Durante a reunião contamos com a participação de outros parlamentares,
Dep. Pedro Lupion: Reiterou
seu apoio a retomada do desenvolvimento das PDPs, notadamente a sua importância
para o SUS e para a disponibilização de medicamentos à população, destacando
sua responsabilidade, dedicação e trabalho em torno da saúde pública, se
colocando à disposição para apoiar as iniciativas que dependam da Câmara dos
Deputados.
Dep. Luizinho: Destacou
a importância do comprometimento com as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo.
“Sabemos das necessidades evidenciadas, vivenciamos nesta pandemia as
dificuldades de falta de soberania e autossuficiência em produtos e insumos
estratégicos. Sem soberania não teremos futuro, não tem futuro no mundo quem
não tiver soberania, principalmente na área da saúde. Temos muito a avançar
para destravar esta pauta.
Temos empresas estratégicas
que precisam maior segurança. Vimos recentemente a importância das parcerias
para o desenvolvimento dos laboratórios oficiais.
Temos o maior mercado consumidor
centralizado do mundo, que é o SUS. Precisamos utilizar este mercado, gerar
empregos e renda em nosso País, e não tem outra maneira se não for a relação de
emprego e renda, através do desenvolvimento produtivo de empresas no Brasil.
Conte conosco. A indústria no Brasil pode contar conosco!!!
Sen. Nelson Trad: Ressaltou
que o apoio político dentro do Congresso Nacional é fundamental para o avanço
das políticas implementadas pelo Executivo. “E nós estamos aqui para poder
emprestar esse apoio político aproveitando para parabenizar o trabalho
desenvolvido por todos.”
Passando para o bloco das
perguntas
Nelson Mussolini: “Precisamos
discutir a questão de regulamentação de preços, temos uma série de produtos,
inclusive oncológicos, que deixaram e outros que estão deixando de ser
produzidos no nosso País, por falta de modernização e atualização dos atuais
preços que tem mais de 20 anos o marco regulatório mudou e os custos se
inviabilizaram fazendo com que o Brasil perca grandes oportunidades.”
Hélio: ‘Entendo
que a questão da regulamentação de preços realmente foi negligenciada e
compromete a capacidade produtiva de medicamentos. Posso transmitir que o
Governo tem interesse em fomentar a produção nacional de medicamentos
estratégicos e negligenciados. Muitos estão abaixo do preço internacional e
praticamente não são produzidos; no caso dos produtos para doenças
negligenciadas o público é restrito, mas precisamos suprir até por questões
humanitárias. Temos trabalhado, também, para possibilitar o aprimoramento da
regulação de preços no Brasil, que está desatualizada e obsoleta.
Precisamos avaliar; estudamos
uma Medida Provisória para ajudar nesta questão, e devemos ter maiores
novidades dentro em breve. Este é um ponto já pacífico na Equipe”.
Artur Couto:
questiona 2 pontos:
a. Abertura
de pauta para ALFOB, para alinhar com o Ministério o tema de produtos
negligenciados e os produtos órfãos
“Pauta recorrente nas nossas
solicitações de reunião. Entendemos ser de grande importância para a missão dos
laboratórios oficiais e de grande valia para o Ministério.”
b. O
Segundo ponto é sobre a segurança jurídica (Tema que afeta toda cadeia
envolvida com as PDPs)
. “Toda vez que precisamos
discutir uma parceria com o MS, precisamos tratar com diversas frentes dentro
da pasta ou com diversos ministérios, como nós falamos. Cada pessoa apresenta
sua lógica, que invariavelmente são diferentes a cada momento que tratam o tema
– se perdem as tratativas que motivaram a aprovação do projeto na sua origem.
As constantes mudanças terminam por influenciar no andamento e cumprimento do
contrato, tema muito delicado que acaba comprometendo toda cadeia, inclusive
expondo não conformidades para a avaliação do TCU que tempos (anos) depois se
depara com preços, cronogramas, cumprimento de fases diferentes do compromisso
original. Essa insegurança é muito ruim para toda cadeia.”
Hélio: responde:
i. “A
questão dos produtos negligenciados, como nós já falamos, é uma questão que,
também, julgamos estratégica; vamos sim ter esse espaço para discussão e
elencar quais são os medicamentos onde é necessário investir, qual a melhor
forma de investir, como fazer isso com segurança, e aí entramos naquela questão
da segurança jurídica.”
ii. Em
resposta a questão sobre a insegurança jurídica dos processos das PDPs o
secretário destacou a pertinência do momento para reafirmar os conceitos
existentes, que construíram a política, e, encaminhá-los.
