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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

V Seminário Internacional: Redução do Risco para segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde

O V Seminário Internacional sobre Redução do Risco para segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde, promovido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), teve abertura nesta segunda-feira (7) em Brasília. O evento segue até o próximo dia 10. A mesa de abertura contou com a participação do diretor Murilo Porto, que representou o Conasems e representantes da Organização Mundial da Saúde, da Organização Pan-americana da Saúde do Brasil e de Washington, do Centers of Disease Control and Prevention além de gestores dos Ministérios da Saúde de diversos países do Caribe e América Latina bem como gestores da saúde e gerentes de vigilância sanitária dos municípios, estados e do DF. Em conjunto com esse evento, será realizada uma reunião regional para implementação dos componentes essenciais dos programas nacionais de controle de infecção, organizada pela OPAS.

Na oportunidade o presidente da ANVISA, Jarbas Barbosa, lançou publicações sobre o tema, entre elas folders, cartazes e uma série de 9 fascículos dedicados ao tema Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde que abordam,  entre outros assuntos, infecção relacionada à assistência à saúde e eventos adversos em serviços de saúde. Também foi lançado, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento/R por meio da iniciativa PROADI, dois cursos na modalidade à distância do tipo auto instrutivo voltados ao tema.

O diretor do Conasems destacou que embora o tema Segurança do Paciente seja de suma importância, a inexistência de uma política nacional aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde e pactuada pela Comissão Intergestores Tripartite não dá ao tema a visibilidade necessária para sua implementação no SUS. De acordo com ele, o Conasems defende as práticas preconizadas e que no processo de construção desta política deverá ser considerado as diferentes realidades dos municípios brasileiros, “Isso permitirá que o tema segurança do paciente caiba de norte a sul de leste à oeste, nos pequenos e grandes, dos mais ricos aos mais pobres, de hospitais especializados nos grandes centros urbanos aos serviços de atenção básica em comunidades isoladas”.

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) destacou durante o evento que investir em segurança do paciente, principalmente em iniciativas para controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), representa uma significativa economia de recursos. “A adoção dessas ações representa uma ótima relação custo-benefício. Com elas, reduzimos danos, salvamos vidas e temos mais recursos disponíveis para melhorar a saúde da população”, afirmou Tomás Pippo, coordenador da Unidade de Medicamentos e Tecnologia em Saúde da OPAS/OMS no Brasil.

Os estudos existentes sobre o tema estimam que deixariam de ser gastos 7 bilhões de euros por ano na Europa e 6,5 bilhões de dólares nos Estados Unidos, caso essas medidas fossem adotadas. De acordo com a OMS, 10% dos pacientes internados são acometidos por infecções relacionadas à assistência à saúde e 50% das infecções podem ser evitadas com medidas reconhecidamente eficazes, como higiene das mãos e vigilância.

A consultora e técnica da área de prevenção e controle de infecções da OMS, Claire Kilpatrick, apresentou os materiais, treinamentos, prioridades e recomendações do organismo internacional para ajudar a reduzir as infecções no mundo. Ela também adiantou alguns documentos orientadores que estão em processo de elaboração. “Uma das novas guias diz respeito ao desenvolvimento de procedimentos padrão para prevenir a propagação de patógenos multidroga resistentes em estabelecimentos de saúde com recursos limitados”, disse.

Com informações da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)


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