O V Seminário Internacional
sobre Redução do Risco para segurança do paciente e qualidade em serviços de
saúde, promovido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), teve
abertura nesta segunda-feira (7) em Brasília. O evento segue até o próximo dia
10. A mesa de abertura contou com a participação do diretor Murilo Porto, que
representou o Conasems e representantes da Organização Mundial da Saúde, da
Organização Pan-americana da Saúde do Brasil e de Washington, do Centers of
Disease Control and Prevention além de gestores dos Ministérios da Saúde de
diversos países do Caribe e América Latina bem como gestores da saúde e
gerentes de vigilância sanitária dos municípios, estados e do DF. Em
conjunto com esse evento, será realizada uma reunião regional para
implementação dos componentes essenciais dos programas nacionais de controle de
infecção, organizada pela OPAS.
Na oportunidade o presidente
da ANVISA, Jarbas Barbosa, lançou publicações sobre o tema, entre elas folders,
cartazes e uma série de 9 fascículos dedicados ao tema Segurança do Paciente e
Qualidade em Serviços de Saúde que abordam, entre outros assuntos, infecção
relacionada à assistência à saúde e eventos adversos em serviços de saúde.
Também foi lançado, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento/R por meio da
iniciativa PROADI, dois cursos na modalidade à distância do tipo auto
instrutivo voltados ao tema.
O diretor do Conasems destacou
que embora o tema Segurança do Paciente seja de suma importância, a
inexistência de uma política nacional aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde
e pactuada pela Comissão Intergestores Tripartite não dá ao tema a visibilidade
necessária para sua implementação no SUS. De acordo com ele, o Conasems defende
as práticas preconizadas e que no processo de construção desta política deverá
ser considerado as diferentes realidades dos municípios brasileiros, “Isso
permitirá que o tema segurança do paciente caiba de norte a sul de leste à
oeste, nos pequenos e grandes, dos mais ricos aos mais pobres, de hospitais
especializados nos grandes centros urbanos aos serviços de atenção básica em
comunidades isoladas”.
A Organização Pan-Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) destacou durante o evento que
investir em segurança do paciente, principalmente em iniciativas para controle
de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), representa uma
significativa economia de recursos. “A adoção dessas ações representa uma ótima
relação custo-benefício. Com elas, reduzimos danos, salvamos vidas e temos mais
recursos disponíveis para melhorar a saúde da população”, afirmou Tomás Pippo,
coordenador da Unidade de Medicamentos e Tecnologia em Saúde da OPAS/OMS no
Brasil.
Os estudos existentes sobre o
tema estimam que deixariam de ser gastos 7 bilhões de euros por ano na Europa e
6,5 bilhões de dólares nos Estados Unidos, caso essas medidas fossem adotadas.
De acordo com a OMS, 10% dos pacientes internados são acometidos por infecções
relacionadas à assistência à saúde e 50% das infecções podem ser evitadas com
medidas reconhecidamente eficazes, como higiene das mãos e vigilância.
A consultora e técnica da área
de prevenção e controle de infecções da OMS, Claire Kilpatrick, apresentou os
materiais, treinamentos, prioridades e recomendações do organismo internacional
para ajudar a reduzir as infecções no mundo. Ela também adiantou alguns
documentos orientadores que estão em processo de elaboração. “Uma das novas
guias diz respeito ao desenvolvimento de procedimentos padrão para prevenir a
propagação de patógenos multidroga resistentes em estabelecimentos de saúde com
recursos limitados”, disse.
Com informações da Organização
Pan-americana da Saúde (OPAS)
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