A Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio) aprovou, nesta quinta-feira (10), a liberação para uso
comercial de uma levedura utilizada na produção industrial de etanol e de duas
vacinas geneticamente modificadas que combatem doenças em suínos e aves. De
acordo com a CNTBio, os organismos geneticamente modificados (OGM) não oferecem
riscos à saúde humana e animal ou ao meio ambiente.
presidente da CTNBio, Maria
Sueli Soares Felipe, reuniu colegiado em Brasília. Foto: Ascom/MCTIC
Os especialistas da CTNBio
liberaram a utilização de uma variável modificada da levedura Saccharomyces
para a produção industrial de etanol de segunda geração. O fungo é utilizado no
processo de fermentação do álcool da cana de açúcar que será transformado no
biocombustível e também contribui para a formação de biomassa, que pode ser
utilizada para a produção de energia.
“O Brasil é um país
extremamente competitivo na produção de energias renováveis. Estamos melhorando
essa capacidade de utilizar a biomassa para a produção de energia e para o
avanço da biotecnologia industrial”, observou a presidente da CTNBio, Maria
Sueli Soares Felipe.
Uma das vacinas aprovadas na
reunião desta quinta-feira em Brasília é uma recombinante contra circovírus
suíno tipo 2. A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2000 e
ataca o sistema imunológico de porcos, principalmente após o desmame,
facilitando a ocorrência de enfermidades oportunistas. A taxa de mortalidade
pode chegar a 35% dos animais infectados.
A outra imunização combate a
doença de Newcastle, também conhecida como pseudo peste aviária, e a bouba
aviária.
A doença de Newcastle acomete,
principalmente, galinhas, perus e patos e tem alto índice de mortalidade, além
de comprometer a qualidade de ovos e reduzir a fertilidade dos animais
infectados. Devido ao seu alto poder epidemiológico, a enfermidade é
considerada prioritária no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Já a bouba aviária é mais
comum em galinhas, perus e pombos – tanto domésticos quanto selvagens. Apesar
de não ser letal, o animal acometido pelo vírus pode desenvolver outras
doenças.
“A questão da sanidade animal
é muito importante, uma vez que o país é um grande produtor de proteína
animal”, destacou Maria Sueli.
Procedimento
Ao avaliar e aprovar a liberação
comercial de um produto, a CTNBio elabora um parecer que examina o risco
associado ao organismo geneticamente modificado no que se refere à
biossegurança para o uso. Em seguida, a empresa solicitante precisa requerer ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a autorização e o
registro do item a ser comercializado.
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