Representantes do Governo
Federal participam das ações nas capitais do país nesta sexta sem mosquito. O
ministro Ricardo Barros estará em Teresinha (PI) e Campina Grande (PB). Serão
feitas visitas domiciliares, mutirões de limpeza, distribuição de material
educativo, entre outras atividades
As ações de combate ao
mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya serão intensificadas durante
esta semana em todo o país. A sexta-feira sem mosquito acontece de forma
simultaneamente em diversas cidades do Brasil. O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, participa da mobilização em Teresina (PI) e, no sábado, estará presente
na ação que acontece em Campina Grande (PB).
Em outros estados também
ocorrem ações, que serão comandadas por ministros de Estado e outros representantes
dos ministérios, além de autoridades dos governos locais, agentes de saúde e
toda a população. O objetivo é reforçar a conscientização sobre importância de
eliminar os focos do mosquito, especialmente antes da chegada do verão, período
mais favorável à proliferação do mosquito.
Durante as ações, será feita
distribuição de material educativo, visitas domiciliares, mutirões de limpeza,
realizados pelos agentes de saúde, além de exposições educativas em escolas e
outras ações voltadas para a comunidade local. Ministros de Estado, agentes de
saúde e de defesa civil visitarão residências, escolas, órgãos públicos,
canteiros de obras e outros locais, num esforço conjunto para o enfrentamento
ao Aedes aegypti.
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, destaca a importância desta ação. “O enfrentamento ao mosquito é
prioridade do Governo Federal, por isso definimos um dia para essa grande
mobilização, que é a Sexta Sem Mosquito. Isso demonstra o empenho e preocupação
no combate ao Aedes para que possamos evitar todas as doenças
causadas por ele”, declarou o ministro da Saúde.
INFESTAÇÃO - O novo
Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa)
de 2017, consolidado em 24 de novembro, aponta que 4.552 cidades de todo o país
fizeram o levantamento, sendo que destes, 2.833 municípios estão com índices
satisfatórios, ou seja, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito
em recipientes com água parada. Estão em alerta 1.310 municípios, com índice de
infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 409 em risco, com mais de
4% das residências com infestação.
O Mapa da Dengue, como é
chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes
aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do
mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os
bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o
tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a
realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o
planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.
CAMPANHA – Desde o dia 24
de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de combate ao
mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção da população para os
riscos das doenças transmitidas pelo vetor e convoca a todos ao seu
enfrentamento. O objetivo é mostrar que o combate à proliferação do mosquito
começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar
mudança positiva na vizinhança. O material alerta: “Um mosquito pode prejudicar
uma vida. E o combate começa por você. Faça sua parte e converse com seu
vizinho”. A campanha é veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais.
As ações de prevenção e combate
ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo
Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação
com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos
federais (entre ministérios e entidades) para atuar conjuntamente, além de
contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de
combate ao vetor.
Para isso, o Ministério da
Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos
para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti,
cresceram 83% nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010 para R$
1,7 bilhão, em 2016. Para 2017, a previsão é que o orçamento de vigilância em
saúde aos estados chegue a R$ 1,93 bilhão. Este recurso é destinado à
vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O
recurso é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde
novembro de 2015 foram repassados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e
desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias, além de destinar mais R$ 395,3
milhões para o eixo de assistência à saúde.
DENGUE – Até 18 de
novembro de 2017, foram notificados 241.218 casos prováveis de dengue em todo o
país, uma redução de 84% em relação ao mesmo período de 2016 (1.465.847). Com
relação ao número de óbitos, também houve queda significativa, passando de 695
óbitos, em 2016, para 125 em 2017.
CHIKUNGUNYA – Até 18 de
novembro, foram registrados 184.525 casos prováveis de febre chikungunya, o que
representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A
redução é de 32% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram
registrados 272.805 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de
132,4 casos/100 mil/hab. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 152
óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 213 mortes confirmadas.
ZIKA – Foram
registrados 16.927 casos prováveis de zika em todo país, até 18 de novembro,
uma redução de 92% em relação a 2016 (214.418). A taxa de incidência passou de
104,0 em 2016 para 8,2 neste ano. Em relação às gestantes, foram registrados
2.205 casos prováveis, sendo 910 confirmados por critério
clínico-epidemiológico ou laboratorial.
Por Camila Bogaz, da
Agência Saúde/MS
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