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sábado, 13 de junho de 2015

Superintendente da Anvisa admite falhas no controle de efeitos adversos de anticoncepcionais

Daniel de Freitas: a Anvisa está trabalhando para aperfeiçoar os sistemas fundamentais no controle dos efeitos colaterais de medicamentos.

Durante audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família, o superintendente substituto de Fiscalização, Controle e Monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniel Roberto Coradi de Freitas, admitiu que existem falhas no sistema de controle dos efeitos adversos dos anticoncepcionais.

Na reunião solicitada para discutir os efeitos nocivos do uso de anticoncepcionais hormonais, a representante do Coletivo "Vítimas de Anticoncepcionais - Unidas a Favor da Vida", Carla Simone da Silva,  afirmou que a comunidade criada no Facebook conta atualmente com mais de 50 mil seguidores, dando visibilidade ao problema.

Para Carla Simone, que sofreu três acidentes vasculares cerebrais por causa do uso de anticoncepcionais, uma das causas do problema com anticoncepcionais é a ausência de fiscalização por parte dos agentes governamentais e a prescrição indiscriminada por parte dos médicos. "A falta de informação sobre outros métodos contraceptivos. Uma venda indiscriminada e um receituário indiscriminado dos métodos hormonais. Só se fala dos benefícios, não se fala dos riscos."

Sistema de notificação 
Daniel de Freitas disse ainda que há falhas também no sistema de notificação da Anvisa, o que leva a uma subnotificação elevada. Ele informou que a agência está trabalhando para aperfeiçoar os sistemas fundamentais no controle dos efeitos colaterais de medicamentos. "São dois mecanismos de controle, tanto a fiscalização dos laboratórios para garantir a qualidade do produto como o monitoramento dos eventos adversos, e é justamente esse ponto de monitoramento dos eventos adversos que, é claro, a agência precisa melhorar muito o seu papel.


Mara Gabrilli: é preciso alertar as mulheres para os perigos dos hormônios e orientar os médicos a prescreverem esse medicamento de forma segura.

Prescrição segura
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirmou que é preciso alertar as mulheres para os perigos dos hormônios e orientar os médicos a prescreverem esse medicamento de forma segura. "A gente não quer que as pessoas se afastem do anticoncepcional, mas a gente quer que as pessoas tenham outras informações de outros modos contraceptivos que também são muito eficazes."

Os anticoncepcionais foram criados na década de 1960 e são largamente utilizados em todo o mundo. Apesar da resistência da sociedade médica, o coletivo Vítimas de Anticoncepcionais defende a realização de exame para detectar a pré-disposição da mulher à trombose antes do início do tratamento.

A trombose é um coágulo que se forma em veias ou artérias que ao se deslocar poder causar acidentes vasculares cerebrais, embolias pulmonares e paradas cardíacas.

Reportagem - Karla Alessandra - Edição – Regina Céli Assumpção, Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

Agência Câmara Notícias



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