Noticiário geral passa por
ajustes nesta quinta-feira (04) devido ao avanço da cobertura centrada no
governo e na retomada dos trabalhos do Congresso.
Os temas específicos que
mencionam a Indústria se reposicionam a partir de perspectivas abrangentes.
Destaque do dia está na FOLHA
DE S. PAULO, que repercute a aprovação no Senado do projeto de lei que prevê
aumento da licença-paternidade de cinco para 20 dias para empregados de
empresas que aceitem o programa.
O texto seguirá para sanção da
presidente Dilma Rousseff, completa a reportagem, que explica os detalhes da
proposta.
“Consultada pela FOLHA no fim
do ano passado sobre o tema, a Indústria afirmou ser necessário ‘avaliar o
impacto da perda da produtividade nas empresas devido ao afastamento de profissionais
qualificados, uma das grandes dificuldades atuais do país’".
Já em O ESTADO DE S. PAULO,
breve registro afirma que “o presidente do comitê de investimento do FI-FGTS,
Carlos Eduardo Abijaodi, diz que o desembolso de R$ 22 bilhões do fundo para
infraestrutura vai depender do sucesso dos leilões que o governo tenta
destravar em 2016”.
Jornal contextualiza o tema
com informações que relatam ajustes por parte do governo na política
habitacional prevista para 2016 (leia mais em ECONOMIA, abaixo).
Um dos focos também é o
investimento em infraestrutura – O ESTADO DE S. PAULO lembra que, “ao anunciar
pacote de crédito de R$ 83 bilhões na semana passada, o governo incluiu os
recursos que estavam parados no fundo de investimento”.
De acordo com o jornal
paulista, para “inflar” o número final do pacote, o governo colocou os R$ 22
bilhões que já tinham sido autorizados pelo conselho curador do FGTS para serem
usados pelo fundo de investimento.
“A esperança de Abijaodi, da
(CNI), é que o resultado das licitações seja positivo a ponto de reverter a
desconfiança dos empresários para investimentos de longo prazo”, resume O
ESTADO DE S. PAULO.
FOLHA DE S. PAULO : Surto de
zika e dengue gera corrida para atrair médicos
O ESTADO DE S. PAULO : Dilma
reduz meta do Minha Casa em 1 milhão de moradias
O GLOBO : Taxa extra na conta
de luz será menor
VALOR ECONÔMICO : Samarco
pretende voltar a operar ainda neste ano
Cobertura de interesse mantém
praticamente inalteradas as prioridades estabelecidas desde o início da semana.
Os espaços seguem restritos e
os jornais demonstram baixo interesse em expandir determinadas discussões. A
agenda setorial é o item que mais se destaca.
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.
PAULO, registra que a produção da indústria eletroeletrônica caiu 21% em 2015 e
adverte que este é o pior desempenho desde 2002.
Conforme o texto, houve uma
queda total de 30%, “puxada pela retração na área de informática, que recuou
42,6% no acumulado do ano”.
"O reajuste das tarifas
de energia ajudou a retomada das compras de elétricos, mas a expectativa para
2016 segue ruim", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee, de acordo
com o que reproduz MERCADO ABERTO.
Em O GLOBO, a crise na
indústria automobilística continua em evidência. Reportagem ressalta que 2016
começou ruim, “com queda nas vendas, suspensão de contratos de trabalho
(lay-offs) e demissões”.
De acordo com o jornal
carioca, dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave) mostram que as vendas do segmento de automóveis e comerciais leves
recuaram 32,15% em janeiro em relação ao mês anterior.
O GLOBO adverte que, em
relação ao emprego, “as notícias não são boas” e detalha de que forma algumas
das principais montadoras do país se organizam para modular produção e turnos
de trabalho.
O ESTADO DE S. PAULO avalia
como “desespero” a presença da presidente Dilma Rousseff na abertura do Ano
Legislativo no Congresso.
“Predominou no discurso vazio
a irremediável incompetência que mantém a criatura de Lula longe de ideias
novas capazes de tirar a política e a economia do impasse. De fazer, enfim,
aquilo para o que foi eleita: governar o País”, resume o editorial.
Já O GLOBO afirma que a ida da
presidente Dilma a abertura dos trabalhos do Congresso foi um “ato de
sensatez”. No entanto, jornal analisa que a presidente “terá de ser flexível e
recuar diante da equivocada ideia de recriação da CPMF e tratar a sério o problema
do Orçamento”.
