Bastante
ajustada, pauta específica com foco no setor fabril explora de forma pontual
nesta terça-feira (16) questões de interesse da Indústria.
Destaque
do dia está em O ESTADO DE S.PAULO, que publica o caderno especial FUTURO DA
INDÚSTRIA.
Resultado
de uma parceria comercial do jornal paulista com a empresa Siemens, o
suplemento elege como tema central a inovação.
ESTADÃO
resume experiências de sucesso que impulsionam o setor. Especialistas debatem a
produtividade do trabalhador e de que forma os novos processos interferem na
maneira de produzir.
Alguns
textos comparam a situação brasileira com a de outros países, como Alemanha e
Estados Unidos.
Em uma das
abordagens, jornal afirma que “o Brasil tem fontes de energia abundantes distantes
dos maiores centros consumidores, o que reforça a necessidade de investimentos
em sistemas de transmissão”.
“A
cartilha da CNI, lançada no final de 2014, traz como mote ‘Eficiciência
Energética na Indústria. Entre nessa corrente’, menciona o ESTADÃO.
Na mesma
reportagem jornal afirma que, segundo o documento, a indústria é responsável
por cerca de 41% do consumo de energia elétrica do país. “Exatamente por isso,
a necessidade urgente da implantação de ‘programas, projetos e atividades de
conservação e uso eficiente de energia pelos diversos segmentos industriais’,
adverte.
Complementando
o dia, registra-se como ponto de atenção em O GLOBO artigo assinado por Marcos
Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda.
Lisboa
celebra a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) de divulgar diversas informações sobre os empréstimos
“O exemplo
do BNDES deveria ser seguido por outras instâncias, como o FAT, o FGTS, o
Sistema S e os sindicatos de trabalhadores e patronais, que utilizam recursos
compulsoriamente arrecadados de todos nós para beneficiar grupos específicos”,
adverte Lisboa.
FOLHA DE
S. PAULO
Para TCU,
erro em projeções da União levou a 'pedaladas'
O ESTADO
DE S. PAULO
Sem
acordo, ministro indica veto a mudança na aposentadoria
O GLOBO
BNDES
causa perdas de R$ 1,1 bi por ano ao FAT
VALOR
ECONÔMICO
Empresários
pedem debate despolitizado sobre BNDES
CORREIO
BRAZILIENSE
Uma lei do
barulho!
BRASIL
ECONÔMICO
Crise da
Petrobras arrasta operadoras de sondas estrangeiras
A
exposição centrada na agenda de interesse da indústria apoia-se hoje em
abordagens extremamente direcionadas e específicas.
Destacam-se
artigos de opinião que retratam, sobretudo, realidades e pontos de vista
relevantes no debate em torno de questões como comércio exterior e parcerias
estratégicas.
A
embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, escreve na FOLHA DE
S.PAULO analisa a agenda que será objeto de discussão entre a presidente Dilma
e o americano Barack Obama, no fim do mês.
“Nossos
presidentes definirão uma agenda comum para o futuro, que deve incluir
cooperação sobre mudanças climáticas; aprofundamento do engajamento comercial;
colaboração em ciência, tecnologia e inovação; acordos de defesa e segurança e
intercâmbios técnicos e educacionais”, afirma a embaixadora.
Em relação
ao aspecto comercial, Liliana Ayalde reforça o aprofundamento de parcerias e
defende: “Trabalhando juntos de forma mais estreita, facilitando o comércio,
cooperando em regulamentações comerciais, simplificando a realização de
negócios, tanto aqui como nos EUA, poderemos alcançar e crescer mais”.
No VALOR
ECONÔMICO, artigo assinado pelo embaixador Regis Arslanian, sócio da GO
Associados, defende uma revisão das prioridades do Brasil nas negociações de
acordos comerciais.
Arslanian
aponta para a necessidade de “desmistificar os culpados externos e dar às
negociações comerciais a dimensão real que podem desempenhar em benefício de
nossos interesses”.
“Precisamos
saber usar, estrategicamente, os acordos de comércio com os principais
‘players’ da economia mundial para buscar com eles uma convergência de normas e
de padrões regulatórios que nos abram oportunidades para construir parcerias
produtivas que integrem o Brasil aos mercados de produção de vanguarda”, resume
Arslanian.
Em outra
frente do noticiário, mas ainda entre os textos autorais que expressam opiniões
sobre os mais variados assuntos, destacam-se posições assumidas por
especialistas que são referência no debate sobre emprego e mercado de trabalho.
Clemente
Ganz, sociólogo e diretor técnico do Dieese, escreve artigo no CORREIO
BRAZILIENSE no qual afirma: “Sem indústria, não há o tipo de crescimento de que
precisamos para o desenvolvimento”.
Ganz
defende ser urgente “estabelecer as conexões significativas entre a política
macroeconômica e as fontes que articulam e dinamizam as frentes de expansão
econômica”. Segundo ele, o elo deve ser feito com ações que visam aumento do
emprego e melhora nos salários.
“É
imperioso, por exemplo, diminuir a desigualdade de produtividade entre as
grandes e as pequenas e microempresas”, completa Ganz.
