Farmacêuticos da rede pública
municipal de Manaus (AM) estão atuando em consultório farmacêutico no
atendimento a pacientes das unidades básicas de saúde e policlínicas com
Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE). E a diversificação de sua atuação
nas equipes de saúde destas unidades, além de torná-los mais necessários e
valorizados, lhes rendeu outra conquista profissional importante, que foi a
remuneração, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dos serviços por eles
prestados. Em duas unidades, os atendimentos já estão sendo informados ao
Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) para que gerem receita ao
município.
A experiência foi apresentada
ao Plenário do CFF nesta quinta-feira, dia 27 de julho. A farmacêutica Mie
Moroya Guimarães, uma das integrantes da equipe da Secretaria Municipal de
Saúde da capital amazonense, diz que os recursos financeiros gerados são
simbólicos diante do faturamento do município, porém têm um valor enorme,
porque representam o reconhecimento, pelo sistema, da importância do trabalho
do farmacêutico.
Segundo Mie Moroya, que esteve
na reunião plenária do CFF, a convite do conselheiro federal pelo Estado do
Amazonas, Marcos Aurélio Ferreira da Silva, existem farmacêuticos atuando em 12
unidades básicas de saúde (UBS) e policlínicas municipais de Manaus. Eles
contam com consultórios para o atendimento ao paciente, que é focado na adesão
ao tratamento, na conciliação de medicamentos e na educação em saúde. Nas
policlínicas são atendidos principalmente usuários de medicamentos
antirretrovirais, para o combate ao HIV.
O farmacêutico Denis Alvaci
Conceição, lotado em uma das UBS, contou que apenas em sua unidade foram
dispensadas 15,7 mil prescrições, sendo que cerca de 700 pacientes passaram
pelo consultório farmacêutico. Para o presidente do CFF, o caminho trilhado
pelos seus colegas manauaras desde 2006 é um exemplo a ser seguido: “Não vamos
conquistar o nosso espaço, seja no SUS ou na rede privada apenas por força de
normas, leis ou pela atuação das entidades farmacêuticas. Vamos ter o nosso
lugar, sim, a partir do momento em que assumirmos a nossa autoridade técnica e
mostrarmos que somos necessários e importantes para os bons resultados nos
sistemas de saúde.”
Fonte: Comunicação
do CFF
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