Acordo para transporte
gratuito de órgãos e equipes de transplantes foi renovado pelos Ministérios dos
Transportes e da Saúde, Anac, Aeronáutica, aeroportos e companhias aéreas
A quantidade de órgãos e
tecidos transportados pelas companhias aéreas até outubro deste ano já supera o
desempenho de janeiro a dezembro de 2016. No ano passado, Latam, Avianca,
Gol, Azul e Passaredo foram responsáveis pelo transporte de 3.847 órgãos e
tecidos em todo o país, enquanto o balanço até outubro deste ano já chega a
4.200 itens, um crescimento de 9,1%. Os números são do Sistema Nacional de
Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde.
O resultado favorável é fruto
de um termo de cooperação entre os Ministérios da Saúde e a Secretaria Nacional
de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, em 2011, e que foi renovado
nesta quarta-feira (06/12), durante o I Simpósio Nacional de Gestão de
Processos de Doação e Transplante, evento promovido pelo Ministério da Saúde.
Assinam o termo, além do
ministério da Saúde e dos Transportes, Portos e Aviação, Agência Nacional e
Aviação Civil (Anac), Aeronáutica, companhias aéreas e aeroportos. O documento
representa uma cooperação logística firmada entre eles com o objetivo de
realizar o transporte aéreo de órgãos para transplante de forma 100% gratuita e
voluntária.
“O apoio das companhias
aéreas, viabilizado por meio deste acordo, é fundamental na logística do
Governo Federal para salvar vidas. É com essa parceria, assim como a
disponibilidade de uma aeronave da FAB, o trabalho de inúmeros profissionais e
a solidariedade da população brasileira que temos conseguido realizar, a cada
ano, um número cada vez maior de transplantes no SUS”, destacou o ministro
Ricardo Barros. O Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos
do mundo, com a marca de mais de 24 mil cirurgias no ano passado.
Para o ministro dos
Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, o termo de cooperação entre
o setor público e privado permitiu que o deslocamento gratuito de órgãos por
meio do transporte aéreo fosse realizado de forma mais ágil, eficiente e
seguro. “O termo viabiliza uma grande operação logística que salva vidas em
qualquer lugar do Brasil. Assim, garantimos que qualquer órgão doado ou equipe
médica saia de uma localidade do país e chegue ao destino necessário, onde há
um paciente aguardando para fazer um transplante”, avalia o ministro. “Com
isso, é possível fazer o transporte em tempo hábil para manter o órgão em
bom estado e atender prontamente a quem precisa, salvando mais vidas”,
completa.
O termo prevê também que as
empresas transportem sangue e equipes médicas. Os aeroportos arcam com os
custos das taxas de embarque.
Outra parceira envolvida nesta
missão de salvar vidas, a Força Aérea Brasileira (FAB) já transportou 199
órgãos/tecidos em 2017. O número também é superior à quantidade de 2016, quando
foram transportados 184 itens. A FAB é acionada somente quando não há voos para
atender a uma emergência.
TRANSPORTES DE ÓRGÃOS PELAS
CIAS AÉREAS EM 2015, 2016 E 2017
Total
de Itens Transportados pelas Companhias Aéreas
|
|||
|
2015
|
2016
|
2017*
|
Total de Órgãos
|
1.123
|
1.023
|
1.160
|
Total de Tecidos
|
2.417
|
2.824
|
3.040
|
Total de Geral
|
3.540
|
3.847
|
4.200
|
|
|
|
|
Total
de Itens Transportados pela FAB
|
|||
|
2015
|
2016
|
2017*
|
Total de Órgãos
|
28
|
177
|
198
|
Total de Tecidos
|
1
|
7
|
1
|
Total de Geral
|
29
|
184
|
199
|
*Dados até outubro de 2017.
FONTE: Sistema Nacional
de Transplante/Ministério da Saúde
Da Ascom do Ministério do
Transporte e da Saúde
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