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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

REUNIÃO DA FRENTE PARLAMENTAR DA INDÚSTRIA PÚBLICA DE MEDICAMENTOS COM MINISTÉRIO DA SAÚDE, ALFOB E REPRESENTANTES DOS PARCEIROS TECNOLÓGICOS - BLOCO PERGUNTAS

Durante a reunião contamos com a participação de outros parlamentares,

Dep. Pedro Lupion: Reiterou seu apoio a retomada do desenvolvimento das PDPs, notadamente a sua importância para o SUS e para a disponibilização de medicamentos à população, destacando sua responsabilidade, dedicação e trabalho em torno da saúde pública, se colocando à disposição para apoiar as iniciativas que dependam da Câmara dos Deputados. 

Dep. Luizinho: Destacou a importância do comprometimento com as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo. “Sabemos das necessidades evidenciadas, vivenciamos nesta pandemia as dificuldades de falta de soberania e autossuficiência em produtos e insumos estratégicos. Sem soberania não teremos futuro, não tem futuro no mundo quem não tiver soberania, principalmente na área da saúde. Temos muito a avançar para destravar esta pauta.

Temos empresas estratégicas que precisam maior segurança. Vimos recentemente a importância das parcerias para o desenvolvimento dos laboratórios oficiais.

Temos o maior mercado consumidor centralizado do mundo, que é o SUS. Precisamos utilizar este mercado, gerar empregos e renda em nosso País, e não tem outra maneira se não for a relação de emprego e renda, através do desenvolvimento produtivo de empresas no Brasil. Conte conosco. A indústria no Brasil pode contar conosco!!! 

Sen. Nelson Trad:  Ressaltou que o apoio político dentro do Congresso Nacional é fundamental para o avanço das políticas implementadas pelo Executivo. “E nós estamos aqui para poder emprestar esse apoio político aproveitando para parabenizar o trabalho desenvolvido por todos.”

Passando para o bloco das perguntas

Nelson Mussolini: “Precisamos discutir a questão de regulamentação de preços, temos uma série de produtos, inclusive oncológicos, que deixaram e outros que estão deixando de ser produzidos no nosso País, por falta de modernização e atualização dos atuais preços que tem mais de 20 anos o marco regulatório mudou e os custos se inviabilizaram fazendo com que o Brasil perca grandes oportunidades.”

Hélio: ‘Entendo que a questão da regulamentação de preços realmente foi negligenciada e compromete a capacidade produtiva de medicamentos. Posso transmitir que o Governo tem interesse em fomentar a produção nacional de medicamentos estratégicos e negligenciados. Muitos estão abaixo do preço internacional e praticamente não são produzidos; no caso dos produtos para doenças negligenciadas o público é restrito, mas precisamos suprir até por questões humanitárias. Temos trabalhado, também, para possibilitar o aprimoramento da regulação de preços no Brasil, que está desatualizada e obsoleta.

Precisamos avaliar; estudamos uma Medida Provisória para ajudar nesta questão, e devemos ter maiores novidades dentro em breve. Este é um ponto já pacífico na Equipe”. 

Artur Couto: questiona 2 pontos:

a.      Abertura de pauta para ALFOB, para alinhar com o Ministério o tema de produtos negligenciados e os produtos órfãos

“Pauta recorrente nas nossas solicitações de reunião. Entendemos ser de grande importância para a missão dos laboratórios oficiais e de grande valia para o Ministério.”

b.      O Segundo ponto é sobre a segurança jurídica (Tema que afeta toda cadeia envolvida com as PDPs)

. “Toda vez que precisamos discutir uma parceria com o MS, precisamos tratar com diversas frentes dentro da pasta ou com diversos ministérios, como nós falamos. Cada pessoa apresenta sua lógica, que invariavelmente são diferentes a cada momento que tratam o tema – se perdem as tratativas que motivaram a aprovação do projeto na sua origem. As constantes mudanças terminam por influenciar no andamento e cumprimento do contrato, tema muito delicado que acaba comprometendo toda cadeia, inclusive expondo não conformidades para a avaliação do TCU que tempos (anos) depois se depara com preços, cronogramas, cumprimento de fases diferentes do compromisso original. Essa insegurança é muito ruim para toda cadeia.”

