Objetivo é reduzir erros de
tratamento que possam provocar o agravamento da doença do paciente
Tomar medicamento errado
representa uma falha no tratamento e pode agravar o quadro de uma doença,
causando danos ao paciente. Por isso, saber o nome correto dos medicamentos é
essencial para evitar consequências indesejadas durante uma terapia. Além dos
riscos intrínsecos dos medicamentos, errar o produto significa também que ele
não irá provocar o efeito esperado contra a doença que está sendo combatida.
O alerta é da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelas regras que evitam o
registro de produtos com nomes semelhantes, tanto na forma de escrever (grafia)
quanto no som da pronúncia da palavra (fonética). Para o órgão, adotar nomes
distintos minimiza a possibilidade de troca do medicamento, dando maior
segurança ao profissional de Saúde e pacientes. Por isso, é importante ter
atenção e cuidado na hora da prescrição e compra do produto.
A Anvisa possui regulamentação
rigorosa e orientações sólidas para prevenir o registro de nomes semelhantes
que possam levar ao erro de medicação. Em média, 50% dos nomes propostos pela
indústria não são aprovados inicialmente pela Anvisa, que dá um prazo de até
120 dias para que as empresas apresentem novas identificações. A maioria dos
fabricantes fazem nova proposta, mas anualmente cerca de 10 processos não são
atendidos ou finalizados devido à semelhança de nome comercial.
Registros
Para ter a dimensão desse
trabalho, aproximadamente 2,5 mil solicitações de registro foram analisadas
pela Anvisa desde 2014, ano da criação da Coordenação de Registo de
Medicamentos de Menor Complexidade, Bula e Rotulagem (CRMEC). Atualmente,
existem cerca de 10 mil medicamentos registrados no Brasil e em circulação no
mercado. Devido à quantidade de produtos disponíveis, é recomendável que os
profissionais de Saúde, pacientes e familiares fiquem sempre atentos. Os
pacientes devem adquirir o medicamento que foi prescrito para o tratamento da
doença.
Quando há troca do
medicamento, qualquer grupo pode estar suscetível. Mas, na avaliação da
Anvisa crianças e idosos podem ser os mais afetados. Os problemas que os
medicamentos podem acarretar são intrínsecos à droga que está sendo tomada, e
estas informações podem ser obtidas no texto de bula para o paciente no item
‘quais os males que este medicamento pode me causar'.
Além de adotar regras para
evitar nomes parecidos, a Anvisa realiza testes e avaliações de segurança e
eficácia dos produtos antes de conceder registro de medicamentos.
Legislação
A Anvisa é responsável pela
legislação que orienta a indústria com relação ao registro de nome de
medicamentos. Recentemente, foi publicada a Orientação de Serviço 43/2017, que detalha a resolução (RDC 59/2014) que trata deste tema. Com isso, a Anvisa
reforçou os critérios que devem ser adotados pelos fabricantes. No entanto, a
legislação sobre o tema remete à Lei 6.360, de 1976, que já determinava que os
medicamentos não podem ter nomes, designações, rótulos ou embalagens que
induzam ao erro.
Saiba mais
Por: Ascom/Anvisa
0 comentários:
Postar um comentário