A
recomendação é que os estados definam outros grupos prioritários, além das
gestantes cadastradas no Programa Bolsa Família
O
Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias de saúde dos estados e dos
municípios ampliaram o público-alvo para a dispensação de repelentes em todo o
país. A decisão foi anunciada e pactuada, nesta quinta-feira (22/02), durante a
reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada em Brasília
(DF), composta por representantes do governo federal, estaduais e
municipais. A partir de agora, além das gestantes cadastradas no programa Bolsa
Família, as pessoas em situação de vulnerabilidade, definidas pelas secretarias
de saúde, podem solicitar o repelente nas Unidades Básicas de Saúde dos
municípios.
Para
orientar os gestores locais, o Ministério da Saúde deverá encaminhar na próxima
semana uma nota técnica com os critérios para a distribuição destes insumos,
que será feita de acordo com a realidade de cada estado. Terão prioridade na
oferta dos repelentes, por exemplo, a população em área endêmica de doenças
como a febre amarela, dengue, chikungunya e zika; gestantes acompanhadas pelo
SUS; público com contraindicação à imunização da febre amarela; agentes
comunitários de saúde expostos à situação de risco, entre outros. O Ministério
da Saúde já recomenda o uso de repelentes para reforçar a proteção contra o
mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do
vírus Zika com a microcefalia em bebês.
Já
foram distribuídos aos estados brasileiros 100% dos frascos de repelentes
contratados no início de 2017. Inicialmente, a aquisição do produto foi
destinada às beneficiárias do Programa Bolsa Família, por meio do Programa de
Prevenção e Proteção Individual de Gestantes contra o Aedes aegypti, que
envolve o Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDS), no âmbito do Plano de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à
microcefalia.
Para
se manter imune, a pessoa deve aplicar o repelente diariamente nas áreas
expostas do corpo devendo, observar o tempo de reaplicação de 10 horas. O
público-alvo ou beneficiários poderá retirar o repelente gratuitamente na
unidade de saúde mais próxima do seu município.
É
importante destacar que, para erradicar o mosquito Aedes aegypti e os possíveis
criadouros, é necessária a adoção de uma rotina com medidas simples para
eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de
vistoria são suficientes para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de
planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem
ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito.
Por
Victor Maciel, da Agência Saúde
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