Hélio: responde:

i.                “A questão dos produtos negligenciados, como nós já falamos, é uma questão que, também, julgamos estratégica; vamos sim ter esse espaço para discussão e elencar quais são os medicamentos onde é necessário investir, qual a melhor forma de investir, como fazer isso com segurança, e aí entramos naquela questão da segurança jurídica.”

ii.              Em resposta a questão sobre a insegurança jurídica dos processos das PDPs o secretário destacou a pertinência do momento para reafirmar os conceitos existentes, que construíram a política, e, encaminhá-los.

Ressalta a importância da participação dos órgãos de controle nesta construção, porque eles emitirão pareceres e determinarão algumas questões, e por isso sua concordância é fundamental para consolidar o entendimento e pactuá-los; só aí teremos segurança e previsibilidade. Precisamos acomodar essa visão dos órgãos de controle o mais rápido possível.

Destacou que esta construção será tratada com a ampla participação do segmento, para melhor aprofundamento dos temas e para estruturar as bases que permitirão previsibilidade.

Compreender e acomodar, o quanto antes, será importante para não dar chance de mudar depois, quando chegar novo gestor que queira implementar mudanças que comprometam o macro planejamento, que suportam e garantam a sustentabilidade de todo processo nas Instituições e Empresas Parceiras.

“Entendemos que esta é uma questão delicada, muito delicada, mas que precisa ser tratada emergencialmente justamente para evitar solavancos, sobressaltos na política para os próximos anos.

Com segurança ganhamos previsibilidade e a partir daí se consegue planejar, monitorar, ganhar capacidade de sustentabilidade tendo lucro que permita as empresas investirem de fato e se empenharem em produzir aquilo que é estratégico para o país sem comprometer sua estrutura.

Outro tema importantíssimo é termos uma Coordenação Geral, específica, para as questões de mediações estratégicas, criar ali um ambiente de discussão, iniciativa que tem o pleno apoio da gestão, com certeza.”

Concluindo:

1.      O MS tem interesse em avançar com a pauta dos produtos negligenciados e órfãos, e deverá receber a ALFOB para tratar do tema;

2.      Para construir e proporcionar maior segurança jurídica, o Secretário propõe participação e harmonização do marco regulatório com os órgãos de controle, TCU...;

3.      MS vai recriar o Departamento para unificar a interlocução com a pasta.

4.      O Presidente da Frente Parlamentar, Dep. Ricardo Barros, ao comentar a intervenção do Ministro, se posicionou claramente - ”Quem tem problemas com TCU que vá lá e tente resolver, quem tem problema no Ministério, precisa ir lá e resolver. Precisamos do esforço conjunto para sanar as dúvidas que existem nos processos das PDPs. Todos nós sabemos que as PDPs são boas para o Brasil.

Todos verificamos o alinhamento do Ministro com as Instituições, todos viram que os posicionamentos estão na mesma direção, atuação do CTA do CD, validação da portaria de redistribuição que permitirá a avaliação da PDPs dentro dos percentuais, são expectativas do segmento que esperamos há anos.”

Júlio Felix: Questiona quando teremos a operacionalização da Política de Desenvolvimento Produtivo, em que momento no cronograma ao longo do tempo iniciaremos a efetiva operacionalização dos contratos na égide do novo marco regulatório.

Hélio: “Realmente gostaríamos de ter uma data definida, mas o que posso trazer de fato concreto é que este mês (setembro) nós já planejamos a primeira reunião do CTA e do CD, para começar a avaliar todo passivo; o que depende de nós e tentaremos dar a maior celeridade possível, mas como já mencionei, para ter segurança, nós dependemos do feedback da indústria; vamos pedir informações, para ajudar a compreender cada processo, cada contrato, porque dependem do aval dos órgãos de controle. Então, quando dermos um passo, queremos contar com o amparo da CGU, do TCU, da Diretoria de Integridade, para não dar passos apressados que nos façam retroceder depois. É um serviço muito grande para toda sociedade, para todo complexo industrial e econômico da saúde, então teremos:

- Recomposição do CTA e do CD com o compromisso imediato de reavaliar todos os processos que estão parados e as PDPs suspensas, sem negligenciar as que estão abertas, seguindo seus cronogramas; lembrando que dependemos de outros parceiros para dar segurança jurídica. Percebemos que eles estão empenhados em dar celeridade em suas análises. Temos provocado a Diretoria de Integridade, os órgãos de controle.

Gostaríamos de precisar uma data, mas a da recomposição do CTA e do CD podemos confirmar ainda este mês de setembro, preferencialmente ainda na primeira quinzena.

Queremos já a partir deste momento estabelecer um cronograma de análise que será compartilhado com todos, sem qualquer problema.”

Coronel Galvão: propõem que, face a pandemia e a impossibilidade de operação em algumas atividades, os cronogramas das PDPs sejam postergados proporcionalmente ao tempo parado. 

Hélio: “Entendo que o ideal seria que a SCTIE realize uma provocação por ofício, solicitando esta análise, para poder verificar o impacto causado pela pandemia nos cronogramas de execução das PDPs. De posse da resposta desta provocação, convocaremos a área técnica, a Diretoria de Integridade, e o CONJUR para avaliar, e acredito que tenhamos uma resposta favorável. Hoje não vejo dificuldades em ajustar prazos e vigências, motivadas pela pandemia que afetou o mundo inteiro.”

Sérgio Frangioni: lembrou e questionou a implantação do marco regulatório para os IFAs, sugerindo reenviá-lo à SCTIE

Hélio: “Pode enviar todo esse material do Marco Regulatório dos IFAs... é prioritário.”

 Telma Salles: lembrou a demanda sobre pedidos de patentes ainda não analisados no INPI que afetam as PDPs, se comprometendo a reenviar a lista para a SCTIE

Hélio: “Importante destacar que justamente estamos trabalhando na recomposição do Departamento do Complexo Industrial e que muitos processos ficaram parados ou saíram do radar; agora é o momento de resgatá-los, recompor a Equipe e fortalecer o DECIIS, até porque precisamos dar respostas à todas estas demandas.

Mande a lista para a SCTIE, para análise, e em seguida sinalizaremos como o trabalho será conduzido.”

Eduardo Jorge: destaca a importância do segmento de dispositivos médicos e seu papel estruturante na produção de equipamentos, mas também no suprimento dos consumíveis, e como estão e deverão ser mais inseridos nos projetos de PDPs

Hélio: ao comentar o Secretário da SCTIE traz a pauta os impactos que poderão afetar as relações internacionais em especial aos países dependentes de produtos e insumos, como o Brasil. “Precisamos reavaliar as questões de segurança nacional, reavaliar a nossa capacidade produtiva, embora ainda dependemos de mecanismos internacionais que trazem tecnologias, intercâmbio de informações, produtos e insumos. Neste contexto o papel da indústria nacional é crucial, para disponibilizar com segurança para os insumos estratégicos e essenciais.

As PDPs de produto médicos fazem parte da pauta emergencial, até pelas mudanças realizadas em algumas parcerias para que pudessem proporcionar rápida resposta durante a pandemia.”

Jorge Callado: Trouxe à pauta a longevidade dos contratos de transferência de tecnologia versos a velocidade de atualização tecnológica de produtos e plataformas produtivas, e solicita que seja revisto.

Hélio: “Considero a observação oportuna e crucial para o horizonte futuro. Como sabemos a tecnologia se atualiza em um, dois anos... em vertiginosa velocidade. Quando falamos de 5 ou 10 anos corremos o risco de ficar obsoletos.

Todos estes temas poderão ser revistos no marco regulatório, poderemos focar na solução ao invés de no medicamento.”

Novamente o Secretário evoca a necessidade de trazer os órgãos de controle para esse entendimento. Ressaltando que precisará da visão do segmento, colaborando com a discussão e construção do novo Marco Regulatório

Na sequência da resposta do Secretário o Presidente da Alfob, Artur Couto, pediu a palavra e fez comentários sobre a questão dos prazos de transferência das tecnologias e da importância do entendimento sobre os focos principais que são as plataformas tecnológicas adquiridas, através das PDPs, que permitirão o desenvolvimento de outros e novos produtos no País, quando a tendência dos órgãos de controle e até do próprio Ministério da Saúde é de tratar o projeto pelo produto, o que se desvirtua com a mera avaliação financeira do custo ou do preço de venda do produto ao MS, sem levar em consideração os elevadíssimos investimentos demandados para construção da planta industrial. O mesmo ocorre com a forma de olhar o cronograma de implantação. “Tendemos a não considerar que a plataforma tecnológica recebida permanece de forma quase que definitiva e que pode e deve ser base para pesquisa, desenvolvimento e produção de outros e novos produtos. No mundo, plataformas tecnológicas de cultivo celular para biofármacos, vacinas virais, dentre outros produtos de origem biológica, levaram dezenas de anos para serem desenvolvidas, e no Brasil com a PDPs estamos tendo a oportunidade de absorvê-las e a dominar a tecnologia em 4 a 5 anos, e a nos capacitar a produzir medicamentos biossimilares, integralmente, dentro dos períodos contratuais de até 10 anos.

