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sábado, 19 de maio de 2018

Rômulo Maciel Filho, faleceu esta manhã


Rômulo Maciel Filho, economista, mestre em Planejamento e Gestão de Políticas Públicas de Saúde pela Leeds Metropolitan University e doutor pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Trabalhou na Fiocruz mais de 27 anos, onde ocupou cargos de direção. Atuou na Anvisa, foi assessor do ministro da Saúde e presidiu a Hemobrás.

Escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o comandante da empresa, foi reconduzido à função pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Afastado da Hemobrás por decisão, publicada no Diário Oficial da União de 4 de agosto de 2016, assinada pelo  presidente da República, Michel Temer (PMDB). Rômulo Maciel, estava afastado da presidência da Instituição, desde dezembro de 2015, foi alvo de investigação da Operação Pulso, deflagrada pela Polícia Federal para apurar operações financeiras suspeitas envolvendo a direção da empresa e doações para campanhas políticas. Durante a ação, dinheiro foi jogado de um edifício na área central do Recife, onde mora Rômulo Maciel Filho.

A Hemobrás é um dos principais, e, no segmento das ciências da vida, um dos mais importantes e estratégicos projetos para o País, capaz de proporcionar a autossuficiência na obtenção de produtos hemoderivados para tratamento de toda população hemofílica brasileira, em funcionamento poderá gerar economias para o SUS superiores a R$ 300 Milhões, mas que, infelizmente, está paralisado com os desdobramentos das investigações, desencadeada pela Policia Federal, e demais órgãos de controle motivadas a partir da operação pulso.

Incomensuráveis entraves jurídicos e burocráticos foram impostos, desde 2015, pelas instituições de governança e controle da Estatal que, praticamente, impedem a continuidade do projeto, o complexo industrial de Goiana ficou completamente paralisado por mais de 2 anos. Só sendo timidamente retomado no final de março último como um dos últimos atos da gestão do Ministro Ricardo Barros, que investiu praticamente 200 milhões para a retomada das obras.

O projeto que ainda dependerá de novas parcerias tecnológicas e financeiras, demandará, também, reengenharia para o enquadramento em modernas plataformas de conhecimento, em sinergia com a evolução e o desenvolvimento dos produtos em linha com o cenário tecnológico nacional e internacional.

Infelizmente o legado deixado pela gestão interrompida comprometeu demasiadamente o projeto da Hemobrás, sem que se vislumbre alternativas a curto prazo, pelo menos não sem uma postura radical e determinante do Ministério da Saúde.



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