FOLHA DE S. PAULO opina sobre
as suspeitas de corrupção envolvendo a venda de comidas para as escolas de São
Paulo.
“As apurações ainda são
incipientes, mas não será surpresa se elas revelarem um esquema de desvios para
abastecer campanhas eleitorais — e o governador Geraldo Alckmin, que pretende
disputar a Presidência em 2018, precisará lidar com um escândalo de corrupção
em seu próprio quintal”, adverte o texto da FOLHA.
PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO,
informa que a força-tarefa da Lava Jato recebeu uma nova leva de documentos do
Banco Central na semana passada. Eles detalham a movimentação de recursos, no
exterior, em contas supostamente ligadas a Eduardo Cunha e sua mulher, Cláudia
Cruz”.
“Integrantes da
Procuradoria-Geral da República avaliam que os dados ajudarão a “arredondar” o
caso contra o presidente da Câmara e a eventualmente demonstrar o manejo de
milhões de dólares em contas lá fora”, segue PAINEL.
Sobre o assunto, PAINEL
completa que “a colaboração começou em dezembro, quando o BC abriu apuração
interna. A instituição já deu prazo para a defesa do parlamentar. BC e PGR não
comentaram”.
Vinicius Torres Freire escreve
na FOLHA DE S. PAULO sobre as perspectivas que se apresentam, até o momento, e
afirma que "bancos, construção civil e indústria a princípio dão o ano
quase tão perdido quanto 2015. O governo não apresentou planos e meios de
contenção da baixa econômica".
Celso Ming afirma em O ESTADO
DE S. PAULO que "é muito baixa a probabilidade de que os principais
problemas da economia sejam superados neste ano".
"Também não há ninguém no
governo apostando em crescimento econômico. A produção industrial seguirá em
queda livre (...) O desemprego, que fechou o ano em 6,9% da força de trabalho,
caminha rapidamente para os 10%. Este é um movimento inexorável, único jeito
que têm a indústria e o setor de serviços de evitar a escalada de custos e o
baixo dinamismo da demanda", resume Ming, que publica um gráfico sobre a
evolução do ICEI, divulgado pela CNI.
PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO:
"Apesar dos revezes, o PSDB da Câmara quer retomar a campanha para
destituir a presidente Dilma. Um de seus deputados relata que a bancada aposta
suas fichas no protesto de 13 de março. A avaliação é que, sem uma manifestação
de peso, a bandeira perderá sustentação. A luta para reduzir o mandato do
presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, virou uma fonte de inspiração".
Também em PANORAMA POLÍTICO:
"Mesmo em lados opostos, dirigentes da CUT e da Força Sindical se reúnem
hoje. As entidades, que disputam a representação dos trabalhadores, vão debater
a realização, em todo o país, de um dia de paralisação contra a reforma da
Previdência".
O ex-presidente Lula volta a
influenciar grande parte do noticiário do dia. Jornais retomam a cobertura com
foco nas investigações sobre a propriedade de imóveis que supostamente
pertenceriam ao petista.
FOLHA DE S. PAULO relata que,
segundo testemunhas ouvidas pelo jornal e depoimentos do Ministério Público de
São Paulo, uma espécie de consórcio informal de empresas dirigidas por amigos
do ex-presidente Lula bancou obras no sítio em Atibaia (SP).
De acordo com os relatos, pelo
menos três empresas teriam participado das reformas no imóvel: o pecuarista
José Carlos Bumlai, dono da Usina São Fernando, além de Odebrecht e OAS. Todas
investigadas na Lava Jato.
FOLHA registra que Instituto
Lula não comentou os relatos sobre as empresas que atuaram na obra. A OAS e o
advogado de José Carlos Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, também não se
pronunciaram sobre o assunto. Já a Odebrecht informou por meio de nota que “não
realizou qualquer obra no referido imóvel”.
O GLOBO repercute o assunto e
reforça que a compra de cozinhas planejadas liga o tríplex no Guarujá ao sítio
de Atibaia.
Jornal adverte que, segundo
reportagem do JORNAL NACIONAL, as duas compras, feitas na mesma loja, em São
Paulo, foram pagas pela construtora OAS. O Instituto Lula não respondeu aos
questionamentos sobre o assunto.
A movimentação em torno da
defesa do ex-presidente Lula também é registrada no noticiário.
FOLHA DE S. PAULO relata que o
ex-ministro Gilberto Carvalho disse considerar a “coisa mais normal do mundo”
se a empreiteira Odebrecht tiver bancado a reforma de um sítio frequentado pelo
ex-presidente.