Sem adquirir tecnologias da fronteira do conhecimento, e transferir conhecimentos sobre produtos nas diferentes plataforma tecnológicas, ficaremos sempre a reboque da importação e, como hoje, focados meramente no preço de compra e venda do medicamento, perdendo a oportunidade de nos capacitar para em futuro breve, experimentar a autonomia e autossuficiência de produção local com pleno domínio da tecnologia, adquirida via PDPs.”

Os comentários do Artur Couto foram aditivados pelo Rodrigo Silvestre, que ressaltou a importância do MS determinar as linha de cuidados prioritários, para que os laboratórios oficiais possam planejar e construir seus projetos, em sinergia com as plataformas tecnológicas demandas para os diferentes produtos de mesma origem monoclonal, ganhando com isso economia de escala, verticalização de produção e competitividade.

“O que deve ser determinado na legislação é o norte, se o ministério tiver que validar cada vez que alguém quer decidir se compra um biorreator no mês um no mês dois, nunca vamos concluir o processo”

“A visão tem que ser sim de longo prazo, porque as doenças serão de longo prazo”.

“A nova indústria tem que ser o que está sendo posta aqui nesta sala: tecnologia, alto valor agregado, emprego, segurança... as cartas estão todas na mesa...”

Silvestre lembrou que o trabalho para a estruturação da Política de Estado foi realizado por várias pessoas que estão (participando) aqui na sala. “Sabemos que os órgãos de controle aprenderam, colocaram o complexo industrial como linha estratégica, e estão prestativos e acompanhado os processos; e penso que agora estamos prontos para retomar. Precisamos flexibilizar a avaliação e discutir tecnologia e não mais regulamentação, ou focar apenas no preço. Uma plataforma tem IFA, Produto, Serviços, Equipamentos, Formação, Absorção de Conhecimento, contribui para o aprimoramento do marco regulatório. O importante não é saber qual o hemoderivado, mas sim, quais os tratamentos para as coagulopatias que permitirão ao laboratório oficial estruturar a plataforma tecnológica e poder oferecer vários produtos.”

Hélio: O Secretário reconhece que é papel do MS orientar e monitorar, mas vive em eterna busca do equilíbrio entre ser dinâmico, para não ficar obsoleto e a necessidade de ser seguro. Solicita a compreensão e colaboração de todos pelo momento, ratificando que precisamos disponibilizar informações seguras, para deixar tudo transparente para os órgãos de controle. “Vocês vão precisar ajudar muito a SCTIE na busca de soluções, de chegar nesse equilíbrio, que não existe receita de bolo pronta, mas existe a necessidade desse equilíbrio ser dinâmico com segurança e tentar não retardar o processo, e poder dar respostas rápidas por isso. “Falei da importância de recompor o GECIS, ter uma Equipe bem estrutura para agilizar os processos. Temos muitas demandas e sem Equipe forte e bem estruturada, no âmbito do regimento do MS, é difícil deslanchar; então da nossa parte temos o compromisso de estruturar uma Equipe forte para responder e dar respostas aos anseios de toda cadeia.”

Marco Krieger: Em sua intervenção exaltou o momento, evidenciando que de fato participamos de Política de Estado. ”Neste momento, estão na sala representantes do executivo, legislativo, laboratórios oficiais, representantes da iniciativa privada, parceiros estratégicos... o que demonstra que a Política transcende a qualquer iniciativa isolada de qualquer instituição, mais do que ser complementar, é sinérgica aos esforços de todos. A retomada (do GECIS e do CIS) é muito importante, a pandemia comprovou o papel estratégico de algumas áreas do segmento produtivo brasileiro, onde o Complexo Industrial da Saúde teve grande destaque não só com medicamentos, mas com produtos para saúde, também. Nos últimos anos temos uma curva de aprendizado absorvido que pode e deve ser incorporada, com a colaboração de todos, ao novo Marco Regulatório, nesta releitura. O índice de sucesso com as PDPs é elevado, graças aos investimentos realizados em plataformas tecnológicas, que como já mencionado, não são exclusivas para o produto, mas infraestruturas tecnológicas, capazes de proporcionar rápida nacionalização de outros produtos, como está ocorrendo com a Vacina contra o Covid-19, onde – embora produzida em outro pais – teremos a oportunidade de contribuir com algumas etapas do processo, possibilitadas pela competência e capacitação da Equipe em processos análogos.”

