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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Análise de Mídia, quinta-feira 04 de fevereiro de 201

Noticiário geral passa por ajustes nesta quinta-feira (04) devido ao avanço da cobertura centrada no governo e na retomada dos trabalhos do Congresso.

Os temas específicos que mencionam a Indústria se reposicionam a partir de perspectivas abrangentes.

Destaque do dia está na FOLHA DE S. PAULO, que repercute a aprovação no Senado do projeto de lei que prevê aumento da licença-paternidade de cinco para 20 dias para empregados de empresas que aceitem o programa.

O texto seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff, completa a reportagem, que explica os detalhes da proposta.

“Consultada pela FOLHA no fim do ano passado sobre o tema, a Indústria afirmou ser necessário ‘avaliar o impacto da perda da produtividade nas empresas devido ao afastamento de profissionais qualificados, uma das grandes dificuldades atuais do país’".

Já em O ESTADO DE S. PAULO, breve registro afirma que “o presidente do comitê de investimento do FI-FGTS, Carlos Eduardo Abijaodi, diz que o desembolso de R$ 22 bilhões do fundo para infraestrutura vai depender do sucesso dos leilões que o governo tenta destravar em 2016”.

Jornal contextualiza o tema com informações que relatam ajustes por parte do governo na política habitacional prevista para 2016 (leia mais em ECONOMIA, abaixo).

Um dos focos também é o investimento em infraestrutura – O ESTADO DE S. PAULO lembra que, “ao anunciar pacote de crédito de R$ 83 bilhões na semana passada, o governo incluiu os recursos que estavam parados no fundo de investimento”.

De acordo com o jornal paulista, para “inflar” o número final do pacote, o governo colocou os R$ 22 bilhões que já tinham sido autorizados pelo conselho curador do FGTS para serem usados pelo fundo de investimento.

“A esperança de Abijaodi, da (CNI), é que o resultado das licitações seja positivo a ponto de reverter a desconfiança dos empresários para investimentos de longo prazo”, resume O ESTADO DE S. PAULO.



FOLHA DE S. PAULO : Surto de zika e dengue gera corrida para atrair médicos

O ESTADO DE S. PAULO : Dilma reduz meta do Minha Casa em 1 milhão de moradias

O GLOBO : Taxa extra na conta de luz será menor

VALOR ECONÔMICO : Samarco pretende voltar a operar ainda neste ano



Cobertura de interesse mantém praticamente inalteradas as prioridades estabelecidas desde o início da semana.

Os espaços seguem restritos e os jornais demonstram baixo interesse em expandir determinadas discussões. A agenda setorial é o item que mais se destaca.

MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S. PAULO, registra que a produção da indústria eletroeletrônica caiu 21% em 2015 e adverte que este é o pior desempenho desde 2002.

Conforme o texto, houve uma queda total de 30%, “puxada pela retração na área de informática, que recuou 42,6% no acumulado do ano”.

"O reajuste das tarifas de energia ajudou a retomada das compras de elétricos, mas a expectativa para 2016 segue ruim", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee, de acordo com o que reproduz MERCADO ABERTO.

Em O GLOBO, a crise na indústria automobilística continua em evidência. Reportagem ressalta que 2016 começou ruim, “com queda nas vendas, suspensão de contratos de trabalho (lay-offs) e demissões”.

De acordo com o jornal carioca, dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que as vendas do segmento de automóveis e comerciais leves recuaram 32,15% em janeiro em relação ao mês anterior.

O GLOBO adverte que, em relação ao emprego, “as notícias não são boas” e detalha de que forma algumas das principais montadoras do país se organizam para modular produção e turnos de trabalho.



O ESTADO DE S. PAULO avalia como “desespero” a presença da presidente Dilma Rousseff na abertura do Ano Legislativo no Congresso.

“Predominou no discurso vazio a irremediável incompetência que mantém a criatura de Lula longe de ideias novas capazes de tirar a política e a economia do impasse. De fazer, enfim, aquilo para o que foi eleita: governar o País”, resume o editorial.

Já O GLOBO afirma que a ida da presidente Dilma a abertura dos trabalhos do Congresso foi um “ato de sensatez”. No entanto, jornal analisa que a presidente “terá de ser flexível e recuar diante da equivocada ideia de recriação da CPMF e tratar a sério o problema do Orçamento”.

