DEPARTAMENTO
DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES
VIRAISDEPT DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECCÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAISDEPT DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO
E CONTROLE DAS INFECCÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS
HEPATITES VIRAIS - .DIAHV
SRTVN
701 Bloco D - Bairro Asa Norte, Brasília/DF, CEP 70719040
Site
- http://www.aids.gov.br/
NOTA
INFORMATIVA Nº 10/2018-.DIAHV/SVS/MS
Recomendações
sobre o uso do dolutegravir
I –
DAS RECOMENDAÇÕES VIGENTES PARA PRESCRICÇÃO DE TARV EM MULHERES
VIVIENDO
COM HIV.
As
atuais recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (PCDT
PTV) do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e
das Hepatites Virais - DIAHV/SVS/MS (publicado em setembro de 2017 – disponível
em: www.aids.gov.br/pcdt),
enfatiza que não há dados suficientes para o uso de dolutegravir (DTG) durante
a gravidez ou amamentação e recomenda o uso de Raltegravir (RAL) a partir da
14ª semana de gestação como opção preferencial.
O Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-exposição (PEP) de Risco
à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais (publicado em setembro de
2017 – disponível em: www.aids.gov.br/pcdt),
afirma que na avaliação inicial de mulheres com indicação de PEP, deve ser
investigada a possibilidade de gestação e terapia alternativa ao DTG deve ser
recomendada.
II
- DOS RECENTES DADOS DO USO DO DOLUTEGRAVIR EM MULHERES VIVENDO COM HIV NO
MOMENTO DA CONCEPÇÃO.
Resultados
preliminares do estudo Tsepamo, conduzido em Botswana, foram detectados
defeitos de tubo neural em crianças nascidas de mulheres que engravidaram e em
uso DTG ( n = 4/426 - taxa de aproximadamente 0,9% comparada a taxa local de
defeito de tubo neural de 0,1% em crianças nascidas de
mulheres
em uso de outros ARV durante a concepção). No mesmo estudo, nenhuma criança
nascida de mulher que tenha iniciado DTG durante a gestação teve defeito do
tubo neural identificado (n=0/2749).
Esses
resultados iniciais levaram à declaração da Organização Mundial da Saúde,
quanto ao potencial risco de segurança de uso do DTG em mulheres vivendo com
HIV (MVHIV) no momento da concepção.
(http://www.who.int/medicines/publications/drugalerts/Statement_on_DTG_18May_2018final.pdf?ua=1 –
divulgado em 18 de maio de 2018).
III
– DAS RECOMENDAÇÕES PARA MULHERES VIVENDO COM HIV EM IDADE FÉRTIL
Diante
dessas novas informações, neste momento, o DIAHV reforça as seguintes
recomendações:
A
saúde sexual e reprodutiva da MVHIV deve ser abordada em todas as consultas.
MVHIV
que pretendem engravidar:
Não
devem receber TARV contendo DTG;
Em
início de tratamento devem usar esquemas preferencialmente contendo efavirenz
(EFZ) e realizar genotipagem pré-tratamento;
Nas
situações em que a mulher já estiver em uso de DTG, este deverá ser substituído
conforme avaliação individualizada e orientações vigentes no Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em
Adultos - histórico de uso de ARV, genotipagens prévias, controle da
CV-HIV, etc.
MVHIV
em idade fértil que tem indicação de uso de DTG:
Devem
evitar engravidar e ter assegurado o uso de um método contraceptivo
eficaz,
preferencialmente métodos contraceptivos que não dependam da adesão (DIU ou
implantes anticoncepcionais).
Investigar
a possibilidade de gestação, previamente à prescrição do DTG.
MVHIV
em idade fértil que estejam em uso de DTG e não desejam usar contraceptivos
eficazes:
A
TARV deve ser substituída por esquemas sem DTG, conforme recomendações do Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos.
Gestantes
vivendo com HIV não devem fazer uso de DTG.
MVHIV
que tiverem confirmada gravidez durante o uso do DTG, devem ter seu esquema ARV
imediatamente substituído, conforme orientações do PCDT PTV.
MVHIV
em idade fértil que realizaram método contraceptivo definitivo (ex. laqueadura
tubária) ou tenham outras condições biológicas que impeçam a ocorrência de uma
gestação (ex. histerectomia) poderão fazer uso de DTG.
IV
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ressalta-se
que a TARV não deve ser interrompida sem avaliação médica, uma vez que isso
pode causar danos a mulher e seu concepto.
Todos
os casos de mulheres que foram expostas ao DTG no Brasil estão sendo
investigados pelo Ministério da Saúde, não encontrado, até o momento, qualquer
caso de defeito no tubo neural.
Essas
recomendações serão incorporadas ao PCDT PTV e Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos.
Novas
informações serão prontamente divulgadas por este Departamento, assim que
disponíveis.
Documento
assinado eletronicamente por Adele Schwartz Benzaken, Diretor(a) do
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle IST, HIV/AIDS e Hepatites
Virais, em 18/05/2018, às 18:36, conforme horário oficial de Brasília, com
fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015;
e art. 8º, da Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.
A
autenticidade deste documento pode ser conferida no site
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0,
informando o código verificador 3923201 e o código CRC C4ECC0A8.
Brasília,
18 de maio de 2018.
Referência:
Processo nº 25000.088574/2018-60 SEI nº 3923201
0 comentários:
Postar um comentário