Rômulo Maciel Filho,
economista, mestre em Planejamento e Gestão de Políticas Públicas de Saúde pela
Leeds Metropolitan University e doutor pelo Instituto de Medicina Social da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Trabalhou na Fiocruz mais de 27 anos,
onde ocupou cargos de direção. Atuou na Anvisa, foi assessor do ministro da
Saúde e presidiu a Hemobrás.
Escolhido pelo ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o comandante da empresa, foi
reconduzido à função pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Afastado da Hemobrás por
decisão, publicada no Diário Oficial da União de 4 de agosto de 2016, assinada
pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB). Rômulo Maciel, estava
afastado da presidência da Instituição, desde dezembro de 2015, foi alvo de
investigação da Operação Pulso, deflagrada pela Polícia Federal para apurar
operações financeiras suspeitas envolvendo a direção da empresa e doações para
campanhas políticas. Durante a ação, dinheiro foi jogado de um edifício na área
central do Recife, onde mora Rômulo Maciel Filho.
A Hemobrás é um dos
principais, e, no segmento das ciências da vida, um dos mais importantes e
estratégicos projetos para o País, capaz de proporcionar a autossuficiência na
obtenção de produtos hemoderivados para tratamento de toda população hemofílica
brasileira, em funcionamento poderá gerar economias para o SUS superiores a R$
300 Milhões, mas que, infelizmente, está paralisado com os desdobramentos das
investigações, desencadeada pela Policia Federal, e demais órgãos de controle
motivadas a partir da operação pulso.
Incomensuráveis entraves
jurídicos e burocráticos foram impostos, desde 2015, pelas instituições de
governança e controle da Estatal que, praticamente, impedem a continuidade do
projeto, o complexo industrial de Goiana ficou completamente paralisado por
mais de 2 anos. Só sendo timidamente retomado no final de março último como um
dos últimos atos da gestão do Ministro Ricardo Barros, que investiu
praticamente 200 milhões para a retomada das obras.
O projeto que ainda dependerá
de novas parcerias tecnológicas e financeiras, demandará, também, reengenharia
para o enquadramento em modernas plataformas de conhecimento, em sinergia com a
evolução e o desenvolvimento dos produtos em linha com o cenário tecnológico
nacional e internacional.
Infelizmente o legado deixado
pela gestão interrompida comprometeu demasiadamente o projeto da Hemobrás, sem
que se vislumbre alternativas a curto prazo, pelo menos não sem uma postura
radical e determinante do Ministério da Saúde.
0 comentários:
Postar um comentário