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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

COMPLEXO INDUSTRIAL - Redistribuição Anticorpos Monoclonais e Etanercept

Ministério da Saúde redistribuirá a produção de biológicos entre laboratórios públicos

Um dos pilares base para a medida e a capacidade de produção de medicamentos monoclonais.

BioManguinhos, Butantan e Tecpar oferecerão produtos estratégicos para o SUS

O Ministério da Saúde divulgará, a nova distribuição da produção, no País, de insumos biológicos por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). A plataforma é uma das oito lançadas no GECIS, realizado em outubro do ano passado, para reorganização na égide da Nova Política de Inovação Tecnológica da pasta.

A reorganização consolida o papel dos laboratórios oficiais Fiocruz/BioManguinhos, Instituto Butantan e Tecpar, como Instituições detentoras de maior expertise na plataforma biotecnológica, tradicionais fornecedores de produtos estratégicos para o SUS. O arranjo entre essas instituições de pesquisas, desenvolvimentos e produtores de medicamentos, facilitará a verticalização do processo de fabricação, em escala industrial, de insumos para o tratamento de artrite, câncer e doenças autoimune, por exemplo. (Veja tabela abaixo)

Em 2016, foi iniciada a adequação das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) ao novo marco regulatório. Até aquele momento, sete laboratórios públicos detinham projetos para a produção de biológicos (mAbs). Dentre eles apenas BioManguinhos, Butantan e Tecpar são fornecedores tradicionais de medicamentos biológicos para o Ministério da Saúde, e, se qualificaram como potenciais promissores parceiros públicos para receber, absorver e desenvolver tecnologias monoclonais, das mais avançadas plataformas utilizadas globalmente pela indústria biofarmacêuticas.

Os demais laboratórios públicos serão, igualmente qualificados para se especializarem em outras sete plataformas, de acordo com suas expertises: Síntese Química, hemoderivados, doenças raras, fitoterápicos, doenças negligenciadas, produtos para a saúde e medicina nuclear.

O objetivo da qualificação dos laboratórios induzida pela Nova Política de Plataformas Tecnológicas Inteligentes, para produção de medicamentos e insumos estratégicos em Saúde é buscar competitividade na escala industrial, verticalizar e otimizar plantas, capacitar e qualificar pesquisadores, racionalizar a utilização de investimentos para disponibilizar produtos para o SUS e se possível, comercializar o eventual excedente de produção.

A plataforma tecnológica nacional para produzir anticorpos monoclonais e Etanercept no Brasil será implementada com a construção de pelo menos 3 novas fábricas que deverão gerar mais de 500 vagas para técnicos altamente especializados e mais de 7000 postos de trabalho qualificado, diretos e indiretos, onde estão previstos investimentos privados que superam a casa dos R$ 6,4 bilhões.

ADEQUAÇÃO DAS PDPs ao Novo Marco Regulatório –  As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), iniciadas na gestão do ex-ministro Temporão, tiveram seus primeiros critérios a para realização desses acordos entre as instituições públicas e entidades privadas com transferência das tecnologias, definidos em 2012, com o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançando todo poder de compras do Estado objetivando racionalizar e incentivar o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico no país, focando a produção local em medicamentos e insumos e estratégicos para o SUS.

Arthur Chioro, então ministro da Saúde em 2014, publicou o novo marco regulatório da política, ainda em vigor, que definiu a necessidade de disponibilizar uma lista anual com produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), passiveis de potenciais parcerias, além de aprimorar o processo de governança e desenvolvimento produtivo de cada parceria, definiu prazos para apresentação de propostas de transferência tecnológica, ampliou o monitoramento do governo através dos Grupos de Acompanhamento, ampliou a segurança e a garantia contratual.

Nesta fase, também, foram definidas as etapas de uma PDP, sendo a Fase III definida como início de aquisição do produto, as fases I e II são destinadas, respectivamente, a apresentação da proposta e implementação da mesma. A fase IV corresponde pela finalização do processo de transferência de tecnologia, quando o Laboratório Oficial passa a ser o detentor do registro sanitário do produto e tem liberdade de atuar no mercado, independentemente do parceiro.

Finalmente em 2016, na gestão Ricardo Barros, as Plataformas Tecnológicas das PDP’s foram reorganizadas visando o fortalecimento da estratégia nacional de fomento à produção industrial brasileira, agregando soluções tecnológicas como forma de promover o acesso integral e reduzir a vulnerabilidade do sistema único de saúde, além de induzir produtividade, competitividade e o desenvolvimento industrial, econômico e social.

LISTA ESTRATÉGICA – Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde divulgou a nova lista de produtos estratégicos para o SUS. 52 produtos são elegíveis para a apresentação de propostas de projetos com transferência de tecnologias no ano de 2017. Desse total, 19 são produtos biológicos que interessam ao SUS e que podem ser produzidos no Brasil.

A nova lista, publicada em janeiro p.p., pelo Ministério da Saúde considerou alguns critérios essenciais, como: Produtos negligenciados, Alta tecnologia, medicamentos de alto custo, produtos mais judicializados e buscou o atendimento às plataformas que foram acordadas na política do Governo Federal de incentivo ao Complexo Industrial e Econômico da Saúde - biotecnologia, doenças raras, fitoterápicos, doenças negligenciadas, produtos para a saúde, hemoderivados, medicina nuclear e síntese química.  A lista está aberta a sugestões e contribuições dos laboratórios e da indústria farmacêutica e estará disponível para a consulta e atualização sempre que o Ministério da Saúde entender como oportuno.

BALANÇO - O Ministério da Saúde conta com 86 parcerias de desenvolvimento produtivo, envolvendo 18 laboratórios públicos e 43 privados objetivando a transferência e absorção do conhecimento para produzir 88 medicamentos, 4 vacinas e 13 produtos da área da saúde. A partir do último GECIS, realizado em dezembro, foram incorporados mais 7 parcerias. PDPs têm como um de seus principais objetivos transferir tecnologias para a produção nacional de medicamentos e insumos estratégicos para a saúde. O prazo máximo para a conclusão do projeto, com a finalização da transferência de tecnologia, é de até 10 anos.

ANTICORPOS MONOCLONAIS E ETANERCEPT
Instituições
Biocad
Bio
Manguinhos
Bionovis
Butantan
Cristália
Libbs
Orygen
Tecpar
Produtos








ADALIMUMAB
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BEVACIZUMAB
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ETANERCEPT
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INFLIXIMAB
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RITUXIMAB
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TRASTUZUMAB
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