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terça-feira, 16 de junho de 2015

Análise de Mídia - 16 de junho de 2015

Bastante ajustada, pauta específica com foco no setor fabril explora de forma pontual nesta terça-feira (16) questões de interesse da Indústria.

Destaque do dia está em O ESTADO DE S.PAULO, que publica o caderno especial FUTURO DA INDÚSTRIA.

Resultado de uma parceria comercial do jornal paulista com a empresa Siemens, o suplemento elege como tema central a inovação.

ESTADÃO resume experiências de sucesso que impulsionam o setor. Especialistas debatem a produtividade do trabalhador e de que forma os novos processos interferem na maneira de produzir.

Alguns textos comparam a situação brasileira com a de outros países, como Alemanha e Estados Unidos.

Em uma das abordagens, jornal afirma que “o Brasil tem fontes de energia abundantes distantes dos maiores centros consumidores, o que reforça a necessidade de investimentos em sistemas de transmissão”.

“A cartilha da CNI, lançada no final de 2014, traz como mote ‘Eficiciência Energética na Indústria. Entre nessa corrente’, menciona o ESTADÃO.

Na mesma reportagem jornal afirma que, segundo o documento, a indústria é responsável por cerca de 41% do consumo de energia elétrica do país. “Exatamente por isso, a necessidade urgente da implantação de ‘programas, projetos e atividades de conservação e uso eficiente de energia pelos diversos segmentos industriais’, adverte.

Complementando o dia, registra-se como ponto de atenção em O GLOBO artigo assinado por Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Lisboa celebra a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de divulgar diversas informações sobre os empréstimos

“O exemplo do BNDES deveria ser seguido por outras instâncias, como o FAT, o FGTS, o Sistema S e os sindicatos de trabalhadores e patronais, que utilizam recursos compulsoriamente arrecadados de todos nós para beneficiar grupos específicos”, adverte Lisboa.


FOLHA DE S. PAULO
Para TCU, erro em projeções da União levou a 'pedaladas'

O ESTADO DE S. PAULO
Sem acordo, ministro indica veto a mudança na aposentadoria

O GLOBO
BNDES causa perdas de R$ 1,1 bi por ano ao FAT

VALOR ECONÔMICO
Empresários pedem debate despolitizado sobre BNDES

CORREIO BRAZILIENSE
Uma lei do barulho!

BRASIL ECONÔMICO
Crise da Petrobras arrasta operadoras de sondas estrangeiras


A exposição centrada na agenda de interesse da indústria apoia-se hoje em abordagens extremamente direcionadas e específicas.

Destacam-se artigos de opinião que retratam, sobretudo, realidades e pontos de vista relevantes no debate em torno de questões como comércio exterior e parcerias estratégicas.

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, escreve na FOLHA DE S.PAULO analisa a agenda que será objeto de discussão entre a presidente Dilma e o americano Barack Obama, no fim do mês.

“Nossos presidentes definirão uma agenda comum para o futuro, que deve incluir cooperação sobre mudanças climáticas; aprofundamento do engajamento comercial; colaboração em ciência, tecnologia e inovação; acordos de defesa e segurança e intercâmbios técnicos e educacionais”, afirma a embaixadora.

Em relação ao aspecto comercial, Liliana Ayalde reforça o aprofundamento de parcerias e defende: “Trabalhando juntos de forma mais estreita, facilitando o comércio, cooperando em regulamentações comerciais, simplificando a realização de negócios, tanto aqui como nos EUA, poderemos alcançar e crescer mais”.

No VALOR ECONÔMICO, artigo assinado pelo embaixador Regis Arslanian, sócio da GO Associados, defende uma revisão das prioridades do Brasil nas negociações de acordos comerciais.

Arslanian aponta para a necessidade de “desmistificar os culpados externos e dar às negociações comerciais a dimensão real que podem desempenhar em benefício de nossos interesses”.

“Precisamos saber usar, estrategicamente, os acordos de comércio com os principais ‘players’ da economia mundial para buscar com eles uma convergência de normas e de padrões regulatórios que nos abram oportunidades para construir parcerias produtivas que integrem o Brasil aos mercados de produção de vanguarda”, resume Arslanian.

Em outra frente do noticiário, mas ainda entre os textos autorais que expressam opiniões sobre os mais variados assuntos, destacam-se posições assumidas por especialistas que são referência no debate sobre emprego e mercado de trabalho.

Clemente Ganz, sociólogo e diretor técnico do Dieese, escreve artigo no CORREIO BRAZILIENSE no qual afirma: “Sem indústria, não há o tipo de crescimento de que precisamos para o desenvolvimento”.

Ganz defende ser urgente “estabelecer as conexões significativas entre a política macroeconômica e as fontes que articulam e dinamizam as frentes de expansão econômica”. Segundo ele, o elo deve ser feito com ações que visam aumento do emprego e melhora nos salários.

