Em
nota, a Oxitec afirmou que "cumpre seus contratos de forma regular e
rigorosa, o que inclui manter a prefeitura informada".
Questionado
se tinha conhecimento de que as liberações de mosquitos modificados estavam
abaixo do recomendado pela área técnica da empresa, o secretário de Saúde de
Piracicaba, Pedro Mello, disse à Folha que a prefeitura da cidade nunca foi
avisada do fato.
De
acordo com a empresa de biotecnologia, "o projeto de supressão de vetor
desenvolvido pela Oxitec não prevê liberação de quantidade fixa de mosquitos
transgênicos".
A
menor liberação de insetos, segundo a companhia, se deu em decorrência do
período do ano - inverno na maior parte- , no qual "observou-se baixa
pluviosidade e baixas temperaturas (típicas da época), e, por consequência,
baixa infestação do mosquito selvagem".
"Durante
o período sazonal em que a população de mosquitos selvagens ê menor, o número
de mosquitos geneticamente modificados liberados pela Oxitec também foi menor.
A população selvagem de mosquitos foi monitorada o tempo todo com o uso de
ovitrampas [armadilhas] espalhadas pelos bairros", afirmou a Oxitec.
Segundo
a Folha apurou, no entanto, as baixas liberações são uma consequência de
problemas industriais na produção dos insetos modificados ocorridos na fábrica
construída pela companhia em Piracicaba.
De
acordo com a empresa, "o projeto da Oxitec em Piracicaba foi o primeiro em
escala operacional que adotou essa estratégia de adequação sazonal no número de
mosquitos".
No
caso do bairro Cecap/ Eldorado, o primeiro a ser tratado pela companhia em
Piracicaba (a partir de maio de 2015), a questão da sazonalidade não teve o
mesmo peso.
Lá,
as liberações semanais na fase de supressão realizada durante o inverno
estiveram no patamar de 160 mosquitos transgênicos por habitante
Folha
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