Destaques

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Análise de Mídia, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Menções diretas a Indústria são registradas, nesta quinta-feira (11). Dados da CNI estão em evidência.

Principal destaque do dia está no VALOR ECONÔMICO. Reportagem informa que a falta de acordos do governo brasileiro com outros países para evitar a dupla cobrança de tributos já prejudicou quase dois terços das grandes multinacionais brasileiras.

Detalhando estudo inédito da CNI, texto adverte que “64% das 25 maiores empresas com operações no exterior se viram afetadas, em algum momento, pela inexistência de rede mais ampla de acordos de bitributação ou por problemas na aplicação dos tratados existentes”.

Veículo especializado reproduz declarações atribuídas ao diretor da CNI, Carlos Abijaodi, que defende a aceleração de novos tratados: “Não é algo para se resolver em 2016, mas o estudo serve como inteligência para ser usada nas discussões, que podem render frutos daqui três ou quatro anos”.

VALOR menciona que, segundo a CNI, o Brasil tem hoje US$ 316 bilhões como estoque de investimento no exterior. Ao jornal, Abijaodi fala sobre a prática de estabelecer uma subsidiária no exterior: “Hoje se entende claramente que há um ganho de inovação, tecnologia e produtividade”.

Já em O ESTADO DE S. PAULO, José Roberto Toledo, com dados da pesquisa mensal CNI/Ibope, afirma que a confiança do consumidor cresceu em janeiro e chegou ao maior patamar em cinco meses. Comenta que essa é “uma boa notícia para Dilma Rousseff”, mas lembra que em 2014 esse cenário de recuperação não se sustentou”.

Para Toledo, o crescimento do Inec (índice Nacional de Expectativa do Consumidor) em janeiro “foi um sinal positivo que vai na contramão de quase todos os outros indicadores econômicos”. Mas recomenda que é preciso esperar pelos dados de fevereiro e março. “Se eles mantiverem a tendência, o governo pode sonhar com a remota possibilidade de Dilma começar a escalar o poço em que se meteu.”

Na pauta regional, reportagem em GAZETA DO POVO (PR) trata do cenário econômico e contrapõe dados negativos de diversos setores à melhora geral nos índices de confiança.

Abordagem cita que “o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), calculado pela CNI, subiu 2%, de 36 para 36,5 pontos, acima da mínima histórica registrada em outubro”.

Jornal, contudo, analisa que a melhora da confiança “ainda não é suficiente para mudar o cenário para o ano, mas é um fator que pode indicar como a recessão vai se comportar”. Texto publica posicionamento feito pelo economista da CNI, Marcelo Azevedo.

Para Azevedo, descreve a reportagem, “a recuperação mais forte da confiança vai depender de alguma melhora na economia real, o que ainda não ocorre”, e nem o pacote de crédito anunciado pelo governo deve influenciar positivamente.

“O investimento não deve ter efeito sobre o crescimento porque o problema não é falta de crédito, mas falta de disposição para investir", explica o economista da CNI.



FOLHA DE S. PAULO : Juiz Moro considera válida prova suíça contra a Odebrecht

O ESTADO DE S. PAULO : Moro aceita provas da Suíça; ação contra Odebrecht segue

O GLOBO : Ex-presidente da Andrade Gutierrez volta a ser preso

VALOR ECONÔMICO : Governo quer idade mínima na aposentadoria em 2026




Na agenda setorial de hoje, merece atenção reportagem da FOLHA DE S. PAULO que destaca, em tom de alerta: “pesos-pesados da indústria não veem luz no fim do túnel”. No texto, jornal ouviu representantes empresariais de quatro setores de peso da indústria - construção civil, indústria automotiva e de máquinas e equipamentos.

Abordagem pontua que a “deterioração fiscal, incertezas políticas, queda na confiança do investidor, queda na confiança do consumidor, queda na produção, inflação” são alguns dos motivos que afetam o setor industrial brasileiro.

FOLHA traz depoimento do presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, do presidente-executivo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), José Velloso, do presidente da Anfavea, Luiz Moan, e do presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Jorge Camargo.

