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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Teste rápido da Unicamp detecta zika em cinco horas

Quando a má-formação não está relacionada a causas infecciosas, é possível realizar uma cirurgia. Nesses casos, as crianças devem ser acompanhadas ao longo de um ano. No caso da microcefalia provocada por infecções, as ações - terapia ocupacional desde os primeiros meses, fonoaudiologia e fisioterapia - são feitas para tentar estimular o bebê.Os laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciam na segunda-feira testes rápidos para zika vírus. O teste de sorologia será feito em amostras de sangue, urina e saliva. O método identifica e diferencia o zika em relação a outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. O resultado sai em cinco horas.


De acordo com a coordenadora de pesquisas da universidade, Clarisse Arns, o teste foi desenvolvido pela força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O teste rápido tem eficácia de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle do zika vírus. Atualmente, o exame é realizado apenas em sangue e o resultado demora pelo menos uma semana.

Inicialmente, os testes estarão disponíveis para pacientes do Hospital das Clínicas de Campinas e da rede pública municipal. Em uma segunda fase, serão atendidos casos suspeitos de cidades da região, como Sumaré e Hortolândia. Até agora, foram confirmados cinco – dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba.

O Ministério da Saúde promete também para este mês a distribuição de kits de testes rápidos de zika para laboratórios de todo o País. Esse foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é ligada ao governo federal. O teste permite realizar a identificação simultânea dos vírus de dengue, chikungunya e zika em uma mesma amostra de sangue.

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