Ressalta a importância da
participação dos órgãos de controle nesta construção, porque eles emitirão
pareceres e determinarão algumas questões, e por isso sua concordância é
fundamental para consolidar o entendimento e pactuá-los; só aí teremos
segurança e previsibilidade. Precisamos acomodar essa visão dos órgãos de
controle o mais rápido possível.
Destacou que esta construção
será tratada com a ampla participação do segmento, para melhor aprofundamento
dos temas e para estruturar as bases que permitirão previsibilidade.
Compreender e acomodar, o
quanto antes, será importante para não dar chance de mudar depois, quando
chegar novo gestor que queira implementar mudanças que comprometam o macro
planejamento, que suportam e garantam a sustentabilidade de todo processo nas
Instituições e Empresas Parceiras.
“Entendemos que esta é uma
questão delicada, muito delicada, mas que precisa ser tratada emergencialmente
justamente para evitar solavancos, sobressaltos na política para os próximos
anos.
Com segurança ganhamos
previsibilidade e a partir daí se consegue planejar, monitorar, ganhar
capacidade de sustentabilidade tendo lucro que permita as empresas investirem
de fato e se empenharem em produzir aquilo que é estratégico para o país sem
comprometer sua estrutura.
Outro tema importantíssimo é
termos uma Coordenação Geral, específica, para as questões de mediações
estratégicas, criar ali um ambiente de discussão, iniciativa que tem o pleno
apoio da gestão, com certeza.”
Concluindo:
1. O MS
tem interesse em avançar com a pauta dos produtos negligenciados e órfãos, e deverá
receber a ALFOB para tratar do tema;
2. Para
construir e proporcionar maior segurança jurídica, o Secretário propõe
participação e harmonização do marco regulatório com os órgãos de controle,
TCU...;
3. MS vai
recriar o Departamento para unificar a interlocução com a pasta.
4. O
Presidente da Frente Parlamentar, Dep. Ricardo Barros, ao comentar a
intervenção do Ministro, se posicionou claramente - ”Quem tem problemas com TCU que vá lá e
tente resolver, quem tem problema no Ministério, precisa ir lá e resolver.
Precisamos do esforço conjunto para sanar as dúvidas que existem nos processos
das PDPs. Todos nós sabemos que as PDPs são boas para o Brasil.
Todos verificamos o
alinhamento do Ministro com as Instituições, todos viram que os posicionamentos
estão na mesma direção, atuação do CTA do CD, validação da portaria de
redistribuição que permitirá a avaliação da PDPs dentro dos percentuais, são
expectativas do segmento que esperamos há anos.”
Júlio Felix: Questiona
quando teremos a operacionalização da Política de Desenvolvimento Produtivo, em
que momento no cronograma ao longo do tempo iniciaremos a efetiva
operacionalização dos contratos na égide do novo marco regulatório.
Hélio: “Realmente
gostaríamos de ter uma data definida, mas o que posso trazer de fato concreto é
que este mês (setembro) nós já planejamos a primeira reunião do CTA e do CD,
para começar a avaliar todo passivo; o que depende de nós e tentaremos dar a
maior celeridade possível, mas como já mencionei, para ter segurança, nós
dependemos do feedback da indústria; vamos pedir informações, para ajudar a
compreender cada processo, cada contrato, porque dependem do aval dos órgãos de
controle. Então, quando dermos um passo, queremos contar com o amparo da CGU,
do TCU, da Diretoria de Integridade, para não dar passos apressados que nos
façam retroceder depois. É um serviço muito grande para toda sociedade, para
todo complexo industrial e econômico da saúde, então teremos:
- Recomposição do CTA e do CD
com o compromisso imediato de reavaliar todos os processos que estão parados e
as PDPs suspensas, sem negligenciar as que estão abertas, seguindo seus
cronogramas; lembrando que dependemos de outros parceiros para dar segurança
jurídica. Percebemos que eles estão empenhados em dar celeridade em suas análises.
Temos provocado a Diretoria de Integridade, os órgãos de controle.
Gostaríamos de precisar uma
data, mas a da recomposição do CTA e do CD podemos confirmar ainda este mês de
setembro, preferencialmente ainda na primeira quinzena.
Queremos já a partir deste
momento estabelecer um cronograma de análise que será compartilhado com todos,
sem qualquer problema.”
