O
Ministério da Saúde informa que não há registro confirmado de febre amarela
urbana no país. O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está
sendo investigado por uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo,
o que inclui o histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a
forma de transmissão na região. Deve ser observado que o paciente mora na
região urbana, e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes
da conclusão do trabalho é precipitada. É importante informar que São
Bernardo do Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo,
Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de
febre amarela.
O
Ministério da Saúde esclarece que todos os casos de febre amarela registrados
no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi
transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros
Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre,
além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e
também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
Temos
segurança de que a probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima
por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o
momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram
casos humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância
entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram
presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente
estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses
(dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo
daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão
urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de
recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar
precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação
oportunamente.
Atendimento à imprensa - Ascom/MS
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