Para Carvalho, o sítio não
pertence formalmente a Lula e não existe relação de causa e efeito entre a
reforma e algum benefício público dado à empreiteira.
O ESTADO DE S. PAULO informa
que o PT, com o aval do Palácio do Planalto, tenta blindar o ex-presidente Lula
da pressão da oposição no Congresso e evitar que as investigações sobre o
petista afetem o governo da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o jornal, a
estratégia de defesa passa pela coleta de assinaturas para criação de duas CPIs
na Câmara que têm governos tucanos como alvo, bem como a distribuição para
deputados de uma cartilha editada em três línguas com a defesa do partido e do
ex-presidente.
Ainda no contexto da operação
Lava Jato, parte da mídia repercute o depoimento do empresário e lobista
Fernando de Moura ao juiz Sérgio Moro.
Textos relatam que o lobista
voltou a afirmar que o ex-ministro José Dirceu foi o responsável pela indicação
de Renato Duque para a Petrobras.
Jornais destacam também que
Fernando de Moura afirmou que Furnas era controlada pelo senador Aécio Neves
(PSDB-MG) e que o havia esquema de propina semelhante ao da Petrobras.
Em nota, a assessoria do PSDB
definiu como “requentada e absurda” a citação a Aécio e uma “velha tentativa de
vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista”.
Mídia repercute também que a
presidente Dilma Rousseff foi novamente alvo de panelaços ontem ao fazer
pronunciamento na TV sobre o Aedes aegypti, propagador do vírus zika, da dengue
e chikungunya.
FOLHA DE S. PAULO afirma que,
mesmo em quantidade menor que das últimas vezes, foram registradas manifestações
em São Paulo, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e
Ribeirão Preto (SP).
Abordagens com foco na agenda
do Congresso Nacional reforçam o noticiário econômico, embora o dia seja
marcado pela diversidade.
O ESTADO DE S. PAULO registra
que deputados aprovaram a Medida Provisória 692, que eleva as alíquotas da
tributação sobre ganhos de capital obtido por pessoas físicas na venda de
imóveis e móveis com alíquotas mais baixas que a proposta original enviada pela
equipe econômica do governo.
“Segundo o líder do governo na
Casa, José Guimarães (PTCE),com a mudança, o governo deve arrecadar metade do
R$ 1,8 bilhão que previa inicialmente para este ano com a medida”, relata o
jornal.
FOLHA DE S.PAULO informa que o
Senado aprovou projeto de lei que prevê aumento da licença paternidade de 5
para 20 dias para empregados de empresas que aceitem o programa. O texto vai
agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.
Também chama a atenção na
pauta nacional a notícia de que o governo anunciou o desligamento de mais
usinas térmicas a partir de 1º de março o que vai resultar em redução na tarifa
de energia.
A decisão permitirá que, a
partir do próximo mês, seja adotada a bandeira tarifária amarela substituindo a
vermelha. A expectativa é de uma queda de 7% na conta de luz. Assunto é
manchete de O GLOBO.
Parte da mídia registra a
visita da agência de classificação de risco Moody’s. A missão faz parte da
rodada de avaliação das contas brasileiras.
FOLHA DE S. PAULO relata que
“assessores” da presidente Dilma avaliam que dificilmente a agência deixará de
retirar do Brasil o selo de bom pagador até o próximo mês.
“Confirmada a previsão do
próprio governo brasileiro, será a terceira das três mais importantes agências a
retirar o grau de investimento do país. Antes dela, a Standard & Poor’s e a
Fitch já haviam tomado essa decisão”, lembra o jornal.
O movimento do mercado
financeiro é outro item que aparece de forma relevante nos jornais.
Reportagens registram que o dólar
à vista fechou ontem em baixa de 1,92%, aos R$ 3,9158, na menor cotação do ano.
Textos apontam que a queda foi
influenciada pelos dados fracos da economia dos Estados Unidos e a alta dos
preços do petróleo. Já o Ibovespa subiu 2,57% puxado pela recuperação das ações
do setor financeiro.
Complementando a cobertura,
destaque para manchete de O ESTADO DE S. PAULO que destaca que a presidente
Dilma Rousseff reconheceu oficialmente, pela primeira vez, que não cumprirá a
meta de campanha à reeleição de construir 3 milhões de moradias na terceira
etapa do Minha Casa Minha Vida até o fim de seu mandato.
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