A campanha acontece até o dia 20 deste mês, mas o Ministério da Saúde já
enviou aos estados 93% do total de doses. O país já registrou 2.467 casos de
influenza neste ano
Até esta sexta-feira (13), todos os estados do país já terão recebido 100% das
doses da vacina (54 milhões) para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem
parte do público-alvo da campanha. O excedente, que neste ano é de mais de 4
milhões de doses, é chamado de reserva técnica e faz parte da estratégia de
vacinação. Portanto, o Ministério da Saúde reafirma que não há falta de vacina
e que todo o público-alvo da campanha será vacinado.
Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues aos
estados, o que representa 93% do total de doses da campanha. Algumas regiões e
estados já receberam 100% das doses, como é o caso dos estados da região Norte
e do estado de São Paulo. Desde o dia 1º de abril, o Ministério da Saúde está
enviando em etapas aos estados a vacina contra a influenza de 2016. A entrega
aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados.
Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório
produtor e, à medida em que chegam as doses, são distribuídas, imediatamente,
aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir
estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da
população-alvo. A Campanha acontece em todo o país até o dia 20 de maio.
“O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo, o
que chamamos de reserva técnica. Portanto, não há necessidade de correria aos
postos de saúde porque tem vacina para todos que fazem parte do público-alvo”,
observou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio
Nardi, reforçando que a campanha vai até o dia 20 de maio.
Devem tomar a vacina pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a
menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de
saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto),
pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21
anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. As
pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas
com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há
meta específica de vacinação.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição
também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do
comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os
vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de
doenças respiratórias.
SEGURANÇA - A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações
que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos.
Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de
hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da
influenza. “Temos milhões de pessoas vacinadas, não só no Brasil, mas no mundo.
Esta é uma vacina de vírus inativado, desta forma não tem capacidade de
ocasionar um quadro gripal. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a
vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em
circulação e que não estão incluídos na vacina, inclusive aqueles que causam
resfriados”, explicou a coordenadora Carla Domingues.
CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 30 de abril, foram registrados
2.467 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.085 por
influenza A (H1N1), sendo 411 óbitos, com registro de um caso importado (o
vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico
de Influenza do Ministério da Saúde.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza,
distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que
monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal
(SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.279) influenza A H1N1,
sendo 1.130 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste
ano foram Rio Grande do Sul (140); Goiás (136); Paraná (102); Santa Catarina
(100); Pará (82); Distrito Federal (62); Rio de Janeiro (57); Bahia (56); Minas
Gerais (51); Espírito Santo (41); Mato Grosso do Sul (36); Pernambuco (32);
Ceará (15); Paraíba (12); Alagoas (11); Rio Grande do Norte (10); Mato Grosso
(4); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe
(1).
Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 202, seguido por Rio
Grande do Sul (31); Goiás (22); Rio de Janeiro (22); Santa Catarina (21);
Paraná (16); Minas Gerais (13); Pará (13); Bahia (13); Espírito Santo (11);
Paraíba (8); Mato Grosso do Sul (8); Pernambuco (7); Ceará (5); Rio Grande do
Norte (5); Distrito Federal (5); Mato Grosso (3); Amapá (2); Alagoas (2) e
Maranhão (1).
Total de público-alvo e doses da
vacina já entregues por UF
UF |
Total
Público-alvo
|
Doses
já entregues
|
%
|
Total
de doses para a Campanha 2016
|
RO
|
350.256
|
376.700
|
100%
|
376.700
|
AC
|
195.184
|
210.600
|
100%
|
210.600
|
AM
|
942.947
|
1.037.900
|
100%
|
1.037.900
|
RR
|
164.345
|
175.600
|
100%
|
175.600
|
PA
|
1.704.531
|
1.846.400
|
100%
|
1.846.400
|
AP
|
165.484
|
177.100
|
100%
|
177.100
|
TO
|
326.013
|
349.700
|
100%
|
349.700
|
NORTE
|
3.848760
|
4.174.000
|
100%
|
4.174.000
|
MA
|
1.529.100
|
1.415.790
|
87%
|
1.635.900
|
PI
|
732.193
|
678.170
|
87%
|
783.500
|
CE
|
2.017.553
|
678.170
|
87%
|
2.158.800
|
RN
|
776.019
|
1.874.910
|
87%
|
830.400
|
PB
|
946.103
|
723.080
|
87%
|
1.012.400
|
PE
|
2.095.962
|
1.939.980
|
87%
|
2.242.300
|
AL
|
699.104
|
647.820
|
87%
|
748.100
|
SE
|
454.675
|
425.190
|
87%
|
486.600
|
BA
|
3.268.957
|
3.027.890
|
86%
|
3.499.700
|
NORDESTE
|
12.519.666
|
11.611.050
|
87%
|
13.397.700
|
MG
|
4.932.010
|
4.663.830
|
88%
|
5.278.400
|
ES
|
849.659
|
853.870
|
94%
|
909.200
|
RJ
|
4.165.042
|
3.946.370
|
89%
|
4.456.600
|
SP
|
11.900.190
|
12.696.400
|
100%
|
12.733.200
|
SUDESTE
|
21.846.902
|
22.160.470
|
95%
|
23.377.400
|
PR
|
2.922.568
|
2.881.080
|
92%
|
3.128.400
|
SC
|
1.759.539
|
1.733.190
|
92%
|
1.885.300
|
RS
|
3.574.750
|
3.527.430
|
92%
|
3.824.500
|
SUL
|
8.256.857
|
8.141.700
|
92%
|
8.838.200
|
MS
|
667.922
|
664.990
|
92%
|
722.200
|
MT
|
698.212
|
682.500
|
91%
|
750.000
|
GO
|
1.433.414
|
1.438.410
|
94%
|
1.533.800
|
DF
|
609.105
|
607.120
|
93%
|
651.800
|
C.OESTE
|
3.408.653
|
3.393.020
|
93%
|
3.657.800
|
BRASIL
|
49.880.838
|
49.480.240
|
93%
|
53.445.100
|
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
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