Três casos foram confirmados até o momento, dois em São
Paulo e um no Rio Grande do Norte
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgará um alerta sobre a confirmação da
presença de bactérias portadoras do gene mcr-1 no Brasil, que tem a capacidade
de torná-las imunes a Colistina, uma classe de antibióticos considerada como a
última defesa no combate contra bactérias multirresistentes.
Todos os hospitais com leitos
de unidade de terapia intensiva receberão o comunicado de risco, no qual a
Anvisa reforçará sobre a necessidade de atenção para o risco por parte das
equipes de saúde, além de listar quais medidas são necessárias para diagnóstico
e quais providências devem ser adotadas no caso de confirmação da presença de
bactérias portadoras desse gene.
Até o momento, três casos de
pacientes infectados pela portadora da mutação, a bactéria Escherichia coli,
foram confirmados no Brasil. Dentre eles, dois em São Paulo e um no Rio Grande
do Norte. Além desses, três casos estão sob análise no Instituto Adolfo Lutz,
de São Paulo. “Estamos preocupados. Uma das últimas armas que temos para combater
infecções multirresistentes pode tornar-se também inútil”, diz a gerente da
área de Vigilância e Monitoramento da Anvisa, Magda Machado de Miranda.
“Ficaríamos sem opção terapêutica”, conclui.
Descoberta na China, a
bactéria com mutação também já foi confirmada em Países da Europa, Ásia e
África. “O gene, não significa, por si só, que a bactéria será
multirresistente”, conta o gerente de tecnologia e serviços de saúde, Diogo
Soares, que comparou o gene com uma armadura, que pode ser utilizada pela bactéria
contra o ataque de antibióticos.
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