O médico sanitarista foi
pioneiro no Brasil nas pesquisas sobre doenças tropicais
A Câmara dos Deputados
homenageou em sessão solene, nesta quarta-feira (9), o centenário de morte do
médico sanitarista Oswaldo Cruz. Natural de São Luís de Paraitinga (SP), ele
faleceu em 11 de fevereiro de 1917, aos 44 anos.
A solenidade foi solicitada pelo
deputado Odorico Monteiro (PSB-CE), que lembrou a preocupação que Oswaldo Cruz
tinha com o bem-estar coletivo. “Ele lutou por questões que até hoje são caras
para o povo brasileiro, como o saneamento básico”, afirmou.
O deputado também ressaltou o
“rico legado para a biomedicina nacional” deixada pelo sanitarista. “Há 117
anos, o então Instituto Soroterápico Federal, dirigido pelo médico, tinha a
missão de fabricar soros e vacinas contra pestes. Atualmente, a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) se confunde com o próprio desenvolvimento tecnológico da
saúde do nosso País”,
disse.
Instituição
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou que Oswaldo Cruz viveu durante a Primeira República, quando as condições de vida eram muito piores que as de hoje. “No País, não havia ideia do que era cidadania.”
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou que Oswaldo Cruz viveu durante a Primeira República, quando as condições de vida eram muito piores que as de hoje. “No País, não havia ideia do que era cidadania.”
Ela apontou a grande
importância do sanitarista na construção da saúde pública brasileira. “Ele nos
legou uma instituição que envolve todo o ciclo do conhecimento: da pesquisa à
oferta de produtos e de serviços estratégicos em saúde”, comentou.
Legado
Vera Hasselmann Oswaldo Cruz, neta do homenageado, salientou que o maior legado deixado pelo avô foi a Fundação Oswaldo Cruz. “O maior tesouro da Fiocruz é a sua diversidade. Ela ataca de A a Z e não discrimina nenhum dos problemas sanitários”.
Vera Hasselmann Oswaldo Cruz, neta do homenageado, salientou que o maior legado deixado pelo avô foi a Fundação Oswaldo Cruz. “O maior tesouro da Fiocruz é a sua diversidade. Ela ataca de A a Z e não discrimina nenhum dos problemas sanitários”.
A familiar lamentou que o
Brasil ainda sofra epidemias de dengue e febre amarela. “Passaram-se 100 anos e
continuamos com o mesmo assunto. Não fizemos o dever de casa muito bem.”
Ela ainda pediu para que os
parlamentares priorizassem, em suas emendas orçamentárias, “mais saneamento
básico, medidas preventivas, moradias dignas e empregos” em vez de direcionar
dinheiro apenas para a construção de hospitais e a compra de aparelhos de
ressonância magnética. “Saúde é um conceito bem mais amplo do que doença.”
Parceria
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, enalteceu a parceria entre a pasta comandada por ele e a Fiocruz. “Temos uma interação muito profícua, pautada na transparência e na eficiência. Estamos produzindo bons resultados para os brasileiros”, sustentou.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, enalteceu a parceria entre a pasta comandada por ele e a Fiocruz. “Temos uma interação muito profícua, pautada na transparência e na eficiência. Estamos produzindo bons resultados para os brasileiros”, sustentou.
Barros informou que a Fiocruz
executa diversas tarefas para o Ministério da Saúde, como: pesquisa, inovação,
produção de medicamentos e qualificação de pessoal.
Em mensagem enviada aos
presentes à sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ressaltou a relevância
de Oswaldo Cruz na questão sanitária do País. “Ele promoveu medidas sanitárias
que estavam na vanguarda do conhecimento, no início do século 20, consagrando
os valores que seriam escritos na Constituição de 1988”, frisou.
Reportagem – Alex Akira, Edição
– Marcelo Oliveira
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