Mãe alimenta o filho com
microcefalia em Pernambuco. Foto: UNICEF/BRZ/Ueslei Marcelino
O Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizou nesta semana em
Salvador (BA) o “Seminário Internacional Infância em Tempos de Zika”, que
tratou de questões de prevenção, cuidado e garantia de direitos de crianças,
mulheres e famílias afetadas pelo vírus.
O seminário teve como objetivo
compartilhar experiências, desafios e boas práticas entre Brasil, países
latino-americanos, caribenhos e africanos no contexto do vírus zika. A
iniciativa foi parte da Feira Soluções para a Saúde – Zika, organizada pela
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) para debater soluções para as arboviroses que
acometem o Brasil.
O evento reuniu mães de
crianças acometidas pela síndrome congênita do zika e outras deficiências, além
de gestores públicos, profissionais de saúde e especialistas nacionais e
internacionais. Foram realizados painéis e debates, além de oficinas de
estímulo para crianças com alterações de desenvolvimento. Foi apresentado
também um kit multissensorial desenvolvido pelo UNICEF.
“O seminário internacional é
uma oportunidade única para se pensar e se propor uma agenda afirmativa de
inclusão e de garantia dos direitos para todas as crianças com deficiência e
suas famílias”, disse Cristina Albuquerque, chefe de Saúde, HIV/Aids e
Desenvolvimento Infantil do UNICEF no Brasil.
O trabalho do UNICEF na
resposta brasileira ao zika
Em 2015, o início da epidemia
do vírus zika no país revelou grandes desafios para as políticas de saúde,
educação e assistência social, em especial, para garantir os direitos das
famílias e das crianças em situação de maior vulnerabilidade.
Além disso, colocou, no centro
do debate, questões relativas às pessoas com deficiência, considerando que as
mesmas continuam a enfrentar barreiras no acesso às políticas públicas.
A infecção pelo vírus zika
deixou sequelas irreversíveis de longo prazo nas crianças, nos adolescentes e
nas famílias mais vulneráveis no Brasil e na região que engloba o Caribe e a
América Latina. Só no Brasil, foram 2.753 casos confirmados desde o início da
epidemia.
Trabalhando com o governo em
diferentes níveis, o UNICEF participou ativamente da resposta brasileira à
epidemia contribuindo para a articulação e promoção de políticas públicas
intersetoriais de combate ao vetor, nos municípios do Semiárido e da Amazônia,
e no cuidado e apoio às crianças e às famílias, com a implementação do projeto
Redes de Inclusão em dois municípios, Campina Grande (PB) e Recife (PE).
Atualmente, o UNICEF foca seu
trabalho na conclusão e validação de todo o material e das metodologias do
programa Redes de Inclusão, sua principal ação de resposta ao vírus zika no
Brasil. Em parceria como Ministério da Saúde, o material e as metodologias
serão disseminadas em Estados e municípios priorizados.
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