O ganhador do prêmio Nobel de Química de
2004, Aaron Ciechanover, estará na Anvisa no dia 10 de agosto, às 9h30. Na
palestra, ele fará um paralelo entre a descoberta que fez e a medicina
personalizada relacionada ao câncer. Ciechanover descobriu a caracterização do
método que as células usam para degradação e reciclagem de proteínas por meio
do sistema Ubiquitina.
Para participar do evento, que é resultado de
uma parceria entre a Diretoria de Regulação Sanitária (Direg) da Anvisa e a
empresa AstraZeneca, basta enviar o pedido de inscrição para o e-mailcerimonial@anvisa.gov.br.
Pesquisa
Durante a pós-graduação na Faculdade de
Medicina de Technion, Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Irwin A. Rose, do
Centro de Câncer Fox Chase, na Filadélfia (EUA), descobriram que a ligação
covalente de ubiquitina à proteínas-alvo sinalizam sua degradação. Eles decifraram
o mecanismo de conjugação, descreveram funções proteolíticas gerais do sistema
e propuseram um modelo de acordo com o qual esta modificação serve como um
sinal de reconhecimento de uma protease específica.
“Nós descobrimos um sistema que tem como uma
de suas maiores funções o descarte de dejetos de proteínas do corpo. Este
sistema, chamado de sistema ubiquitina, identifica proteínas inúteis e
modificadas. Essas são proteínas prejudiciais que devem ser, de maneira
seletiva, removidas do corpo, mantendo todos os componentes saudáveis que
continuam exercendo suas funções vitais. Esta descoberta está diretamente
relacionada ao câncer, pois, se algo dá errado com o sistema e proteínas
anormais são acumuladas – como proteínas modificadas que causam câncer– infelizmente,
podemos ser acometidos pela doença. O mesmo é verdadeiro para muitas doenças
neurodegenerativas como o Alzheimer, em que proteínas que deveriam ser
descartadas são acumuladas e levam à destruição de células saudáveis do
cérebro” afirma o pesquisador.
Ascom/ANViSA
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