Coronel Galvão: propõem
que, face a pandemia e a impossibilidade de operação em algumas atividades, os
cronogramas das PDPs sejam postergados proporcionalmente ao tempo parado.
Hélio: “Entendo
que o ideal seria que a SCTIE realize uma provocação por ofício, solicitando esta
análise, para poder verificar o impacto causado pela pandemia nos cronogramas
de execução das PDPs. De posse da resposta desta provocação, convocaremos a
área técnica, a Diretoria de Integridade, e o CONJUR para avaliar, e acredito
que tenhamos uma resposta favorável. Hoje não vejo dificuldades em ajustar
prazos e vigências, motivadas pela pandemia que afetou o mundo inteiro.”
Sérgio Frangioni: lembrou
e questionou a implantação do marco regulatório para os IFAs, sugerindo
reenviá-lo à SCTIE
Hélio: “Pode
enviar todo esse material do Marco Regulatório dos IFAs... é prioritário.”
Telma Salles: lembrou a demanda sobre pedidos de patentes ainda não analisados no INPI que afetam as PDPs, se comprometendo a reenviar a lista para a SCTIE
Hélio: “Importante
destacar que justamente estamos trabalhando na recomposição do Departamento do
Complexo Industrial e que muitos processos ficaram parados ou saíram do radar;
agora é o momento de resgatá-los, recompor a Equipe e fortalecer o DECIIS, até
porque precisamos dar respostas à todas estas demandas.
Mande a lista para a SCTIE,
para análise, e em seguida sinalizaremos como o trabalho será conduzido.”
Eduardo Jorge: destaca
a importância do segmento de dispositivos médicos e seu papel estruturante na
produção de equipamentos, mas também no suprimento dos consumíveis, e como
estão e deverão ser mais inseridos nos projetos de PDPs
Hélio: ao
comentar o Secretário da SCTIE traz a pauta os impactos que poderão afetar as
relações internacionais em especial aos países dependentes de produtos e
insumos, como o Brasil. “Precisamos reavaliar as questões de segurança
nacional, reavaliar a nossa capacidade produtiva, embora ainda dependemos de
mecanismos internacionais que trazem tecnologias, intercâmbio de informações,
produtos e insumos. Neste contexto o papel da indústria nacional é crucial,
para disponibilizar com segurança para os insumos estratégicos e essenciais.
As PDPs de produto médicos
fazem parte da pauta emergencial, até pelas mudanças realizadas em algumas
parcerias para que pudessem proporcionar rápida resposta durante a pandemia.”
Jorge Callado: Trouxe
à pauta a longevidade dos contratos de transferência de tecnologia versos a
velocidade de atualização tecnológica de produtos e plataformas produtivas, e
solicita que seja revisto.
Hélio: “Considero
a observação oportuna e crucial para o horizonte futuro. Como sabemos a
tecnologia se atualiza em um, dois anos... em vertiginosa velocidade. Quando
falamos de 5 ou 10 anos corremos o risco de ficar obsoletos.
Todos estes temas poderão ser
revistos no marco regulatório, poderemos focar na solução ao invés de no
medicamento.”
Novamente o Secretário evoca a
necessidade de trazer os órgãos de controle para esse entendimento. Ressaltando
que precisará da visão do segmento, colaborando com a discussão e construção do
novo Marco Regulatório
Na sequência da resposta do
Secretário o Presidente da Alfob, Artur Couto, pediu a palavra
e fez comentários sobre a questão dos prazos de transferência das tecnologias e
da importância do entendimento sobre os focos principais que são as plataformas
tecnológicas adquiridas, através das PDPs, que permitirão o desenvolvimento de
outros e novos produtos no País, quando a tendência dos órgãos de controle e
até do próprio Ministério da Saúde é de tratar o projeto pelo produto, o que se
desvirtua com a mera avaliação financeira do custo ou do preço de venda do
produto ao MS, sem levar em consideração os elevadíssimos investimentos
demandados para construção da planta industrial. O mesmo ocorre com a forma de
olhar o cronograma de implantação. “Tendemos a não considerar que a plataforma
tecnológica recebida permanece de forma quase que definitiva e que pode e deve
ser base para pesquisa, desenvolvimento e produção de outros e novos produtos.
