Desde
1978, a centenária Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ)
realiza premiação conhecida em todo o país pelo reconhecimento aos médicos que
se dedicam à profissão com afinco e ética. Em 2016, o eleito para receber o
prêmio Médico do Ano, em sua 38ª edição, foi o presidente da Fiocruz, Paulo
Gadelha. A solenidade acontecerá no próximo na próxima segunda-feira (17/10),
às 19h30, no Auditório Geral Nobre do Hospital Universitário Gafreé e Guinle,
que fica localizado no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Em 2016, o eleito pela SMCRJ foi
o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha (foto: Peter Ilicciev)
“Quando
recebi a notícia fiquei muito surpreso e emocionado. O meu processo de
formação, logo depois da residência médica em psiquiatria, foi dedicado à saúde
pública, área muitas vezes considerada um campo mais afastado da vertente
tradicional da medicina", comentou Gadelha. "Desde 1985, eu me
envolvi profundamente com a Fiocruz, de tal forma que a minha trajetória
profissional se mesclou de maneira profunda com a minha vida. Na Fiocruz, dada
a complexidade e a diversidade da instituição, todas as dimensões da pesquisa,
da medicina e da saúde pública se integram num processo único como pudemos
vivenciar neste ano com a epidemia de zika”.
Gadelha
destacou ainda a importância da SMCRJ e disse ter ficado honrado com a
homenagem. “A SMCRJ é uma das mais relevantes sociedades do país e é
representada por grandes médicos da medicina clínica e cirúrgica. O fato da
SMCRJ ter me reconhecido como um merecedor do prêmio me deixou extremamente
feliz e honrado”, disse Gadelha.
Na
década de 70, Gadelha já presidiu a Associação dos Médicos Residentes do Rio de
Janeiro e a Associação Nacional dos Médicos Residentes. O presidente da Fiocruz
reforça a importância dos médicos se associarem a instituições que caminham
junto ao profissional, oferecendo orientação e conhecimento. “Acho fundamental
para o médico estar próximo de organizações e instituições, pois são nesses
lugares que podemos contar com estrutura, acolhimento, sendo um lugar de
diálogo, de capacitação e de representatividade da categoria. Lembro que muitas
vezes utilizávamos o espaço na SMCRJ para fazer nossas reuniões das associações
de médicos residentes. Foi assim que conheci a Sociedade de Cirurgia e Medicina
do Rio de Janeiro, quando esta teve mais uma vez importância fundamental no
aprimoramento dos médicos e na expressão do seu pensamento coletivo”, afirmou.
Graduado
em medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestre em
Medicina Social pela mesma universidade, e doutor em Saúde Pública pela Escola
Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Paulo Gadelha atua na gestão
institucional da Fundação Oswaldo Cruz desde 1985. Ao longo desses anos,
participou da criação de unidades técnico-científicas, coordenando projetos
institucionais e as principais instâncias da gestão participativa, tendo atuado
como secretário e coordenador das plenárias dos congressos internos desde a
criação desse fórum deliberativo, em 1988, até 2009. Nesse processo, foi um dos
responsáveis pela elaboração do Estatuto da Fiocruz e, de 2001 a 2009, período
no qual atuou como vice-presidente, coordenou os Coletivos de Gestores e a
elaboração dos planos quadrienais. Foi eleito presidente da Fiocruz em 2008
para o mandato 2009-2012 e reeleito para 2013-2016. Saiba mais sobre sua
trajetória aqui.
Solenidade
Médico do Ano e SMCRJ
Desde
1978, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, reconhece médicos
que fizeram e fazem a diferença de alguma forma e que exercem a Medicina em
benefício da população, contribuindo com a promoção da saúde do país, com ética
e amor a profissão. Ivo Pitangui, Pedro Ernesto, Paulo Niemeyer e Raul Fialho
de Faria Junior são alguns dos médicos que já foram agraciados com o
reconhecimento.
Fundada
em 1886, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ) é
considerada uma das mais antigas sociedades do país. Desde a inauguração, a
SMCRJ mantém o mesmo objetivo principal: organizar a categoria médica em torno
das discussões específicas da saúde e de seu papel político.
Atualmente,
a centenária instituição oferece atividades de cunho científico, cultural e
técnico e, através de fóruns realizados, levantada questões importantes aos
profissionais sobre o papel na sociedade. Além disso, contribui para a melhoria
da prática médica, para a defesa da prática profissional e para o
aperfeiçoamento dos antigos e novos profissionais de saúde.
Agencia
Fiocruz, Aline Brito (SMCRJ) e Regina Castro (CCS/Fiocruz)


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