Segundo dados da PróGenéricos
(Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), com base nos
indicadores do IQVIA, a indústria de genéricos fechou 2017 com crescimento de
11,78% no volume de unidades vendidas, na comparação com 2016.
No ano, foram comercializadas
1,2 bilhão de unidades contra 1,1 bilhão no ano anterior. Os genéricos
encerraram o ano com 32,46% de participação de mercado em unidades contra
30,70% verificados em 2016.
“São diversos pontos a serem
considerados para esse aumento, além do preço mais baixo, a confiança do
consumidor foi fator determinante, para afirmar isso temos como base pesquisas
realizadas pelo IFEPEC, que apresentam que as pessoas já observam os genéricos
como uma ótima alternativa”, explica Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Com o resultado, se observa
que genéricos tiveram uma elevação de seis pontos percentuais acima do
mercado farmacêutico total, que registrou expansão de 5,73% no ano
passado.
Resultado esperado
Os dados da pesquisa “Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos”, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), já projetava esses resultados por mostrar que a possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos, está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra.
Os dados da pesquisa “Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos”, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), já projetava esses resultados por mostrar que a possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos, está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra.
Segundo a pesquisa o número de
brasileiros que consideram essa opção é bastante expressivo, sendo que 37% dos
consumidores apontara que adquiriram medicamentos dessa modalidade, outros 32%
compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.
“Os genéricos já venceram uma
desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte
das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial
competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são
fundamentais na escolha”, analisa Edison Tamascia.
Ele se refere ao fato de que a
pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em
relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 45% dos
consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a
quase totalidade desses clientes buscavam economia.
“É importante reforçar, porém,
que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma
alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma
farmacêutica e dosagem que o medicamento original”, complementa Tamascia.
A pesquisa teve como objetivo
apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o
tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos
que levaram a essa troca.
Segundo a pesquisa, dos
entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo,
apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da
compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos
farmacêuticos.
“Esse fato demonstra a
existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel
ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos
farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o
brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, explica o presidente da
Febrafar. Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97%
dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor
preço.
A pesquisa foi realizada com
quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias
em que estiveram para efetuar a compra.
Panorama Farmacêutico
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