No mundo, plataformas tecnológicas de cultivo celular para biofármacos, vacinas
virais, dentre outros produtos de origem biológica, levaram dezenas de anos
para serem desenvolvidas, e no Brasil com a PDPs estamos tendo a oportunidade
de absorvê-las e a dominar a tecnologia em 4 a 5 anos, e a nos capacitar a
produzir medicamentos biossimilares, integralmente, dentro dos períodos
contratuais de até 10 anos.
Sem adquirir tecnologias da
fronteira do conhecimento, e transferir conhecimentos sobre produtos nas
diferentes plataforma tecnológicas, ficaremos sempre a reboque da importação e,
como hoje, focados meramente no preço de compra e venda do medicamento,
perdendo a oportunidade de nos capacitar para em futuro breve, experimentar a
autonomia e autossuficiência de produção local com pleno domínio da tecnologia,
adquirida via PDPs.”
Os comentários do Artur
Couto foram aditivados pelo Rodrigo Silvestre, que
ressaltou a importância do MS determinar as linha de cuidados prioritários,
para que os laboratórios oficiais possam planejar e construir seus projetos, em
sinergia com as plataformas tecnológicas demandas para os diferentes produtos
de mesma origem monoclonal, ganhando com isso economia de escala,
verticalização de produção e competitividade.
“O que deve ser determinado na
legislação é o norte, se o ministério tiver que validar cada vez que alguém
quer decidir se compra um biorreator no mês um no mês dois, nunca vamos
concluir o processo”
“A visão tem que ser sim de
longo prazo, porque as doenças serão de longo prazo”.
“A nova indústria tem que ser
o que está sendo posta aqui nesta sala: tecnologia, alto valor agregado,
emprego, segurança... as cartas estão todas na mesa...”
Silvestre lembrou que o
trabalho para a estruturação da Política de Estado foi realizado por várias
pessoas que estão (participando) aqui na sala. “Sabemos que os órgãos de
controle aprenderam, colocaram o complexo industrial como linha estratégica, e
estão prestativos e acompanhado os processos; e penso que agora estamos prontos
para retomar. Precisamos flexibilizar a avaliação e discutir tecnologia e não
mais regulamentação, ou focar apenas no preço. Uma plataforma tem IFA, Produto,
Serviços, Equipamentos, Formação, Absorção de Conhecimento, contribui para o
aprimoramento do marco regulatório. O importante não é saber qual o
hemoderivado, mas sim, quais os tratamentos para as coagulopatias que
permitirão ao laboratório oficial estruturar a plataforma tecnológica e poder
oferecer vários produtos.”
Hélio: O
Secretário reconhece que é papel do MS orientar e monitorar, mas vive em eterna
busca do equilíbrio entre ser dinâmico, para não ficar obsoleto e a necessidade
de ser seguro. Solicita a compreensão e colaboração de todos pelo momento,
ratificando que precisamos disponibilizar informações seguras, para deixar tudo
transparente para os órgãos de controle. “Vocês vão precisar ajudar muito a
SCTIE na busca de soluções, de chegar nesse equilíbrio, que não existe receita
de bolo pronta, mas existe a necessidade desse equilíbrio ser dinâmico com
segurança e tentar não retardar o processo, e poder dar respostas rápidas por
isso. “Falei da importância de recompor o GECIS, ter uma Equipe bem estrutura
para agilizar os processos. Temos muitas demandas e sem Equipe forte e bem
estruturada, no âmbito do regimento do MS, é difícil deslanchar; então da nossa
parte temos o compromisso de estruturar uma Equipe forte para responder e dar
respostas aos anseios de toda cadeia.”
Marco Krieger: Em
sua intervenção exaltou o momento, evidenciando que de fato participamos de
Política de Estado. ”Neste momento, estão na sala representantes do executivo,
legislativo, laboratórios oficiais, representantes da iniciativa privada,
parceiros estratégicos... o que demonstra que a Política transcende a qualquer
iniciativa isolada de qualquer instituição, mais do que ser complementar, é
sinérgica aos esforços de todos. A retomada (do GECIS e do CIS) é muito
importante, a pandemia comprovou o papel estratégico de algumas áreas do
segmento produtivo brasileiro, onde o Complexo Industrial da Saúde teve grande
destaque não só com medicamentos, mas com produtos para saúde, também. Nos
últimos anos temos uma curva de aprendizado absorvido que pode e deve ser
incorporada, com a colaboração de todos, ao novo Marco Regulatório, nesta
releitura. O índice de sucesso com as PDPs é elevado, graças aos investimentos
realizados em plataformas tecnológicas, que como já mencionado, não são
exclusivas para o produto, mas infraestruturas tecnológicas, capazes de
proporcionar rápida nacionalização de outros produtos, como está ocorrendo com
a Vacina contra o Covid-19, onde – embora produzida em outro pais – teremos a
oportunidade de contribuir com algumas etapas do processo, possibilitadas pela
competência e capacitação da Equipe em processos análogos.”