Como outro destaque do dia, O ESTADO DE S. PAULO sinaliza que “cinco de seis indicadores que medem a confiança e as expectativas em diferentes setores da economia voltaram a crescer em janeiro em relação ao final do ano passado”, mas analisa que ainda é “cedo para falar em recuperação” uma vez que o cenário econômico ainda é ruim.

“Mas o fato de a confiança interromper a trajetória de queda em vários setores e voltar a crescer pode ser uma primeira pista de que o pior da crise pode ter ficado para trás, especialmente no caso da indústria”, analisa a reportagem, lembrando que em janeiro o Índice de confiança dos empresários da indústria, apurado pela FGV “atingiu 78 pontos e avançou 2,6% em relação a dezembro”.

Abordando o cenário do segmento automotivo, O ESTADO DE S. PAULO publica que a produção de veículos da Nissan no Brasil caiu 38,2% no quarto trimestre do último ano em comparação com o terceiro trimestre, informou ontem a montadora japonesa, em seu balanço global

“Foram 8.382 unidades produzidas nos átimos três meses de 2015, contra 13.562 no período anterior. Em relação ao último trimestre de 2014, também houve queda, de 0,9%”, detalha o ESTADÃO, acrescentando que a “queda da montadora no país é mais acentuada do que na indústria automotiva brasileira como um todo, que registrou baixa de 15% no quarto trimestre do ano passado sobre o terceiro trimestre”.

Em editorial econômico, O ESTADO DE S. PAULO aponta que as “montadoras e revendedoras de veículos já esperavam, no fim de 2015, novas quedas nas vendas deste ano, mas não superiores a 10%” – e cita que o emplacamento de janeiro, segundo a Fenabrave, mostra um cenário pior que o previsto, com recuo das vendas de 30% em relação a janeiro de 2015.

Raul Velloso, em texto publicado no ESTADÃO, escreve que “foi a inevitável apreciação cambial que abriu as portas para um círculo virtuoso se implantar no país, embora nada disso se fizesse sem custo”, e pontua que o setor industrial teve de abrir as portas às importações. “Daí a maior redução de seu peso no PIB, que já vinha ocorrendo há muito tempo.”

O consultor critica que, nesse cenário, “o governo resolveu compensar a indústria por suas mazelas intervindo diretamente no processo econômico”, estabelecendo “políticas de proteção direta no velho estilo dos anos 50 (como a exigência de conteúdo local mínimo)”.

Velloso lista que o governo “pôs o BNDES para financiar pesadamente e com altos subsídios esse segmento; desonerou tributos incidentes sobre o setor; estabeleceu um modelo equivocado para explorar o petróleo do pré-sal; forçou o preço da energia elétrica e dos combustíveis para baixo para reduzir custos industriais; impôs tarifas públicas abaixo do custo na infraestrutura em geral, etc”.

“Além de criar confusão nos mercados, e sem que a indústria e os investimentos privados dessem sinais de reação, o governo criou um enorme rombo fiscal, que só agora se vê com maior clareza. Sem delongas, o Brasil perdeu a classificação de grau de investimento no exterior, subiram as taxas de risco e, na esteira de tudo isso, o câmbio explodiu pelo caminho errado. Ao final, a inflação disparou e a economia desabou”, pondera.

No VALOR ECONÔMICO, reportagem informa que a Galp - Sócia da Petrobras nos campos de Lula e Iracema - deve entrar com uma ação individual contra a decisão do governo estadual do Rio de Janeiro de aumentar a tributação sobre a produção de petróleo.

Apesar de contestar o aumento de impostos no Rio, o presidente da companhia portuguesa, Carlos Gomes da Silva, afirma ao VALOR, que “vê como positivo o pacote de estímulos à indústria petrolífera anunciado recentemente pelo governo federal”.

Novamente em O ESTADO DE S. PAULO, vale registrar entrevista com Antônio Bernardo, presidente da Roland Berger para o Brasil. Executivo declara que os investidores virão para o país se houver uma estratégia clara de longo prazo do governo.

Bernardo avalia que, “a médio prazo, o Brasil só conseguirá ser mais eficiente na economia e na indústria com a abertura comercial. Hoje, as tarifas de importação do Brasil estão entre as mais pesadas do mundo. Isso nos leva a crer que muito setores não são eficientes porque não estão abertos à concorrência internacional”.