O
professor da FEA-USP, José Pastore, também artigo, adverte em O ESTADO DE
S.PAULO que o uso da arbitragem trabalhista foi vetado pelo governo, o que,
segundo ele, foi um erro.
“A
arbitragem trabalhista simplifica a vida das partes e do Poder Judiciário. É um
método expedito, simples, baseado na confiança dos optantes e muito menos
oneroso que os processos judiciais”, resume Pastore, que completa: “O veto precisa
ser revisto”.
Na FOLHA
DE S.PAULO, Ricardo Patah, presidente da central sindical UGT, publica artigo
contrário ao projeto de lei que amplia as terceirizações.
Segundo
Patah, “o texto aprovado até agora abre espaço para a precarização do trabalho,
o que assusta os trabalhadores”. O sindicalista usa como exemplo a morte de 12
trabalhadores em obras de construção de estádios da Copa, reforçando que 11
deles eram terceirizados.
Entre as
reportagens de maior relevância do dia associadas a assuntos da indústria,
cobertura se destaca pela forte conexão com a conjuntura exportadora e com a
crise no setor automotivo.
VALOR
ECONÔMICO, em breve reportagem reproduz declarações atribuídas ao ministro
Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)
apontando para participação direta da presidente Dilma Rousseff na definição
das novidades que estarão presentes no Plano Nacional de Exportação – a ser
anunciado ainda este mês.
Segundo o
ministro, a definição final do programa será arbitrada por Dilma. “Não
poderemos lançar um plano nacional de exportação sem oferecer a perspectiva de
fortalecer esse instrumento e para isso temos discutido dentro do governo e
temos contado com a sensibilidade e compreensão e apoio da presidente Dilma”,
disse o ministro, em evento organizado pelo VALOR.
Conforme o
texto, Monteiro Neto “reafirmou a necessidade de reforçar além do Proex
Equalização, o Proex Financiamento e também uma maior exposição do Fundo
Garantidor de Exportações (FGE)” e destacou, mais uma vez, a necessidade de o
país ampliar parcerias comerciais com países fora do Mercosul, de maneira
independente.
As
dificuldades enfrentadas pelas montadoras de veículos seguem presentes na
pauta. VALOR informa em tom de alerta que, de 29 fábricas de veículos
instaladas no país, 15 pararam ou ainda vão parar entre junho e julho.
Texto
aponta que a General Motors, por exemplo, “não vai fabricar um carro sequer
entre esta e a próxima semana”. Também registra que a produção já havia sido
paralisada em dez fábricas de nove montadoras diferentes.
A crise na
GM também é alvo de O ESTADO DE S. PAULO, que informa, com base em números
fornecidos por sindicatos de metalúrgicos, que a montadora colocou ontem mais
6,2 mil funcionários em férias coletivas nas fábricas de São José dos Campos
(SP) e Gravataí (RS).
O ESTADO
DE S. PAULO afirma que o Congresso do PT “serviu para confirmar que o partido
vive a maior e mais grave crise em 35 anos de existência” e pontua que o
documento aprovado “esmera-se em salvar as aparências, contornando as
divergências”.
Também
sobre o assunto, O GLOBO ressalta que o evento do PT teve um “tom menor”, com
uma participação reduzida, e expõe que os “relatos de desinteresse da plateia
em discursos de líderes nacionais da legenda também ajudaram a ilustrar o
momento de baixo-astral petista”.
MERCADO
ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, informa que "o número de estagiários com 40
anos ou mais cresceu 20% neste mês em relação a outubro de 2013, quando o
último levantamento do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) foi
realizado”.
Sobre o
mesmo assunto, MERCADO ABERTO ressalta que “são 7.200 estudantes nesse perfil.
Os cinco cursos mais procurados pelos alunos ‘quarentões’ são pedagogia,
direito, serviço social, administração e educação física".
PAINEL, na
FOLHA, informa que “o impasse sobre o relatório do projeto de lei que revê as
desonerações acendeu no governo o receio de que a votação só esteja concluída
no segundo semestre e as novas alíquotas passem a valer apenas em dezembro”.
Ainda em
relação ao tema, PAINEL prossegue, afirmando que, “ainda assim, o Planalto e a
equipe econômica decidiram endurecer com o PMDB” e que “o governo prefere que o
texto passe a valer mais tarde a fazer concessões que reduzam a arrecadação”.
BENJAMIN
STEINBRUCH, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, escreve na
FOLHA DE S.PAULO: “O empresário não investe para amanhã. Pensa no longo prazo. Se
a demanda está fraca no momento, isso não quer dizer que o enorme mercado
brasileiro acabou. Está aí, como sempre esteve, e tem tudo para voltar a
crescer. É como um bolo: só precisa de fermento, que são os investimentos”.
MÔNICA
BERGAMO, na FOLHA, afirma que “a Associação Nacional de Pós-Graduandos planeja
fazer protestos na Capes, ligada ao MEC, e no Ministério da Fazenda por causa
da suspensão da concessão de bolsas do Programa de Doutorado-Sanduíche no
Exterior”.
