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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Análise de Mídia - REVISTAS - Sábado de carnaval, 06 de fevereiro de2016

A microcefalia segue como uma referência importante das revistas que circulam neste fim de semana.
O assunto continua impactando os espaços mais nobres e em volume também se impõe. O viés da cobertura é bastante humanitário, reforçando preocupações e alertas.  
Reportagens expõem números, avançam sobre a mobilização no Brasil, tratam da reação global, registram a corrida dos cientistas por uma vacina contra o zika vírus e acentuam a polêmica criada em torno do debate sobre o direito da mulher a abortar.
Destaque para reportagem de capa da revista ÉPOCA traz o relato de gestantes e mães sobre como lidam com a epidemia. “Médicos, cientistas e governos não sabem o que dizer às famílias cheias de dúvidas sobre zika e microcefalia”, aponta.
A cobertura com foco nos desdobramentos da operação Lava Jato se impõe.
Além do balanço dos últimos dias e do tom opinativo, reportagens especulam sobre cenários de curto prazo especialmente centrados no ex-presidente Lula.
VEJA em sua capa faz alusões a músicas de carnaval e afirma que “mesmo quem se julgava acima da lei está tendo de prestar contas de seus atos à Justiça”.
Já a reportagem de capa de CARTA CAPITAL traz uma série de artigos assinados por especialistas que analisam a onda de escândalos sob outra perspectiva: “no carnaval midiático-policial, insinuações, fofocas e calúnias viram provas”, resume a revista.
ISTOÉ também registra assuntos associados à Lava Jato e em sua capa mostra que um “relatório da PF, produzido com base em mensagens do celular de Leo Pinheiro, da OAS, descreve encontros com o presidente do Senado Renan Calheiros na residência oficial, entrega de presentes e contém indicações de que o senador atendeu a interesses da construtora”.
ISTOÉ DINHEIRO, por sua vez, se diferencia e destaca na capa uma reportagem especial que explica como a gigante americana Google se transformou em uma fábrica de inovação que a ajudou a superar a Apple como a companhia mais valiosa do mundo.



A discussão sobre a volta da CPMF está entre os destaques do noticiário econômico e movimenta a cobertura relacionada à crise.

CARTA CAPITAL adverte que “o Congresso dá mostras de que ainda não superou 2015”.
Reportagem relata a ida da presidente Dilma Rousseff ao Congresso para a abertura dos trabalhos no Legislativo e lembra que, entre aplausos e vaias, defendeu o retorno da CPMF.
Em tom analítico, a revista afirma que “a oposição apega-se ao boicote contra o governo a qualquer custo, apesar dos apelos empresariais para a construção de uma agenda que permita a retomada do crescimento econômico”.
Como ponto de atenção, a seção NOSSA OPINIÃO, da revista ÉPOCA, afirma que a presidente acertou ao ir ao Congresso para propor diálogo sobre a reforma fiscal. “A negociação implica também concessões do governo na ideia de recriar a CPMF”, resume o editorial.
Texto pontua que “a presidente já havia adotado essa postura mais humilde e conciliadora na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, com lideranças empresariais, sindicais e da sociedade civil”.
ISTOÉ DINHEIRO, também com foco na CPMF, afirma que “a presidente Dilma insiste na péssima marchinha de uma nota só”.
Reportagem ressalta a opinião de José Márcio Camargo, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, para quem “é pouco provável que, neste ambiente conturbado, o governo consiga dar prosseguimento na pauta da CPMF e da reforma da Previdência”.
Ainda em ISTOÉ DINHEIRO, reportagem adverte que a proposta do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, de flexibilizar meta fiscal repete os erros do passado e pode minar ainda mais a credibilidade do País.
Segundo o texto, “o temor é de que uma aparente tentativa de dar mais transparência aos números sirva de apoio para afrouxar o esforço fiscal”.
Em outra frente, CARTA CAPITAL relata que “o aumento recorde da dívida pública em 2015 para 66,2% do PIB e do déficit primário para 111,2 bilhões de reais justifica preocupações e requer cuidados, mas não configura a situação calamitosa apontada pelos analistas”.
Especialistas detalham à revista os “exageros do debate sobre a elevação da dívida pública”.
Destaque para as colunas de notas e informações de bastidores, que incorporam alguns assuntos diretamente relacionados à agenda da indústria.
RICARDO BOECHAT, em ISTOÉ, por exemplo, informa que, “com a discrição que o assunto impõe, o setor automobilístico trata com autoridades do governo uma nova redução de IPI para a venda de automóveis novos”.
“O ‘gatilho de confiança’, termo usado nas conversas, seria pequeno (de 3% a 5%) mas suficiente para retomar as vendas, atraindo os consumidores às lojas. Afinal, o sonho de ter um carro novo não acabou...”, resume BOECHAT.
Ainda em RICARDO BOECHAT, informação é que, “em 2015, o INPI expediu 158.709 registros de marcas – alta de 1% em relação ao ano anterior. A estatística reflete o marasmo da economia brasileira, pois reflete a vida real das empresas. Em áureos tempos, a concessão de marcas crescia de 5% a 10% a cada doze meses”.
EXPRESSO, em ÉPOCA, revela que “uma pesquisa do Ibope/WIN mostra que 46% dos brasileiros estão pessimistas com a economia do país em 2016, em comparação a 35% em outubro do ano passado. Os moradores do Sudeste são os mais macambúzios”.
RADAR, em VEJA, informa que “estudantes brasileiros do Ciência sem Fronteiras estão recebendo comunicados nada animadores de suas universidades nos Estados Unidos”.
“Elas dizem que não receberam o pagamento do programa e não poderão renovar matrículas ou permitir que alunos alterem suas grades enquanto a situação não for regularizada”, segue RADAR.
“Além disso, estudantes se queixam de que o dinheiro de suas bolsas ainda não apareceu na conta neste ano. Apesar do otimismo ufanista de Dilma, a crise continua atravessando fronteiras em 2016”, completa RADAR.

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