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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Esplanada é iluminada de rosa pela prevenção ao câncer de mama

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Em alusão a campanha do Outubro Rosa, durante todo o mês, a Esplanada dos Ministérios e o prédio sede do Ministério da Saúde, em Brasília, ficarão iluminados de rosa. O objetivo é reforçar a importância das ações de controle do câncer de mama e desmistificar conceitos em relação à doença. O tema da campanha escolhido pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) é “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”.
Atualmente, este tipo de câncer é o mais incidente entre as mulheres depois do de pele não melanoma. Segundo o INCA, só em 2016 são esperados 57.960 casos em todo o país e, por ano, o câncer de mama corresponde a cerca de 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres neste período. Entretanto, se for descoberto no começo, o tratamento é mais eficaz, podendo evitar terapias mais agressivas.

 A psicanalista Maria José Miguel, de 70 anos, descobriu o câncer de mama em 2005, há 11 anos, logo após ler uma reportagem de uma mulher que havia diagnosticado a doença. “Ela contava que descobriu um nódulo no mamilo depois de se examinar. Por coincidência, quando fui tomar banho, encontrei um nódulo na mesma região que eu nunca tinha percebido”, lembra. Mesmo em férias, a psicanalista procurou um médico e realizou a mamografia para fazer a investigação diagnóstica. Logo em seguida, já realizou a cirurgia.
Para as mulheres que estão passando pela mesma situação, Maria José fala em esperança. “Tendo uma vida saudável, com tratamento, é possível sobreviver. Ter força de vida, projetos, viver cada dia um dia, é muito importante. Eu nasci duas vezes”, celebra.

A grande maioria das mulheres não tem mutação genética e não são consideradas de alto risco para a doença, além do risco normal por ser mulher e possuir mamas. Mesmo que a maior incidência de câncer seja entre mulheres com mais de 50 anos, não são apenas elas que devem se cuidar. “A recomendação é que todas as mulheres conheçam o seu corpo, fiquem atentas a mudanças nas mamas e procurem um médico ao sinal de qualquer alteração, independente da idade”, reforça o mastologista do INCA, Marcelo Bello.


Algumas mulheres possuem maior chance de desenvolver a doença. São aquelas que têm mutações genéticas conhecidas que aumentem o risco para câncer de mama, histórico familiar de câncer de mama ou de alguns outros tipos de câncer. “Nesses casos há a necessidade de uma abordagem mais individualizada até intervenções profiláticas para reduzir o risco da doença aparecer, mas são grupos que não superam 10% dos casos”, explica Bello.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde que mulheres de 50 a 69 anos façam mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. O exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

Em 2015, o Brasil realizou 4.121.128 mamografias de rastreamento, das quais 2.492.603 foram realizadas na faixa etária prioritária, entre 50 e 69 anos. “O ideal é encontrarmos o tumor antes que ele seja palpável, por isso é tão importante fazer a mamografia de rastreamento”, defende.

O médico Marcelo Bello também defende que o mês de o #OutubroRosa ajude a mudar o olhar para o câncer de mama. “É importante desmistificar a doença e não ter medo, porque é plenamente tratável e curável. O importante é descobrir precocemente. Em outubro, as pessoas ficam muito atentas a isso, e cada ano que passa, a cultura de cuidado aumenta”, finaliza.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde


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