Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Chagas está entre as 17 mais
importantes enfermidades negligenciadas. A pesquisadora da Faculdade de
Medicina (FM) da USP Maria Lígia Capuani analisou dados de doadores de sangue
entre 1996 e 2000 e comparou com as informações fornecidas pelo Sistema de
Informação sobre Mortalidade (SIM) no Brasil.
Com
base no universo de 8.526 doadores de sangue do Hemocentro de São Paulo,
a conclusão foi que a mortalidade de portadores de Chagas é 2,3 vezes
maior em relação aos casos que não apresentam a doença. Na análise de atestados
de óbito de soropositivos, foi verificada uma subnotificação de 42%.
Maria
Lígia considera que o estudo aponta a necessidade de dar maior atenção à Chagas
no atestado de óbito e a importância do médico buscar o histórico do paciente.
Além disso, ela destaca que, apesar do vetor da doença já ser controlado, as
pesquisas precisam de avanço quanto ao tratamento dos infectados.
O Jornal
da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de
Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de
maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com
apresentação de Roxane Ré. Ouça o programa completo aqui.
Fonte:
Jornal da USP
0 comentários:
Postar um comentário