“Precisamos falar de educação
e de saúde sexual e reprodutiva, precisamos falar de violência e de
discriminação”. O alerta é da diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids(UNAIDS)
no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, que participou ao final de setembro do 7º
Encontro Nacional do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP), em Porto
Alegre.
Reunindo participantes de
diversas partes do país em debates e oficinas, o evento discutiu temas como
violência de gênero, saúde integral, estigmas que afetam as mulheres que vivem
com HIV e as atuais estratégias de combate às infecções sexualmente
transmissíveis, à Aids e às hepatites virais. A distribuição de materiais de
prevenção, principalmente o preservativo feminino, também entrou na pauta das
atividades.
O encontro teve como objetivo
a elaboração de relatórios e encaminhamentos para a 2ª Conferência Nacional de
Saúde da Mulher.
Para Georgiana, a ocasião “foi
de extrema importância para falar da saúde das mulheres em sua integralidade e
especificidade”. “Essas mulheres são incrivelmente fortes e, juntas,
compartilham de uma grande energia capaz de promover as mudanças e conquistas
tão necessárias para elas”, destacou a representante da agência da ONU.
A diretora nacional do UNAIDS
ressaltou ainda que uma das forças do MCNP é sua ligação com outros movimentos,
“quer sejam de mulheres, de mulheres negras, lésbicas, bissexuais, transexuais
e jovens”.
As atividades do evento
incluíram a exibição do filme Meu Nome é Jacque, que apresenta a
trajetória da ativista e ex-funcionária do UNAIDS, Jacqueline Côrtes. O longa
aborda sua identificação como mulher transexual e a descoberta de que vivia com
HIV.
“Queremos nos fazer ouvir por
todos os movimentos que envolvem as mulheres, queremos falar sobre todos os
tipos de violência que elas sofrem”, enfatizou a ativista e liderança nacional
do MNCP, Silvia Aloia.
Foto: Prefeitura de Olinda /
Fernanda Mafra


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