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terça-feira, 4 de setembro de 2018

A integração dos stakeholders da saúde


Realizado em São Paulo (SP), Congresso Abramge/Sinog 2018 une diversos atores da cadeia de saúde suplementar para discutir desafios e perspectivas do setor

Um espaço para se ouvir outras vozes. Assim foi o 23º Congresso Abramge | 14º Congresso Sinog – Saúde Suplementar: Desafios e Perspectivas, evento realizado em agosto, na cidade de São Paulo.

Com o tema “A Integração dos Stakeholders”, o Congresso trouxe expectativas dos diferentes atores da saúde suplementar (governo, médicos, hospitais, indústria e operadoras de planos de saúde). Dentre os diversos temas debatidos, estão assuntos como judicialização da saúde, compliance e modelo de remuneração.

Reinaldo Scheibe, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), explica que a escolha do tema foi sugerida pelos próprios congressistas em edições anteriores. “Nós ouvimos os presidentes das principais empresas, que fizeram uma projeção de como seriam os próximos cinco anos do evento, e dentro dessa proposta surgiram os temas de integração dos atores e as mudanças de paradigmas”.

Importantes discussões
A primeira apresentação do Congresso foi realizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que traçou um panorama político do país. Sobre as eleições, lembrou da necessidade de se observar os candidatos com atenção: “não será fácil, mas precisamos de mais união e menos ódio. Ganhe quem ganhar, devemos acreditar na recuperação do país”.

Fabrício Campolina, coordenador do Grupo de Trabalho de Modelos de Remuneração do ICOS (Instituto Coalizão Saúde), também foi um dos palestrantes dessa edição. O executivo trouxe a visão da Indústria de Produtos para a Saúde. Em seu discurso, debateu o necessário equilíbrio entre três frentes: a percepção do cidadão quanto à experiência assistencial; a prevenção de tratamentos apropriados que proporcionem desfechos clínicos de alta qualidade; custos adequados em todo o ciclo de cuidado, permitindo a sustentabilidade do sistema de saúde.

Martha Regina de Oliveira, Diretora-executiva da Anaph (Associação Nacional de Hospitais Privados) também foi palestrante no evento e deixou uma interessante provocação dividida em quatro questionamentos. Em primeiro lugar, o quanto a desconfiança custa no setor da saúde; também a troca de mindset necessária em relação à mudança que vem de forma positiva e não negativa. Ademais, como preparar o futuro fazendo o presente. E finalmente, sobre o Mundo 4.0, como a saúde não “domina” mais a saúde.

Conselheiro Efetivo do Conselho Federal de Medicina, Salomão Rodrigues Filho trouxe para discussão a importância do diálogo entre três partes: o paciente (consumidor), o médico (prestador) e a operadora (administrador). O palestrante falou sobre importância dos atores da saúde suplementar estarem equilibrados e bem distribuídos.

Para a Conferência de Encerramento, a Economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif apresentou um panorama econômico do Brasil no cenário mundial. Dentre os dados discutidos, foi colocado em pauta a difícil agenda de ajustes estruturais e a preocupação com as reformas necessárias.



Giovanna Grepi



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