“É imperioso, por exemplo, diminuir a desigualdade de produtividade entre as grandes e as pequenas e microempresas”, completa Ganz.

O professor da FEA-USP, José Pastore, também artigo, adverte em O ESTADO DE S.PAULO que o uso da arbitragem trabalhista foi vetado pelo governo, o que, segundo ele, foi um erro.

“A arbitragem trabalhista simplifica a vida das partes e do Poder Judiciário. É um método expedito, simples, baseado na confiança dos optantes e muito menos oneroso que os processos judiciais”, resume Pastore, que completa: “O veto precisa ser revisto”.

Na FOLHA DE S.PAULO, Ricardo Patah, presidente da central sindical UGT, publica artigo contrário ao projeto de lei que amplia as terceirizações.

Segundo Patah, “o texto aprovado até agora abre espaço para a precarização do trabalho, o que assusta os trabalhadores”. O sindicalista usa como exemplo a morte de 12 trabalhadores em obras de construção de estádios da Copa, reforçando que 11 deles eram terceirizados.

Entre as reportagens de maior relevância do dia associadas a assuntos da indústria, cobertura se destaca pela forte conexão com a conjuntura exportadora e com a crise no setor automotivo.

VALOR ECONÔMICO, em breve reportagem reproduz declarações atribuídas ao ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) apontando para participação direta da presidente Dilma Rousseff na definição das novidades que estarão presentes no Plano Nacional de Exportação – a ser anunciado ainda este mês.

Segundo o ministro, a definição final do programa será arbitrada por Dilma. “Não poderemos lançar um plano nacional de exportação sem oferecer a perspectiva de fortalecer esse instrumento e para isso temos discutido dentro do governo e temos contado com a sensibilidade e compreensão e apoio da presidente Dilma”, disse o ministro, em evento organizado pelo VALOR.

Conforme o texto, Monteiro Neto “reafirmou a necessidade de reforçar além do Proex Equalização, o Proex Financiamento e também uma maior exposição do Fundo Garantidor de Exportações (FGE)” e destacou, mais uma vez, a necessidade de o país ampliar parcerias comerciais com países fora do Mercosul, de maneira independente.

As dificuldades enfrentadas pelas montadoras de veículos seguem presentes na pauta. VALOR informa em tom de alerta que, de 29 fábricas de veículos instaladas no país, 15 pararam ou ainda vão parar entre junho e julho.

Texto aponta que a General Motors, por exemplo, “não vai fabricar um carro sequer entre esta e a próxima semana”. Também registra que a produção já havia sido paralisada em dez fábricas de nove montadoras diferentes.

A crise na GM também é alvo de O ESTADO DE S. PAULO, que informa, com base em números fornecidos por sindicatos de metalúrgicos, que a montadora colocou ontem mais 6,2 mil funcionários em férias coletivas nas fábricas de São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS).



O ESTADO DE S. PAULO afirma que o Congresso do PT “serviu para confirmar que o partido vive a maior e mais grave crise em 35 anos de existência” e pontua que o documento aprovado “esmera-se em salvar as aparências, contornando as divergências”.

Também sobre o assunto, O GLOBO ressalta que o evento do PT teve um “tom menor”, com uma participação reduzida, e expõe que os “relatos de desinteresse da plateia em discursos de líderes nacionais da legenda também ajudaram a ilustrar o momento de baixo-astral petista”.


MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, informa que "o número de estagiários com 40 anos ou mais cresceu 20% neste mês em relação a outubro de 2013, quando o último levantamento do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) foi realizado”.

Sobre o mesmo assunto, MERCADO ABERTO ressalta que “são 7.200 estudantes nesse perfil. Os cinco cursos mais procurados pelos alunos ‘quarentões’ são pedagogia, direito, serviço social, administração e educação física".

PAINEL, na FOLHA, informa que “o impasse sobre o relatório do projeto de lei que revê as desonerações acendeu no governo o receio de que a votação só esteja concluída no segundo semestre e as novas alíquotas passem a valer apenas em dezembro”.

Ainda em relação ao tema, PAINEL prossegue, afirmando que, “ainda assim, o Planalto e a equipe econômica decidiram endurecer com o PMDB” e que “o governo prefere que o texto passe a valer mais tarde a fazer concessões que reduzam a arrecadação”.

BENJAMIN STEINBRUCH, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, escreve na FOLHA DE S.PAULO: “O empresário não investe para amanhã. Pensa no longo prazo. Se a demanda está fraca no momento, isso não quer dizer que o enorme mercado brasileiro acabou. Está aí, como sempre esteve, e tem tudo para voltar a crescer. É como um bolo: só precisa de fermento, que são os investimentos”.