FOLHA DE S. PAULO opina sobre as suspeitas de corrupção envolvendo a venda de comidas para as escolas de São Paulo.

“As apurações ainda são incipientes, mas não será surpresa se elas revelarem um esquema de desvios para abastecer campanhas eleitorais — e o governador Geraldo Alckmin, que pretende disputar a Presidência em 2018, precisará lidar com um escândalo de corrupção em seu próprio quintal”, adverte o texto da FOLHA.



PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO, informa que a força-tarefa da Lava Jato recebeu uma nova leva de documentos do Banco Central na semana passada. Eles detalham a movimentação de recursos, no exterior, em contas supostamente ligadas a Eduardo Cunha e sua mulher, Cláudia Cruz”.

“Integrantes da Procuradoria-Geral da República avaliam que os dados ajudarão a “arredondar” o caso contra o presidente da Câmara e a eventualmente demonstrar o manejo de milhões de dólares em contas lá fora”, segue PAINEL.

Sobre o assunto, PAINEL completa que “a colaboração começou em dezembro, quando o BC abriu apuração interna. A instituição já deu prazo para a defesa do parlamentar. BC e PGR não comentaram”.

Vinicius Torres Freire escreve na FOLHA DE S. PAULO sobre as perspectivas que se apresentam, até o momento, e afirma que "bancos, construção civil e indústria a princípio dão o ano quase tão perdido quanto 2015. O governo não apresentou planos e meios de contenção da baixa econômica".

Celso Ming afirma em O ESTADO DE S. PAULO que "é muito baixa a probabilidade de que os principais problemas da economia sejam superados neste ano".

"Também não há ninguém no governo apostando em crescimento econômico. A produção industrial seguirá em queda livre (...) O desemprego, que fechou o ano em 6,9% da força de trabalho, caminha rapidamente para os 10%. Este é um movimento inexorável, único jeito que têm a indústria e o setor de serviços de evitar a escalada de custos e o baixo dinamismo da demanda", resume Ming, que publica um gráfico sobre a evolução do ICEI, divulgado pela CNI.

PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO: "Apesar dos revezes, o PSDB da Câmara quer retomar a campanha para destituir a presidente Dilma. Um de seus deputados relata que a bancada aposta suas fichas no protesto de 13 de março. A avaliação é que, sem uma manifestação de peso, a bandeira perderá sustentação. A luta para reduzir o mandato do presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, virou uma fonte de inspiração".

Também em PANORAMA POLÍTICO: "Mesmo em lados opostos, dirigentes da CUT e da Força Sindical se reúnem hoje. As entidades, que disputam a representação dos trabalhadores, vão debater a realização, em todo o país, de um dia de paralisação contra a reforma da Previdência".



O ex-presidente Lula volta a influenciar grande parte do noticiário do dia. Jornais retomam a cobertura com foco nas investigações sobre a propriedade de imóveis que supostamente pertenceriam ao petista.

FOLHA DE S. PAULO relata que, segundo testemunhas ouvidas pelo jornal e depoimentos do Ministério Público de São Paulo, uma espécie de consórcio informal de empresas dirigidas por amigos do ex-presidente Lula bancou obras no sítio em Atibaia (SP).

De acordo com os relatos, pelo menos três empresas teriam participado das reformas no imóvel: o pecuarista José Carlos Bumlai, dono da Usina São Fernando, além de Odebrecht e OAS. Todas investigadas na Lava Jato.

FOLHA registra que Instituto Lula não comentou os relatos sobre as empresas que atuaram na obra. A OAS e o advogado de José Carlos Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, também não se pronunciaram sobre o assunto. Já a Odebrecht informou por meio de nota que “não realizou qualquer obra no referido imóvel”.

O GLOBO repercute o assunto e reforça que a compra de cozinhas planejadas liga o tríplex no Guarujá ao sítio de Atibaia.

Jornal adverte que, segundo reportagem do JORNAL NACIONAL, as duas compras, feitas na mesma loja, em São Paulo, foram pagas pela construtora OAS. O Instituto Lula não respondeu aos questionamentos sobre o assunto.

A movimentação em torno da defesa do ex-presidente Lula também é registrada no noticiário.

