Destaques

terça-feira, 10 de maio de 2016

Estados receberão 100% das doses da vacina contra gripe até esta sexta

A campanha acontece até o dia 20 deste mês, mas o Ministério da Saúde já enviou aos estados 93% do total de doses. O país já registrou 2.467 casos de influenza neste ano 


Até esta sexta-feira (13), todos os estados do país já terão recebido 100% das doses da vacina (54 milhões) para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha. O excedente, que neste ano é de mais de 4 milhões de doses, é chamado de reserva técnica e faz parte da estratégia de vacinação. Portanto, o Ministério da Saúde reafirma que não há falta de vacina e que todo o público-alvo da campanha será vacinado.



Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues aos estados, o que representa 93% do total de doses da campanha. Algumas regiões e estados já receberam 100% das doses, como é o caso dos estados da região Norte e do estado de São Paulo. Desde o dia 1º de abril, o Ministério da Saúde está enviando em etapas aos estados a vacina contra a influenza de 2016. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados. 



Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida em que chegam as doses, são distribuídas, imediatamente, aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo. A Campanha acontece em todo o país até o dia 20 de maio. 



“O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo, o que chamamos de reserva técnica. Portanto, não há necessidade de correria aos postos de saúde porque tem vacina para todos que fazem parte do público-alvo”, observou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, reforçando que a campanha vai até o dia 20 de maio. 



Devem tomar a vacina pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação. 



A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. 



SEGURANÇA - A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. “Temos milhões de pessoas vacinadas, não só no Brasil, mas no mundo. Esta é uma vacina de vírus inativado, desta forma não tem capacidade de ocasionar um quadro gripal. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em circulação e que não estão incluídos na vacina, inclusive aqueles que causam resfriados”, explicou a coordenadora Carla Domingues.  



CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 30 de abril, foram registrados 2.467 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.085 por influenza A (H1N1), sendo 411 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.



O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).



A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.279) influenza A H1N1, sendo 1.130 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (140); Goiás (136); Paraná (102); Santa Catarina (100); Pará (82); Distrito Federal (62); Rio de Janeiro (57); Bahia (56); Minas Gerais (51); Espírito Santo (41); Mato Grosso do Sul (36); Pernambuco (32); Ceará (15); Paraíba (12); Alagoas (11); Rio Grande do Norte (10); Mato Grosso (4); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe (1).



Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 202, seguido por Rio Grande do Sul (31); Goiás (22); Rio de Janeiro (22); Santa Catarina (21); Paraná (16); Minas Gerais (13); Pará (13); Bahia (13); Espírito Santo (11); Paraíba (8); Mato Grosso do Sul (8); Pernambuco (7); Ceará (5); Rio Grande do Norte (5); Distrito Federal (5); Mato Grosso (3); Amapá (2); Alagoas (2) e Maranhão (1).


Total de público-alvo e doses da vacina já entregues por UF

UF
Total Público-alvo
Doses já entregues

%
Total de doses para a Campanha 2016
RO
350.256
376.700
100%
376.700
AC
195.184
210.600
100%
210.600
AM
942.947
1.037.900
100%
1.037.900
RR
164.345
175.600
100%
175.600
PA
1.704.531
1.846.400
100%
1.846.400
AP
165.484
177.100
100%
177.100
TO
326.013
349.700
100%
349.700
NORTE
3.848760
4.174.000
100%
4.174.000
MA
1.529.100
1.415.790
87%
1.635.900
PI
732.193
678.170
87%
783.500
CE
2.017.553
678.170
87%
2.158.800
RN
776.019
1.874.910
87%
830.400
PB
946.103
723.080
87%
1.012.400
PE
2.095.962
1.939.980
87%
2.242.300
AL
699.104
647.820
87%
748.100
SE
454.675
425.190
87%
486.600
BA
3.268.957
3.027.890
86%
3.499.700
NORDESTE
12.519.666
11.611.050
87%
13.397.700
MG
4.932.010
4.663.830
88%
5.278.400
ES
849.659
853.870
94%
909.200
RJ
4.165.042
3.946.370
89%
4.456.600
SP
11.900.190
12.696.400
100%
12.733.200
SUDESTE
21.846.902
22.160.470
95%
23.377.400
PR
2.922.568
2.881.080
92%
3.128.400
SC
1.759.539
1.733.190
92%
1.885.300
RS
3.574.750
3.527.430
92%
3.824.500
SUL
8.256.857
8.141.700
92%
8.838.200
MS
667.922
664.990
92%
722.200
MT
698.212
682.500
91%
750.000
GO
1.433.414
1.438.410
94%
1.533.800
DF
609.105
607.120
93%
651.800
C.OESTE
3.408.653
3.393.020
93%
3.657.800
BRASIL
49.880.838
49.480.240
93%
53.445.100

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde


0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda