Prazo se encerra no dia 21 de
setembro. Para a recomendação preliminar favorável, o Plenário considerou o uso
do teste em pacientes em uso de imunossupressores, pacientes HIV positivo e
candidatos a transplante de medula óssea e órgãos
A Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) avalia a
incorporação do IGRA (interferon gamma release assay) no SUS. O tema
encaminhado com recomendação favorável pelo Plenário segue para consulta
pública até o dia 21 de setembro. Trata-se de um novo teste para detecção da
tuberculose latente em pacientes imunocomprometidos, ou seja, que não
apresentam sintomas e estão inseridos em um grupo cujos mecanismos de defesa
contra infecção apresentam alterações. Para a recomendação preliminar, o
Plenário considerou o uso do teste em pacientes em uso de imunossupressores,
pacientes HIV positivo e candidatos a transplante de medula óssea e órgãos. A
proposta é contar com mais um método para prever o desenvolvimento da
tuberculose ativa, ampliando a orientação clínica para o diagnóstico e
diminuindo o progressivo aumento no número de casos.
Participe da consulta pública.
Há um link de acesso para pacientes, familiares,
cuidadores, associações e outro para profissionais de saúde e técnicos.
Atualmente, o teste padrão
utilizado no SUS é o tuberculínico PPD (purified protein derivative). Ele
apresenta baixo custo e não requer componentes de laboratório. No entanto, os
resultados podem ser confundidos pela identificação de microbactérias não
tuberculosas, vacina BCG, ou por fatores relacionados à manipulação, realização
e leitura do teste.
Leia aqui o relatório inicial.
Apesar de ser uma doença
tratável e curável, a tuberculose ainda é considerada um grave problema de
saúde pública e continua sendo a principal causa de morte por uma doença
infecciosa entre adultos em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que, no ano de 2018, dez milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e
1,5 milhão de pessoas morreram pela doença no mundo.
Saiba mais
A tuberculose é uma doença infecciosa, de evolução crônica, causada pelo
Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A transmissão ocorre por via
respiratória, por meio de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro das
pessoas contaminadas. A doença afeta prioritariamente os pulmões, embora possa
acometer outros órgãos e/ou sistemas.
Os sintomas clássicos, como
tosse persistente seca ou produtiva, febre vespertina, sudorese noturna e
emagrecimento, podem ocorrer nas três apresentações.
Fala-se em tuberculose latente
quando a pessoa está infectada com o bacilo causador da doença, mas não
apresenta sintomas. Sabe-se que também há possibilidade de transmissão nesse
caso, mas em situações em que os pacientes acabam registrando baixa da
imunidade em razão de outros quadros de saúde.
Tratamento no SUS
A tuberculose tem diagnóstico e tratamento padronizados disponíveis no SUS. A
doença tem cura, mas é preciso que o paciente siga com as orientações até o final,
sem interrupção ou abandono do tratamento ao longo do caminho.
O tratamento tem duração de no
mínimo seis meses. Para o diagnóstico são utilizados testes, exames de análise
e radiografia de tórax. Quanto à medicação, utiliza-se os seguintes fármacos:
rifampicina, isoniazida, rifapentina, pirazinamida e etambutol.
Material informativo do
Ministério da Saúde reforça que a vacina BCG, prevista no Calendário Nacional
de Vacinação e aplicada em crianças ao nascer (ou até os 4 anos, se nunca tiver
sido vacinada), previne as formas graves da doença. Da mesma forma, avaliar
pessoas que tiveram contato com doentes com tuberculose pulmonar pode ser uma
medida preventiva. Os contatos que foram infectados pelo bacilo podem receber
medicamento para prevenir a evolução da doença.
Em geral, após 15 dias de
tratamento, já não há mais risco de transmissão.
Fonte:http://conitec.gov.br/
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