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quarta-feira, 16 de maio de 2018

CTNBio aprova liberação comercial de levedura para produção de etanol e de vacinas


A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, nesta quinta-feira (10), a liberação para uso comercial de uma levedura utilizada na produção industrial de etanol e de duas vacinas geneticamente modificadas que combatem doenças em suínos e aves. De acordo com a CNTBio, os organismos geneticamente modificados (OGM) não oferecem riscos à saúde humana e animal ou ao meio ambiente.

presidente da CTNBio, Maria Sueli Soares Felipe, reuniu colegiado em Brasília. Foto: Ascom/MCTIC

Os especialistas da CTNBio liberaram a utilização de uma variável modificada da levedura Saccharomyces para a produção industrial de etanol de segunda geração. O fungo é utilizado no processo de fermentação do álcool da cana de açúcar que será transformado no biocombustível e também contribui para a formação de biomassa, que pode ser utilizada para a produção de energia.

“O Brasil é um país extremamente competitivo na produção de energias renováveis. Estamos melhorando essa capacidade de utilizar a biomassa para a produção de energia e para o avanço da biotecnologia industrial”, observou a presidente da CTNBio, Maria Sueli Soares Felipe.

Uma das vacinas aprovadas na reunião desta quinta-feira em Brasília é uma recombinante contra circovírus suíno tipo 2. A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2000 e ataca o sistema imunológico de porcos, principalmente após o desmame, facilitando a ocorrência de enfermidades oportunistas. A taxa de mortalidade pode chegar a 35% dos animais infectados.

A outra imunização combate a doença de Newcastle, também conhecida como pseudo peste aviária, e a bouba aviária.

A doença de Newcastle acomete, principalmente, galinhas, perus e patos e tem alto índice de mortalidade, além de comprometer a qualidade de ovos e reduzir a fertilidade dos animais infectados. Devido ao seu alto poder epidemiológico, a enfermidade é considerada prioritária no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).

Já a bouba aviária é mais comum em galinhas, perus e pombos – tanto domésticos quanto selvagens. Apesar de não ser letal, o animal acometido pelo vírus pode desenvolver outras doenças.

“A questão da sanidade animal é muito importante, uma vez que o país é um grande produtor de proteína animal”, destacou Maria Sueli.

Procedimento
Ao avaliar e aprovar a liberação comercial de um produto, a CTNBio elabora um parecer que examina o risco associado ao organismo geneticamente modificado no que se refere à biossegurança para o uso. Em seguida, a empresa solicitante precisa requerer ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a autorização e o registro do item a ser comercializado.



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