Hélio: “O
desafio é fortalecer a Política, sem perder aqueles ideais que motivaram sua
criação, claro que sofrem críticas, obstáculos, revezes, mas este é o desafio
de toda Equipe aqui reunida, que vem mantendo os mesmos ideais, como
transformar e evoluir nos atos normativos existentes para proporcionar maior
segurança para podermos caminhar com mais tranquilidade.
Lembro que o Dep. Ricardo
Barros, de forma muito pertinente, evidenciou a necessidade do comprometimento
em relação aos órgãos de controle (quem tem problemas com TCU que vá lá e tente
resolver, quem tem problema no Ministério, precisa ir lá e resolver, disse
Barros), embora contemos com a celeridade e a resolutividade deles, é
imprescindível desembolar todas as questões existentes, “Que tenho certeza que
não era intenção de ninguém criá-las”. Esta é a oportunidade para fortalecer
esta Política, torná-la mais estratégica e previsível para quem todos possam
fazer seus planejamentos e investir de forma responsável.
Odnir Finotti: Depois
de fazer a introdução falando da experiência de parceiro tecnológico privado da
Fiocruz – Biomanguinhos com a vivência e assimilação de processos e
tecnologias, vê com satisfação a convergência de pautas para a consolidação e
fortalecimento da Política Brasileira para o Complexo Industrial e Econômico da
Saúde. “Em nossa trajetória já tivemos a possibilidade trabalhar junto com sete
secretários da SCTIE, que nunca deixaram de apoiar e de ter vontade para que se
desenvolvem os projetos. Não estamos executando a Política estamos fazendo a
Política no dia a dia, mas o que quero colocar é na ordem do “fazimento” o que
rege o Marco Regulatório preconizado pela Portaria 2531, que está em vigor para
as PDPs compromissadas, e que poderá ser aprimorado pelo Decreto 9245 de 2017.
Não menos importante é lembrar que os dois diplomas foram estruturados com a
ampla participação de todos aqui e, também, dos órgãos de controle. O curioso é
que quando a Portaria 2531 é lida com cuidadosamente encontramos lá todas as
respostas. A maior dificuldade que enfrentamos é que cada gestor que chega, e
será sempre assim, a Instituição se perpetua, mas os gestores mudam, nos dá a
impressão e que desconhece a caminhada e quer dar sua interpretação do que está
escrito na norma jurídica. Minha sugestão é que precisa existir uma
harmonização, integração de todos departamentos dentro do Ministério da Saúde,
para que todos fiquem na mesma linha “ombreados” e participem do “fazimento” da
Política Industrial. Vamos conversar mais e trabalhar dentro do Marco
Regulatório existente, porque todos os compromissos assumidos entre nós são
fundamentados nele.”
Hélio: ‘Um
País forte sem indústria forte é quase um oxímetro... fica algo contraditório,
que não faz muito sentido, precisamos de uma indústria forte que gere emprego,
gere autonomia que tenha valor estratégico”
Quanto ao alinhamento do
trabalho no MS, no contexto de extrema transparência, as Equipes têm se
reunido, estamos envolvendo o CONJUR, Diretoria de Integridade, Departamento de
Assistência Farmacêutica e insumos estratégicos, Complexo Industrial da Saúde,
Secretaria Executiva, Gabinete do Ministro.
Então, assim há de fato um
alinhamento quando o Ministro vem e fala que a PDP tem valor estratégico; essa
é uma visão compartilhada por todos. Quando entramos na questão da
interpretação jurídica é um desafio, porque para a mesma coisa escrita, o
entendimento sobre variações; daí a importância do trabalho que o Ministro vem
fomentando; divulgar e pactuar com CONASS e CONASEMS para que haja um legado de
informações, onde também entra a indústria e o Complexo Industrial da Saúde.