MÔNICA BERGAMO, na FOLHA, afirma que “a Associação Nacional de Pós-Graduandos planeja fazer protestos na Capes, ligada ao MEC, e no Ministério da Fazenda por causa da suspensão da concessão de bolsas do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior”.

Abordando o eventual retorno da CPMF, JOSÉ PAULO KUPFER, no ESTADÃO, lembra da cumulatividade do imposto.

Segundo KUPFER, “ao incidir, automaticamente e com maior peso nas cadeias de produção mais longas, não permite sua aplicação como ferramenta de política econômica, para estimular ou desestimular setores econômicos”, mas que, ao contrário, “ao taxar investimentos e exportações, afeta a competitividade e a produtividade da economia”.



Editorial da FOLHA DE S.PAULO relata que “uma tempestade perfeita se arma sobre os setores mais dinâmicos da economia nacional, capturada no vórtice da incapacidade para inovar”.

Em tom de alerta, FOLHA afirma que, “à tradicional dependência de tecnologia estrangeira se soma agora a forte freada na produção, que suspende ou adia muitos planos de investimento”, reforçando que “as primeiras vítimas da recessão” são as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

FOLHA adverte que “o país só gerará os melhores produtos e empregos para competir no mercado internacional se conseguir modernizar sua indústria, o que nos dias de hoje implica muito mais que apenas importar máquinas novas”.



Jornais nacionais continuam atentos a movimentações que colocam em lados opostos lideranças do PT e PMDB.

Com foco nas reações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a críticas petistas, reportagens relatam que parlamentar recebeu ontem, em São Paulo, representantes de movimentos que pedem impeachment da presidente Dilma Rousseff.

FOLHA DE S.PAULO adverte que Cunha afirmou que o encontro foi uma "coincidência", já que estava marcado antes do embate com o PT.

O ajuste fiscal e seus impactos nas relações do governo com a base aliada também seguem na pauta.

O ESTADO DE S.PAULO relata que, mesmo diante da pressão de sindicatos e parlamentares, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, indicou que são remotas as chances da presidente Dilma sancionar a flexibilização do fator previdenciário.

VALOR ECONÔMICO informa que o governo irá propor uma regra progressiva como alternativa ao fator previdenciário, por meio de uma medida provisória ou projeto de lei, com urgência de tramitação.

Na agenda ligada à operação Lava Jato, jornais registram que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oficializou ontem sua candidatura para permanecer no cargo por mais dois anos.

Já O ESTADO DE S.PAULO informa que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o ex-ministro Antonio Palocci.

No contexto da CPI da Petrobras, O ESTADO DE S.PAULO também expõe que o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) disse que não vai agendar, por ora, o depoimento do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.



O julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ocupa lugar de destaque no noticiário econômico.

Jornais especulam sobre as possíveis consequências da votação, que acontece amanhã.

FOLHA DE S.PAULO destaca que relatório do TCU aponta que “erros seguidos de projeções econômicas, com uso de parâmetros sempre otimistas, elevaram artificialmente as previsões de receita do orçamento federal” e deram origem às manobras usadas pelo governo para fechar suas contas, as chamadas "pedaladas fiscais".

FOLHA acrescenta que, se a decisão do TCU for desfavorável, “o julgamento abrirá caminho para a rejeição das contas de Dilma no Congresso” e “oferecerá novos argumentos para os líderes da oposição que defendem o impeachment da presidente”.

O ESTADO DE S.PAULO destaca que, caso o TCU decida pela correção de todas as “pedaladas fiscais” neste ano, o governo federal pode ser forçado a pagar uma conta de R$ 24,5 bilhões que continua pendurada pelo Tesouro Nacional nos bancos públicos.

Em reportagem relacionada, ESTADÃO reforça que, “apesar de todo o sigilo alimentado pelo ministro relator Augusto Nardes em torno de sua decisão sobre as contas do governo, interlocutores e outros ministros do TCU afirmam que ele deu sinais claros de que vai dar parecer pela reprovação das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff”.

Já o VALOR ECONÔMICO afirma que a convicção no Congresso Nacional é de que as contas vão ser aprovadas, ainda que com ressalvas.

Como ponto de atenção, O GLOBO destaca que estudo do instituto de pesquisas Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) mostra que o FAT perde R$ 1,1 bi por ano com financiamento do BNDES para a exportação de serviços de construtoras em obras de infraestrutura no exterior.

Jornal acrescenta que outro levantamento, “elaborado pela Faculdade de Economia da USP de Ribeirão Preto, mostra que, nessas operações, o FAT acaba desrespeitando a Constituição ao obter remuneração abaixo da inflação para os recursos dos trabalhadores”.

Outros assuntos aparecem em segundo plano na cobertura.

O ESTADO DE S.PAULO relata que, com os números do IPCA mais altos do que o previsto e novos anúncios de reajustes de preços administrados pelo governo, analistas do mercado financeiro estão revisando para cima suas projeções de inflação.

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