FOLHA DE S. PAULO relata que o ex-ministro Gilberto Carvalho disse considerar a “coisa mais normal do mundo” se a empreiteira Odebrecht tiver bancado a reforma de um sítio frequentado pelo ex-presidente.

Para Carvalho, o sítio não pertence formalmente a Lula e não existe relação de causa e efeito entre a reforma e algum benefício público dado à empreiteira.

O ESTADO DE S. PAULO informa que o PT, com o aval do Palácio do Planalto, tenta blindar o ex-presidente Lula da pressão da oposição no Congresso e evitar que as investigações sobre o petista afetem o governo da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o jornal, a estratégia de defesa passa pela coleta de assinaturas para criação de duas CPIs na Câmara que têm governos tucanos como alvo, bem como a distribuição para deputados de uma cartilha editada em três línguas com a defesa do partido e do ex-presidente.

Ainda no contexto da operação Lava Jato, parte da mídia repercute o depoimento do empresário e lobista Fernando de Moura ao juiz Sérgio Moro.

Textos relatam que o lobista voltou a afirmar que o ex-ministro José Dirceu foi o responsável pela indicação de Renato Duque para a Petrobras.

Jornais destacam também que Fernando de Moura afirmou que Furnas era controlada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e que o havia esquema de propina semelhante ao da Petrobras.

Em nota, a assessoria do PSDB definiu como “requentada e absurda” a citação a Aécio e uma “velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista”.

Mídia repercute também que a presidente Dilma Rousseff foi novamente alvo de panelaços ontem ao fazer pronunciamento na TV sobre o Aedes aegypti, propagador do vírus zika, da dengue e chikungunya.

FOLHA DE S. PAULO afirma que, mesmo em quantidade menor que das últimas vezes, foram registradas manifestações em São Paulo, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Ribeirão Preto (SP).



Abordagens com foco na agenda do Congresso Nacional reforçam o noticiário econômico, embora o dia seja marcado pela diversidade.

O ESTADO DE S. PAULO registra que deputados aprovaram a Medida Provisória 692, que eleva as alíquotas da tributação sobre ganhos de capital obtido por pessoas físicas na venda de imóveis e móveis com alíquotas mais baixas que a proposta original enviada pela equipe econômica do governo.

“Segundo o líder do governo na Casa, José Guimarães (PTCE),com a mudança, o governo deve arrecadar metade do R$ 1,8 bilhão que previa inicialmente para este ano com a medida”, relata o jornal.

FOLHA DE S.PAULO informa que o Senado aprovou projeto de lei que prevê aumento da licença paternidade de 5 para 20 dias para empregados de empresas que aceitem o programa. O texto vai agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Também chama a atenção na pauta nacional a notícia de que o governo anunciou o desligamento de mais usinas térmicas a partir de 1º de março o que vai resultar em redução na tarifa de energia.

A decisão permitirá que, a partir do próximo mês, seja adotada a bandeira tarifária amarela substituindo a vermelha. A expectativa é de uma queda de 7% na conta de luz. Assunto é manchete de O GLOBO.

Parte da mídia registra a visita da agência de classificação de risco Moody’s. A missão faz parte da rodada de avaliação das contas brasileiras.

FOLHA DE S. PAULO relata que “assessores” da presidente Dilma avaliam que dificilmente a agência deixará de retirar do Brasil o selo de bom pagador até o próximo mês.

“Confirmada a previsão do próprio governo brasileiro, será a terceira das três mais importantes agências a retirar o grau de investimento do país. Antes dela, a Standard & Poor’s e a Fitch já haviam tomado essa decisão”, lembra o jornal.

O movimento do mercado financeiro é outro item que aparece de forma relevante nos jornais.

Reportagens registram que o dólar à vista fechou ontem em baixa de 1,92%, aos R$ 3,9158, na menor cotação do ano.

Textos apontam que a queda foi influenciada pelos dados fracos da economia dos Estados Unidos e a alta dos preços do petróleo. Já o Ibovespa subiu 2,57% puxado pela recuperação das ações do setor financeiro.

Complementando a cobertura, destaque para manchete de O ESTADO DE S. PAULO que destaca que a presidente Dilma Rousseff reconheceu oficialmente, pela primeira vez, que não cumprirá a meta de campanha à reeleição de construir 3 milhões de moradias na terceira etapa do Minha Casa Minha Vida até o fim de seu mandato.

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