Realizado em São Paulo (SP),
Congresso Abramge/Sinog 2018 une diversos atores da cadeia de saúde suplementar
para discutir desafios e perspectivas do setor
Um espaço para se ouvir outras
vozes. Assim foi o 23º Congresso Abramge | 14º Congresso Sinog – Saúde
Suplementar: Desafios e Perspectivas, evento realizado em agosto, na cidade de
São Paulo.
Com o tema “A Integração dos
Stakeholders”, o Congresso trouxe expectativas dos diferentes atores da saúde
suplementar (governo, médicos, hospitais, indústria e operadoras de planos de
saúde). Dentre os diversos temas debatidos, estão assuntos como judicialização
da saúde, compliance e modelo de remuneração.
Reinaldo Scheibe, presidente
da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), explica que a escolha do
tema foi sugerida pelos próprios congressistas em edições anteriores. “Nós
ouvimos os presidentes das principais empresas, que fizeram uma projeção de
como seriam os próximos cinco anos do evento, e dentro dessa proposta surgiram
os temas de integração dos atores e as mudanças de paradigmas”.
Importantes discussões
A primeira apresentação do Congresso
foi realizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que traçou um
panorama político do país. Sobre as eleições, lembrou da necessidade de se
observar os candidatos com atenção: “não será fácil, mas precisamos de mais
união e menos ódio. Ganhe quem ganhar, devemos acreditar na recuperação do
país”.
Fabrício Campolina,
coordenador do Grupo de Trabalho de Modelos de Remuneração do ICOS (Instituto
Coalizão Saúde), também foi um dos palestrantes dessa edição. O executivo
trouxe a visão da Indústria de Produtos para a Saúde. Em seu discurso, debateu
o necessário equilíbrio entre três frentes: a percepção do cidadão quanto à
experiência assistencial; a prevenção de tratamentos apropriados que
proporcionem desfechos clínicos de alta qualidade; custos adequados em todo o
ciclo de cuidado, permitindo a sustentabilidade do sistema de saúde.
Martha Regina de Oliveira,
Diretora-executiva da Anaph (Associação Nacional de Hospitais Privados) também
foi palestrante no evento e deixou uma interessante provocação dividida em
quatro questionamentos. Em primeiro lugar, o quanto a desconfiança custa no
setor da saúde; também a troca de mindset necessária em relação à mudança que
vem de forma positiva e não negativa. Ademais, como preparar o futuro fazendo o
presente. E finalmente, sobre o Mundo 4.0, como a saúde não “domina” mais a
saúde.
Conselheiro Efetivo do
Conselho Federal de Medicina, Salomão Rodrigues Filho trouxe para discussão a
importância do diálogo entre três partes: o paciente (consumidor), o médico
(prestador) e a operadora (administrador). O palestrante falou sobre
importância dos atores da saúde suplementar estarem equilibrados e bem
distribuídos.
Para a Conferência de
Encerramento, a Economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif apresentou um
panorama econômico do Brasil no cenário mundial. Dentre os dados discutidos,
foi colocado em pauta a difícil agenda de ajustes estruturais e a preocupação
com as reformas necessárias.
Giovanna Grepi
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