Nosso trabalho aqui em cooperação com TCU é no sentido de pacificar as
compreensões do que está na letra da Lei, para daqui a 5, 10 anos não infartar;
eu imagino o sufoco que um gestor passa, tentando vencer os obstáculos
colocados pelas normativas, para pensar em sustentabilidade a longo prazo. e
então, da SCTIE há um compromisso de interligar as diversas esferas do SUS e do
MS nessas compreensões e tentar com máximo zelo possível proporcionar segurança
para Todos; qual a regra do jogo, qual a compreensão legal que se tem de tudo
isso par que se evite esses sobressaltos no futuro próximo.
Mirna: “Para
soberania nacional, a questão de nacionalizações de tecnologias é estratégica
para manter o SUS de pé”. Agora chegou a hora de realmente conseguirmos tirar
muita coisa do papel e deixar o discurso para avançar na concretização de
alguns projetos. O trabalho realizado pelo Complexo Industrial e Econômico da
Saúde nos últimos anos proporcionou grande avanços, mesmo tendo assistido a
extinção do Departamento do Complexo Industrial - DECIIS, “Que foi
lamentável e que gostaria relembrar e postar que foi uma decisão do próprio MS,
aliás da própria Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos –
SCTIE”. Recebemos com alegria a iniciativa de retomada deste importante
trabalho (GECIS, DECIIS, CTA, CE), com a reconstituição dos colegiados. Podemos
ganhar tempo evitando retrabalhos, recuperando as propostas do Marco
Regulatório para os IFAs, que foi amplamente discutido com o segmento e,
também, entre os órgãos de controle e regulação, MCTIC e outros atores. O mesmo
ocorreu com o projeto dos chamados negligenciados, mencionados pela Alfob, também,
existe uma proposta já discutida com o Departamento de Assistência
Farmacêutica, que pode ser aproveitado.
Hélio: Temos
exatamente o mesmo entendimento; precisamos reformular e recompor o GECIS e ter
uma Equipe para dar prosseguimento às avaliações necessárias sobre todo este
material criado, e continuar o diálogo e o aprimoramento desta Política.
Henrique Tada: Reiterando
os pontos levantados, faz coro com as demandas das demais entidades e, em
especial, a necessária revisão de preços de vários medicamentos. Registrando a
satisfação de verificar os avanços e a determinação da SCTIE de resolver os
problemas e avançar com as PDPs.
Ao encerrar a reunião, antes
de passar a palavra ao Secretário para suas considerações finais, o Dep.
Ricardo Barros, agradeceu a todos, enalteceu a qualidade do debate citando a
maturidade e o crescimento do Grupo e que todos agora conhecem os
posicionamentos da nova Equipe do Governo, sem deixar de oportunizar a presença
da Equipe do MS, durante toda reunião, bem como vários novos diretores de
instituições parceiras. “Espero que possamos continuar este debate lembrando as
palavras do Ministro; TRABALHO, TRABALHO, TRABALHO.
Vamos juntos superar estes
entraves que estão há anos sobre as PDPs, se não houver um esforço repetitivo,
trabalho, determinação e empenho de cada um que tem algum tema para ser
resolvido.
Passando a palavra ao
Secretário, que igualmente agradeceu a todos. Retomou as afirmações sobre a
questão dos preços, dizendo que “a questão de preço é uma demanda intimamente
ligada à sustentabilidade das Parcerias, das nossas indústrias, e está sendo
devidamente observada e analisada pela nossa Equipe. Há uma necessidade de
modernizar o Estado quanto a regulação de preços, que comparado a outros
países, se verifica um engessamento, com uma rigidez que compromete a indústria
nacional e está no nosso radar.
Citando a fala do Ministro,
reitera que “vamos trabalhar, continuar trabalhando, porque esta reunião foi
trabalho, então vamos continuar trabalhando firmes aqui para dar celeridade aos
processos, mesmo porque compreendemos todo anseio e toda necessidade de
realmente caminhar, ir para frente e chegar a resolutividade neste processo,
responder de forma eficaz os questionamentos feitos ao MS e diretamente às
Parcerias em andamento, e enfim com celeridade chegar numa boa resolução e
levar no final de tudo o que importa: - levar assistência adequada para o
cidadão, é isso que a gente está buscando, isso é estratégico, isso é valioso é
o que sempre falo que tem valor não tem custo é claro que tem um custo para que
isso tudo aconteça, mas existe um valor que está por trás de tudo isso que é o
bem do cidadão brasileiro, então com esse valor em mente, com isso como nosso
grande ideal a gente vai caminhar, entender a importância das PDPs para o
Brasil”
Muito obrigado pela presença
de todos e um grande abraço em nome do Ministro.
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