Hélio: “O desafio é fortalecer a Política, sem perder aqueles ideais que motivaram sua criação, claro que sofrem críticas, obstáculos, revezes, mas este é o desafio de toda Equipe aqui reunida, que vem mantendo os mesmos ideais, como transformar e evoluir nos atos normativos existentes para proporcionar maior segurança para podermos caminhar com mais tranquilidade.

Lembro que o Dep. Ricardo Barros, de forma muito pertinente, evidenciou a necessidade do comprometimento em relação aos órgãos de controle (quem tem problemas com TCU que vá lá e tente resolver, quem tem problema no Ministério, precisa ir lá e resolver, disse Barros), embora contemos com a celeridade e a resolutividade deles, é imprescindível desembolar todas as questões existentes, “Que tenho certeza que não era intenção de ninguém criá-las”. Esta é a oportunidade para fortalecer esta Política, torná-la mais estratégica e previsível para quem todos possam fazer seus planejamentos e investir de forma responsável.

Odnir Finotti: Depois de fazer a introdução falando da experiência de parceiro tecnológico privado da Fiocruz – Biomanguinhos com a vivência e assimilação de processos e tecnologias, vê com satisfação a convergência de pautas para a consolidação e fortalecimento da Política Brasileira para o Complexo Industrial e Econômico da Saúde. “Em nossa trajetória já tivemos a possibilidade trabalhar junto com sete secretários da SCTIE, que nunca deixaram de apoiar e de ter vontade para que se desenvolvem os projetos. Não estamos executando a Política estamos fazendo a Política no dia a dia, mas o que quero colocar é na ordem do “fazimento” o que rege o Marco Regulatório preconizado pela Portaria 2531, que está em vigor para as PDPs compromissadas, e que poderá ser aprimorado pelo Decreto 9245 de 2017. Não menos importante é lembrar que os dois diplomas foram estruturados com a ampla participação de todos aqui e, também, dos órgãos de controle. O curioso é que quando a Portaria 2531 é lida com cuidadosamente encontramos lá todas as respostas. A maior dificuldade que enfrentamos é que cada gestor que chega, e será sempre assim, a Instituição se perpetua, mas os gestores mudam, nos dá a impressão e que desconhece a caminhada e quer dar sua interpretação do que está escrito na norma jurídica. Minha sugestão é que precisa existir uma harmonização, integração de todos departamentos dentro do Ministério da Saúde, para que todos fiquem na mesma linha “ombreados” e participem do “fazimento” da Política Industrial. Vamos conversar mais e trabalhar dentro do Marco Regulatório existente, porque todos os compromissos assumidos entre nós são fundamentados nele.”

Hélio: ‘Um País forte sem indústria forte é quase um oxímetro... fica algo contraditório, que não faz muito sentido, precisamos de uma indústria forte que gere emprego, gere autonomia que tenha valor estratégico”

Quanto ao alinhamento do trabalho no MS, no contexto de extrema transparência, as Equipes têm se reunido, estamos envolvendo o CONJUR, Diretoria de Integridade, Departamento de Assistência Farmacêutica e insumos estratégicos, Complexo Industrial da Saúde, Secretaria Executiva, Gabinete do Ministro.

Então, assim há de fato um alinhamento quando o Ministro vem e fala que a PDP tem valor estratégico; essa é uma visão compartilhada por todos. Quando entramos na questão da interpretação jurídica é um desafio, porque para a mesma coisa escrita, o entendimento sobre variações; daí a importância do trabalho que o Ministro vem fomentando; divulgar e pactuar com CONASS e CONASEMS para que haja um legado de informações, onde também entra a indústria e o Complexo Industrial da Saúde. Nosso trabalho aqui em cooperação com TCU é no sentido de pacificar as compreensões do que está na letra da Lei, para daqui a 5, 10 anos não infartar; eu imagino o sufoco que um gestor passa, tentando vencer os obstáculos colocados pelas normativas, para pensar em sustentabilidade a longo prazo. e então, da SCTIE há um compromisso de interligar as diversas esferas do SUS e do MS nessas compreensões e tentar com máximo zelo possível proporcionar segurança para Todos; qual a regra do jogo, qual a compreensão legal que se tem de tudo isso par que se evite esses sobressaltos no futuro próximo. 