FOLHA DE S. PAULO comenta que parlamentes resolveram esticar o feriado de Carnaval. “Enquanto isso, projetos de lei importantes para o país nem entrarão na pauta dos congressistas, sempre mais preocupados com seus próprios interesses — do troca-troca partidário à folia carnavalesca.”

O ESTADO DE S. PAULO afirma que o ex-presidente Lula virou um “peso político e moral” para o PT. “A concretização daquilo que todo mundo sempre soube que mais cedo ou mais tarde aconteceria – o envolvimento cada vez maior e mais profundo de Lula nas investigações de corrupção – obriga o PT a defender o seu cacique a qualquer custo.”

O GLOBO comenta as ações do presidente da Argentina, Mauricio Macri, no enfrentamento da crise. "Mauricio Macri mostra como políticas corretas passam a produzir efeitos positivos tão logo são anunciadas, por melhorar a percepção que investidores e consumidores passam a ter do país. Exemplo para o Brasil."



Celso Ming, em O ESTADO DE S. PAULO: “Ainda não foram publicados os resultados do PIB de 2015, mas já se sabe que foi um desastre. A queda da renda nacional em relação ao ano anterior deve ter ficado próxima dos 4%”.

“Os analistas também não vinham esperando muita coisa de 2016. As primeiras projeções apontaram para nova decepção, para nova queda do PIB de alguma coisa em tomo dos 2%. No entanto, de algumas semanas para cá, o tombo esperado para o ano ficou muito maior. A mediana das projeções reveladas ontem pela Pesquisa Focus do Banco Central aponta para uma retração do PIB em 2016 de 3,21%”, escreve Ming.

Na FOLHA DE S. PAULO, MERCADO ABERTO anota que “empresas dos setores de cosméticos e bancário são as que melhor equilibram as necessidades dos seus acionistas, os investimentos em produtos e os desembolsos com marketing e propaganda. Esse é um dos resultados da pesquisa do CIP (Centro de Inteligência Padrão), que usou dados de quatro consultorias, além de informações de balanços de empresas de capital aberto”.

VINÍCIUS TORRES FREIRE, também na FOLHA, assinala que as “convulsões dos mercados financeiros e aquela lista de riscos de que estamos cansados de saber podem afetar o crescimento da economia americana, embora o pessoal da finança esteja exagerando e vendo coisas demais”.

PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO: “Bola de cristal Petistas apostam que, quando a Operação Lava Jato finalmente chegar ao fim, os únicos que restarão presos serão o ex-ministro José Dirceu (PT), o ex-tesoureiro João Vaccari (PT) e o ex-deputado federal André Vargas (ex-PT)”.

No mesmo jornal, Monica Bergamo relata que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “está se sentindo no meio de "uma gincana". Para o ex-presidente, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão divididos, engalfinhados em tradicionais disputas internas. E ele virou o prêmio que todos querem exibir como trunfo”.

PANORAMA POLÍTICO, O GLOBO, anota que, “pautada em pesquisas que apontam a necessidade de ter uma postura mais propositiva do que a de tocar fogo no circo, a oposição lança seu novo discurso, com o qual pretende atravessar 2016.0 presidente do PSDB, Aécio Neves, procurou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e pediu um conselhão de senadores para discutir e elaborar uma pauta legislativa consistente”.

Em outro registro, PANORAMA POLÍTICO relata que, “com as comissões da Câmara paralisadas pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, que diz esperar a decisão do Supremo sobre o rito do impeachment, o país está sendo governado por meio de medidas provisórias. Atualmente, 21 estão em tramitação no Congresso, 15 delas editadas desde o recesso dos parlamentares”.



PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO, informa que os “Correios, em parceria com o Senai, vão contratar quatro mil jovens aprendizes. Vagas em todos os estados. Na última seleção, houve 640 mil candidatos”.
INOVAÇÃO
Na FOLHA DE S. PAULO, artigo assinado por Ruy Baumer, coordenador do Comitê BioBrasil da Fiesp, e Francisco Balestrin, presidente do Conselho da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), sustenta que no Brasil inovação ”não combina com saúde”.

