AJUSTE FISCAL
Meta é garantir
competitividade do País, inclusive preservando o grau de investimento, para
proteger ganhos sociais e fortalecer nova classe média, diz ministro
Em anexo a apresentação
utilizada pelo Ministro no encontro almoço no LIDE.
O ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, destacou nesta segunda-feira (30), a importância do ajuste fiscal para
“reverter a deterioração fiscal e das contas externas” do País, responder ao
fim das políticas anticíclicas dos nossos principais parceiros comerciais,
reorientar a economia com o fim do ciclo de alta das commodities, garantir
condições de segurança e competitividade para a economia brasileira e proteger
os ganhos sociais, fortalecendo a nova classe média com a “inclusão por
oportunidades”.
As afirmações foram feitas em
São Paulo, durante um almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes
Empresariais (Lide), com a presença de 622 participantes. Em sua palestra “Um
Programa Econômico para o Brasil”, Levy salientou a importância da participação
de toda a sociedade no esforço do ajuste fiscal.
“Os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário precisam se empenhar num esforço único para alcançar uma
trajetória de sustentabilidade econômica”, alertou, inclusive para a manutenção
do grau de investimento, que sinaliza o País como bom pagador e destino seguro
para investidores estrangeiros.
“É preciso reverter a
deterioração fiscal e das contas externas, descontinuar as políticas
anticíclicas entre o Brasil, a China e os EUA – reconhecendo que o cenário
desses parceiros mudou -, proteger ganhos sociais, fortalecer a nova classe
média com a inclusão por oportunidades, além de garantir a segurança e
competitividade da nossa economia”, disse.
Executivo está cortando na
carne
Levy reiterou que o governo está
se empenhando na diminuição de gastos, na redução das renúncias fiscais
concedidas no ano passado, com foco na retomada da produção industrial, mas sem
se esquecer da demanda interna.
“Precisamos dar os sinais
corretos para a volta dos investimentos e é fundamental evitarmos riscos. Os
ajustes precisam ser feitos para não perdermos o ‘investment grade’, não
podemos criar novas despesas sem ter novas receitas e não devemos fazer
restrições à livre concorrência. Enfim, não podemos errar agora”, reforçou.
“Cortar na carne é importante.
Mas não tendo muita carne, não é fácil. No período à frente, temos que estar
muito atentos para não aumentar despesas e gastos. Isso é essencial para
garantir o equilíbrio e a sustentabilidade fiscal”, advertiu.
Mudanças estruturais
O ministro da Fazenda lembrou
que algumas medidas do ajuste fiscais são estruturais, como as regras que
alteram o seguro-desemprego. Tais mudanças visam desestimular a rotatividade
nas empresas e melhorar a qualidade da oferta de trabalho. “Queremos aumentar a
capacidade da empresa em investir no seu trabalhador. A gente precisa agir
rapidamente para voltar a crescer”, recomendou o ministro.
Resultado do PIB mostra
transição
O ministro da Fazenda comentou
ainda o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, divulgado na
semana passada, que mostrou crescimento de 0,1% em 2014. "O resultado do
PIB mostrou que estamos em uma transição. Começa a haver recuperação das exportações.
No ano passado a contribuição foi neutra. Nesse ano, esperamos que ela possa
ajudar o setor externo", avaliou.
Levy disse que o resultado do
PIB de 2014 já era esperado e as ações do governo para este ano a serem
colocadas em prática requerem uma agenda de crescimento: na produção,
infraestrutura, logística, ajustes fiscais, energia, convergência da inflação
para a meta de 4,5%, queda dos juros, entre outros.
O ministro finalizou afirmando
confiar no empresário, no seu poder de inovar, de ganhar novos mercados para
nos tornarmos mais competitivos. “O ajuste vai ser muito duro, vai ser rápido e
exigirá esforços de todos”, reforçou.
Fonte: Portal Brasil com informações do Lide e do Ministério da Fazenda
Fonte: Portal Brasil com informações do Lide e do Ministério da Fazenda
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