgados ontem pela companhia e em tom de alerta são
unânimes: o prejuízo de R$ 44,2 bilhões apurado em 2015 sinaliza tempos difíceis.
O ESTADO DE S. PAULO afirma
que “o primeiro resultado anual no vermelho desde sua privatização, em 1997,”
vem acompanhado de uma completa falta de perspectiva de melhora de cenário.
Conforme o jornal paulista, “a
companhia decidiu adotar uma estratégia mais arrojada para turbinar seu caixa,
pondo à venda negócios estratégicos”.
FOLHA DE S. PAULO relata que a
desvalorização do real frente ao dólar e a queda do preço do minério de ferro
foram bastante responsáveis pelo mau desempenho da empresa – reportagem
ressalta que a venda de ativos segue sendo uma das prioridades.
O GLOBO completa que o
presidente da Vale, Murilo Ferreira, “já avalia vender os chamados ativos core
ou seja, ligados aos principais segmentos da companhia. São eles: minério de
ferro, níquel, cobre, fertilizantes e carvão”.
Manchete do VALOR ECONÔMICO
aborda o assunto e relata ainda que a venda de ativos prioritários de seu
portfólio visa tentar reduzir em US$ 10 bilhões a dívida líquida da Vale – de
US$ 25,2 bilhões no quarto trimestre do ano passado para cerca de US$ 15 bilhões
em prazo de um ano e meio.
Em outra frente, e de volta a
O GLOBO, breve reportagem afirma que a indústria de máquinas e equipamentos “vê
a possível mudança na regra do pré-sal como chance de acabar com o principal
problema do setor na área de óleo e gás: o cliente único
“Se a Petrobras enfrenta
problemas, toda a cadeia se contamina. A indústria será beneficiada, mas vai
levar anos para isso acontecer”, pondera José Velloso, presidente executivo da
Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), conforme reproduz O
GLOBO.
De acordo com a mesma
reportagem, a Firjan atua junto ao setor naval fluminense para estimular
projetos de reparo manutenção, já que a construção de embarcações parou.
Também entre outros assuntos
de interesse, registra-se como referência do dia no VALOR ECONÔMICO a
informação de que números preliminares, registrados até ontem (25), mostram que
o consumo de veículos no país está 20,1% abaixo dos volumes registrados no
mesmo mês de 2015.
Texto indica que houve uma leve
melhora na média diária de vendas na comparação com janeiro: 300 carros a mais.
Reportagem do VALOR reforça
que, com as vendas fracas e os estoques altos, a produção continuou reduzida
nas montadoras.
O ESTADO DE S. PAULO analisa a
queda de 4,1% no PIB de São Paulo, principal motor econômico do país e avalia
que a perspectiva é de mais um ano de recessão.
“Continuará o aperto para o
governo de São Paulo e, com certeza, para o da União. Haveria espaço para algum
otimismo se a autoridade federal pelo menos indicasse uma correção de rumo”,
resume o editorial.
FOLHA DE S. PAULO critica o
que chama de artifícios de contabilidade usados por estados e governo federal
na tentativa de mascarar os problemas nas finanças públicas. “Há cada vez menos
incautos; de tão repetidos, os truques agora só iludem seus próprios autores”.
O GLOBO afirma que o
rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Moody's "marca a
falácia" do ajuste fiscal do governo. "O lulopetismo conseguiu
destruir o equilíbrio fiscal, o qual aceitou apenas no início do primeiro
mandato de Lula. Mas, não muito tempo depois, sucumbiu às tentações populistas
e colocou tudo a perder. O resultado está aí".
VALOR ECONÔMICO relata que os
indicadores econômicos divulgados recentemente sugerem que a economia do país
continua se retraindo. Jornal analisa que, mesmo menor que em 2015, a recessão
continuará em 2016.
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.
PAULO: "O número de empresas abertas no país em janeiro deste ano foi de
167.275, um aumento de 17,12% em relação ao mesmo mês de 2015, segundo
levantamento da consultoria Unitfour”.
“A maioria dos novos
empresários (82%) são MEIs (microempreendedores individuais), o modelo mais
simples”, indica MERCADO ABERTO.
Pedro Luiz Passos, conselheiro
da Natura, escreve na FOLHA DE S. PAULO que, “desde o início do ajuste fiscal,
em 2015, faltou convicção ao governo para enfrentar o nó górdio da expansão de
suas despesas, o que não é mais possível ignorar”.
Conforme o texto, “optou-se
pelo aumento dos impostos, muito mais custoso em termos de produto e de criação
de emprego, e pelo enxugamento marginal das despesas”.
“Não há mais como fechar os
olhos diante do imobilismo político e da falta de liderança para tomar decisões
e conduzir reformas que clamam por urgência. É preciso coragem e determinação
do governo (seja ele qual for) para fazer o que for preciso, sem se curvar a
interesses contrariados das corporações, aos despropósitos da base política e
às conveniências do mandato, quando o que está em causa é a sorte de todos nós
e de nossas empresas”, critica Passos.
PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO:
"Tucanos se dividiram no voto em separado na CPI do BNDES. O deputado
Alexandre Baldy (PSDB) pediu o indiciamento do ex-presidente Lula e de mais
quatro pessoas. Na lista, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Nos
bastidores, porém, colegas, como o novo líder da minoria, Miguel Haddad,
pressionaram Baldy a não citar Coutinho".
Miriam Leitão afirma em O
GLOBO que "a aprovação pelo Senado do projeto que muda a regulamentação do
pré-sal foi o reconhecimento da realidade".
Em tom crítico, Miriam Leitão
reforça que "a situação da Petrobras é dramática, como todos sabem. A
gestão petista, a apropriação do coletivo pelo partido que nos governa, as
decisões político-eleitorais quebraram a empresa (...) o PT entendeu que a
Petrobras era dele, em vez de um patrimônio coletivo. A história dessa
apropriação indébita está sendo revelada pela Lava-Jato".
A operação Zelotes está nas
manchetes dos principais jornais do país. Reportagens informam que a
força-tarefa que investiga supostos desvios e tráfico de influência no Carf,
órgão ligado ao Ministério da Fazenda, fez buscas em 17 endereços do Grupo
Gerdau.
Destaque para a informação de
que quatro executivos, entre eles o diretor-presidente, André Gerdau, foram
levados à Polícia Federal para depor ontem.
Textos reforçam que a suspeita
é que empresas tenha pagado propina para reduzir débitos que somariam R$ 1,5 bilhão
no Carf.
André Gerdau, que é filho de
Jorge Gerdau, presidente do Conselho Consultivo do grupo e integrante do
“Conselhão” dos governos Lula e Dilma Rousseff, prestou depoimento em São Paulo
e negou envolvimento em atos de corrupção.
No contexto da operação Lava
Jato, parte da mídia registra que a mulher do marqueteiro João Santana, Mônica
Moura, disse a investigadores que era pressionada por clientes de fora do
Brasil a receber pagamentos de maneira não contabilizada.
Mônica Moura reconheceu ainda
ter recebido dinheiro fora do Brasil da Odebrecht. Mônica afirma ter sido
orientada a procurar o executivo da empreiteira Fernando Migliaccio da Silva,
para receber parte de valores referentes à campanha à reeleição de Hugo Chávez
na Venezuela.
A empresária acrescentou que o
PT foi seu principal cliente e que “qualquer aconselhamento” à presidente Dilma
Rousseff foi feito de maneira gratuita “em razão da amizade mantida” com a
petista.
FOLHA DE S.PAULO relata que
João Santana reconheceu “controlar” a conta na Suíça onde teria recebido pelo
menos US$ 7,5 milhões do esquema de propinas da Petrobras.
“Ele, porém, atribuiu à sua
mulher, Mônica, a ‘responsabilidade pelas movimentações na referida conta’ e
disse ainda não saber a origem do dinheiro”, resume o texto.
Os possíveis impactos
políticos da prisão do marqueteiro João Santana também são abordados.
FOLHA DE S. PAULO afirma que
as investigações envolvendo o publicitário acenderam a discussão sobre a
viabilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff dentro de PMDB.
“Em encontros reservados,
peemedebistas de todos os matizes avaliaram que os desdobramentos da
investigação fortaleceram as ações contra a chapa da petista no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral)”, adverte a reportagem.
O ESTADO DE S. PAULO
acrescenta que, após conversas com ministro do STF sobre a prisão de a João
Santana, “congressistas do PSDB e do PMDB concluíram que precisam buscar um
entendimento para promover a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo – seja
por meio do impeachment ou da cassação do mandato”.
Jornais também estão atentos
aos supostos ruídos nas relações entre o Palácio do Planalto e o PT.
Parte dos veículos informa que
o partido vai lançar um Programa Nacional de Emergência para pressionar a
presidente Dilma Rousseff a mudar a política econômica.
Ao saber da ofensiva do
partido contra o governo será ampliada na reunião de hoje do Diretório Nacional
petista, Dilma Rousseff disse a ministros que pode não ir na festa dos 36 anos
do PT, que está marcada para amanhã, especulam os jornais.
O ESTADO DE S. PAULO
acrescenta que o apoio do governo ao projeto de lei que retira da Petrobras a
exclusividade para operar o pré-sal se tornou alvo de críticas da direção do
PT.
As contas públicas voltam a
figurar com destaque no noticiário econômico.
Parte dos jornais registra
que, depois de oitos meses, as contas do governo ficaram no azul em Janeiro.
Segundo o Tesouro Nacional, as
receitas superaram as despesas em R$ 14,8 bilhões.
FOLHA DE S. PAULO afirma que,
historicamente, janeiro é favorável para as contas públicas. “Por isso, o dado
não significa que o governo conseguirá terminar o ano com um resultado
positivo”.
O ESTADO DE S. PAULO expõe
que, mesmo com o aumento de tributos, o governo não conseguiu o recuo da
arrecadação. “Em janeiro, a Receita Federal registrou queda real de 6,71% em
tributos recolhidos, na comparação com o mesmo mês do ano passado”.
“Foram recebidos pelo Fisco R$
129,4 bilhões, ante R$ 138,7 bilhões em janeiro de 2015, em valores corrigidos
pela inflação. É o pior resultado para o mês de janeiro em cinco anos”, detalha
o jornal.
As medidas do governo na
tentativa de conter a retração econômica também são abordadas.
Com foco no mercado de
trabalho, estão em destaque ainda dados da Pesquisa Mensal de Emprego.
Pelos números oficiais, a taxa
de desemprego subiu para 7,6% em janeiro nas seis principais regiões
metropolitanas do país – o maior nível para o mês nos últimos sete anos.
Também repercute a informação
que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou que, a partir de 1.º
de abril, as contas de luz entrarão na bandeira verde, o que significa que a
cobrança extra pelo uso de energia vai acabar – com isso, a redução média na
conta de luz será de 6% a 6,5%.
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