Os autores afirmam que a “Constituição brasileira permite uma interpretação ampliada dos direitos da população e das obrigações do Estado no que diz respeito ao acesso à saúde” e analisam que os “desafios podem ser em parte superados com inovação em processos, produtos e serviços. A saúde é uma das áreas de maior índice de inovação no mundo”.



Abordagens ligadas à operação Lava Jato voltam ao centro do noticiário.

Jornais destacam que o juiz federal Sergio Moro decidiu que documentos vindos da Suíça podem ser usados em processos penais envolvendo executivos da construtora Odebrecht. Os papéis indicam a empreiteira como beneficiária final de contas usadas para pagar propina a diretores da Petrobras no exterior.

Textos lembram que os advogados da Odebrecht contestavam a utilização da prova com base em uma decisão da Justiça da Suíça que, na semana passada, considerou irregular o envio de documentos ao Brasil.

A defesa do ex-diretor da Odebrecht Marcio Faria informou ter protocolado petição na Justiça Federal na qual reafirma considerar o envio das provas “ilegal”. Para os advogados, a decisão da Justiça do suíça “não deixa dúvidas” quanto a isso.

Mídia também repercute que o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo voltou a ser preso ontem. A ordem foi expedida pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que cuida das investigações sobre fraudes na Eletronuclear, uma das frentes da Lava Jato.

O executivo havia sido transferido para o regime domiciliar pelo juiz Sergio Moro, na última sexta-feira, após a Andrade Gutierrez fechar um acordo de delação. A defesa de Azevedo informou que entrará hoje com um pedido de revogação da prisão.

Parte dos jornais registra que pesquisa da ONG Transparência Internacional elegeu o escândalo da Petrobras como o segundo maior caso de corrupção do mundo.

Em outra frente do noticiário, edições do dia repercutem a mensagem gravada pelo ex-presidente Lula em comemoração aos 36 anos do PT. Na gravação, o petista diz torcer para que no ano que vem o partido esteja mais forte do que hoje.

O ex-presidente afirma que “se Deus quiser, apesar de toda adversidade momentânea, o PT vai continuar sendo o grande partido da História do Brasil” e pede que a pessoas façam uma reflexão sobre o que “esse partido já fez pelo Brasil”.



Itens relacionados às contas públicas se mantêm entre os destaques da pauta econômica.

Mídia informa que o governo deve anunciar até o fim dessa semana um contingenciamento entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões no Orçamento de 2016. O corte é menos do que o executado no ano passado, de quase R$ 80 bilhões.

O GLOBO expõe que “integrantes da área econômica” admitem que o número é insuficiente para garantir a realização a meta fiscal deste ano, fixada em 0,5% do PIB, mas é o possível diante do atual cenário.

FOLHA DE S. PAULO lembra que “a previsão anterior apontava para corte maior de gastos, em torno de R$ 50 bilhões, mas esse número foi reduzido porque existem recursos que serão poupados”.

O ESTADO DE S. PAULO relata que líderes da oposição na criticaram a ideia que vem sendo discutida pelo governo de ajustar a meta fiscal ao ciclo de crescimento econômico.

“Para lideranças de partidos opositores, a proposta é mais uma fórmula de afrouxamento fiscal que a equipe econômica tenta encontrar para justificar sua incapacidade de cumprir a meta de superávit primário.”

Dados da pesquisa semanal Focus do Banco Central também são abordado com algum destaque no noticiário.

Segundo o relatório feito com as principais instituições financeiras do país, a projeção para o IPCA deste ano subiu de 7,26% para 7,56%, acima do teto da meta de 6,5%. Para 2017, a estimativa também subiu de 5,8% para 6%, exatamente o limite máximo estipulado pela equipe econômica do governo.

A pesquisa registra ainda que as projeções para o crescimento da economia pioraram. A perspectiva passou de uma retração de 3,01% para 3,21% para este ano. Para 2017, a previsão de crescimento do PIB caiu de 0,7% para 0,6%.

Outros itens aparecem de forma pontual.

Na FOLHA DE S. PAULO, merece atenção entrevista com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, que avalia que as micro e pequenas empresas devem ficar mais atentas às armadilhas dos “exterminadores do futuro” infiltrados nas áreas fiscais da União, de Estados e de municípios.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda