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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Comissões permanentes Líderes defendem acordo para escolha da presidência e composição dos 25 colegiados

De acordo com a Secretaria Geral da Mesa Diretora, a ordem de escolha das comissões é baseada na proporcionalidade do tamanho dos blocos partidários formados no dia da posse (1º de fevereiro de 2015) e das bancadas oriundas da “janela partidária” – assim chamado o prazo de 30 dias concedido, em 2016, para que políticos trocassem de partido sem perder o mandato. De acordo com este critério, os maiores blocos têm direito às primeiras escolhas.

No entanto, nos últimos dois anos, as bancadas e os blocos mudaram muito desde o início da legislatura. O PT, por exemplo, tinha 69 parlamentares, hoje está com 58; o PSDB tinha 54, hoje tem 47 deputados.

Novas formações
Há, ainda, uma tentativa de construção de um acordo que atenda também às mudanças partidárias dos últimos anos para saber se o que vai valer é o bloco e a bancada do partido no início da legislatura, ou as novas formações. É isso que determina o processo de escolha e preferência de cada partido por uma comissão específica.

O líder do PP, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), acredita que esse consenso está sendo construído. "É natural, não há nenhum conflito que não seja legítimo e que não esteja sendo discutido com muita tranquilidade por todos os partidos, o que estamos tentando é que, respeitando as (comissões) pedidas, como manda o regimento, possamos ter o consenso", disse Ribeiro.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), defendeu um entendimento entre os líderes com apoio do presidente da Câmara. “Estamos pedindo, inclusive, que o presidente Rodrigo Maia reúna os líderes dos principais partidos para haver um posicionamento e uma tentativa de entendimento”, afirmou Zarattini.

O líder do Democratas, deputado Efraim Filho (PB), defendeu um critério com base nos blocos e bancadas no início da legislatura. "A gente fica sempre dependendo daquelas comissões que serão escolhidas em primeiro lugar pelas maiores bancadas e mas acredito que o que deve valer é a formação dos blocos no início da legislatura”, afirmou o parlamentar.

O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), afirmou que embora o partido não tenha direito à presidência de comissões, quer participar do debate sobre a escolha de quem vai comandar os colegiados neste ano. "Como regimentalmente, o Psol não tem direito à presidência, pelo número da nossa bancada, a gente não está participando de um processo de negociação para formação de presidência. A gente vai estar presente à reunião, vamos acompanhar quem serão os possíveis presidentes indicados inclusive para fazer uma análise de mérito para saber o que esperar neste ano de 2017”, disse Braga.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier, Edição – Regina Céli Assumpção, Agência Câmara Notícias




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