Abordando
o eventual retorno da CPMF, JOSÉ PAULO KUPFER, no ESTADÃO, lembra da
cumulatividade do imposto.
Segundo
KUPFER, “ao incidir, automaticamente e com maior peso nas cadeias de produção
mais longas, não permite sua aplicação como ferramenta de política econômica,
para estimular ou desestimular setores econômicos”, mas que, ao contrário, “ao
taxar investimentos e exportações, afeta a competitividade e a produtividade da
economia”.
Editorial
da FOLHA DE S.PAULO relata que “uma tempestade perfeita se arma sobre os
setores mais dinâmicos da economia nacional, capturada no vórtice da
incapacidade para inovar”.
Em tom de
alerta, FOLHA afirma que, “à tradicional dependência de tecnologia estrangeira
se soma agora a forte freada na produção, que suspende ou adia muitos planos de
investimento”, reforçando que “as primeiras vítimas da recessão” são as
atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
FOLHA
adverte que “o país só gerará os melhores produtos e empregos para competir no
mercado internacional se conseguir modernizar sua indústria, o que nos dias de
hoje implica muito mais que apenas importar máquinas novas”.
Jornais
nacionais continuam atentos a movimentações que colocam em lados opostos
lideranças do PT e PMDB.
Com foco
nas reações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a críticas
petistas, reportagens relatam que parlamentar recebeu ontem, em São Paulo,
representantes de movimentos que pedem impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
FOLHA DE
S.PAULO adverte que Cunha afirmou que o encontro foi uma
"coincidência", já que estava marcado antes do embate com o PT.
O ajuste
fiscal e seus impactos nas relações do governo com a base aliada também seguem
na pauta.
O ESTADO
DE S.PAULO relata que, mesmo diante da pressão de sindicatos e parlamentares, o
ministro da Previdência, Carlos Gabas, indicou que são remotas as chances da
presidente Dilma sancionar a flexibilização do fator previdenciário.
VALOR
ECONÔMICO informa que o governo irá propor uma regra progressiva como alternativa
ao fator previdenciário, por meio de uma medida provisória ou projeto de lei,
com urgência de tramitação.
Na agenda
ligada à operação Lava Jato, jornais registram que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, oficializou ontem sua candidatura para permanecer no
cargo por mais dois anos.
Já O
ESTADO DE S.PAULO informa que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar
o ex-ministro Antonio Palocci.
No
contexto da CPI da Petrobras, O ESTADO DE S.PAULO também expõe que o deputado
Hugo Motta (PMDB-PB) disse que não vai agendar, por ora, o depoimento do
diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
O
julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ocupa
lugar de destaque no noticiário econômico.
Jornais
especulam sobre as possíveis consequências da votação, que acontece amanhã.
FOLHA DE
S.PAULO destaca que relatório do TCU aponta que “erros seguidos de projeções
econômicas, com uso de parâmetros sempre otimistas, elevaram artificialmente as
previsões de receita do orçamento federal” e deram origem às manobras usadas
pelo governo para fechar suas contas, as chamadas "pedaladas
fiscais".
FOLHA
acrescenta que, se a decisão do TCU for desfavorável, “o julgamento abrirá
caminho para a rejeição das contas de Dilma no Congresso” e “oferecerá novos
argumentos para os líderes da oposição que defendem o impeachment da
presidente”.
O ESTADO
DE S.PAULO destaca que, caso o TCU decida pela correção de todas as “pedaladas
fiscais” neste ano, o governo federal pode ser forçado a pagar uma conta de R$
24,5 bilhões que continua pendurada pelo Tesouro Nacional nos bancos públicos.
Em
reportagem relacionada, ESTADÃO reforça que, “apesar de todo o sigilo
alimentado pelo ministro relator Augusto Nardes em torno de sua decisão sobre
as contas do governo, interlocutores e outros ministros do TCU afirmam que ele
deu sinais claros de que vai dar parecer pela reprovação das contas de 2014 da
presidente Dilma Rousseff”.
Já o VALOR
ECONÔMICO afirma que a convicção no Congresso Nacional é de que as contas vão
ser aprovadas, ainda que com ressalvas.
Como ponto
de atenção, O GLOBO destaca que estudo do instituto de pesquisas Insper (Instituto
de Ensino e Pesquisa) mostra que o FAT perde R$ 1,1 bi por ano com
financiamento do BNDES para a exportação de serviços de construtoras em obras
de infraestrutura no exterior.
Jornal
acrescenta que outro levantamento, “elaborado pela Faculdade de Economia da USP
de Ribeirão Preto, mostra que, nessas operações, o FAT acaba desrespeitando a
Constituição ao obter remuneração abaixo da inflação para os recursos dos
trabalhadores”.
Outros
assuntos aparecem em segundo plano na cobertura.
O ESTADO
DE S.PAULO relata que, com os números do IPCA mais altos do que o previsto e
novos anúncios de reajustes de preços administrados pelo governo, analistas do
mercado financeiro estão revisando para cima suas projeções de inflação.
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