Mirna:  “Para soberania nacional, a questão de nacionalizações de tecnologias é estratégica para manter o SUS de pé”. Agora chegou a hora de realmente conseguirmos tirar muita coisa do papel e deixar o discurso para avançar na concretização de alguns projetos. O trabalho realizado pelo Complexo Industrial e Econômico da Saúde nos últimos anos proporcionou grande avanços, mesmo tendo assistido a extinção do Departamento do Complexo Industrial -  DECIIS, “Que foi lamentável e que gostaria relembrar e postar que foi uma decisão do próprio MS, aliás da própria Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – SCTIE”. Recebemos com alegria a iniciativa de retomada deste importante trabalho (GECIS, DECIIS, CTA, CE), com a reconstituição dos colegiados. Podemos ganhar tempo evitando retrabalhos, recuperando as propostas do Marco Regulatório para os IFAs, que foi amplamente discutido com o segmento e, também, entre os órgãos de controle e regulação, MCTIC e outros atores. O mesmo ocorreu com o projeto dos chamados negligenciados, mencionados pela Alfob, também, existe uma proposta já discutida com o Departamento de Assistência Farmacêutica, que pode ser aproveitado.

Hélio: Temos exatamente o mesmo entendimento; precisamos reformular e recompor o GECIS e ter uma Equipe para dar prosseguimento às avaliações necessárias sobre todo este material criado, e continuar o diálogo e o aprimoramento desta Política.

Henrique Tada: Reiterando os pontos levantados, faz coro com as demandas das demais entidades e, em especial, a necessária revisão de preços de vários medicamentos. Registrando a satisfação de verificar os avanços e a determinação da SCTIE de resolver os problemas e avançar com as PDPs.

Ao encerrar a reunião, antes de passar a palavra ao Secretário para suas considerações finais, o Dep. Ricardo Barros, agradeceu a todos, enalteceu a qualidade do debate citando a maturidade e o crescimento do Grupo e que todos agora conhecem os posicionamentos da nova Equipe do Governo, sem deixar de oportunizar a presença da Equipe do MS, durante toda reunião, bem como vários novos diretores de instituições parceiras. “Espero que possamos continuar este debate lembrando as palavras do Ministro; TRABALHO, TRABALHO, TRABALHO.

Vamos juntos superar estes entraves que estão há anos sobre as PDPs, se não houver um esforço repetitivo, trabalho, determinação e empenho de cada um que tem algum tema para ser resolvido.

Passando a palavra ao Secretário, que igualmente agradeceu a todos. Retomou as afirmações sobre a questão dos preços, dizendo que “a questão de preço é uma demanda intimamente ligada à sustentabilidade das Parcerias, das nossas indústrias, e está sendo devidamente observada e analisada pela nossa Equipe. Há uma necessidade de modernizar o Estado quanto a regulação de preços, que comparado a outros países, se verifica um engessamento, com uma rigidez que compromete a indústria nacional e está no nosso radar.

Citando a fala do Ministro, reitera que “vamos trabalhar, continuar trabalhando, porque esta reunião foi trabalho, então vamos continuar trabalhando firmes aqui para dar celeridade aos processos, mesmo porque compreendemos todo anseio e toda necessidade de realmente caminhar, ir para frente e chegar a resolutividade neste processo, responder de forma eficaz os questionamentos feitos ao MS e diretamente às Parcerias em andamento, e enfim com celeridade chegar numa boa resolução e levar no final de tudo o que importa: - levar assistência adequada para o cidadão, é isso que a gente está buscando, isso é estratégico, isso é valioso é o que sempre falo que tem valor não tem custo é claro que tem um custo para que isso tudo aconteça, mas existe um valor que está por trás de tudo isso que é o bem do cidadão brasileiro, então com esse valor em mente, com isso como nosso grande ideal a gente vai caminhar, entender a importância das PDPs para o Brasil”

Muito obrigado pela presença de todos e um grande abraço em nome do Ministro.

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